Excetuando se a guitarra for um wafer, se eu plugar no amp e curtir o som, pouco importa se a madeira é feita de caralho voador ou ipê sagrado das gélidas montanhas suíças.
Conheço um luthier de confiânça (e exímia experiência, que inclusive faz handmade para grande parte do mercado paulistano) e ele diz que a madeira influencia sim, todavia muita gente se preocupa com isso e esquece do que tem mais importância: o timbre.
Enfim, eu nunca me preocupei com madeira na guita e assumo o velho clichê que boa parte do timbre tá nas mãos do guitarrista.
Ironicamente boa parte desses caras que discutem madeira X ou Y, captador X ou Y eram os que menos tocavam e os que mais falavam ahuhahuaua
Lembro de um forum que eu participava, caracoles, todo equipo pros caras eram lixo kkkkk Boss era ruim, por exemplo
Cifra Club é assim... Ou costumava ser há uns anos atrás, hoje não acompanho mais.
Tudo guri novato que se duvidar não tinha tocado nem nas guitarras e amps que metiam pau...
É que nem eu falo, se for para falar de algum equipo, você tem que ao mínimo ter tocado com ele por um tempo... Tirar conclusões a partir de vídeos do Youtube ou fóruns só presta um desfavor à quem tá fazendo uma pesquisa séria sobre o assunto.
Conheço um luthier de confiânça (e exímia experiência, que inclusive faz handmade para grande parte do mercado paulistano) e ele diz que a madeira influencia sim, todavia muita gente se preocupa com isso e esquece do que tem mais importância: o timbre.
Tem muito luthier bom, que acredita nisso. Acreditar nisso não compromete o trabalho de um luthier porque o que conta é a habilidade do cara e capricho.
A Fender quando mudou de ash pra alder foi simplesmente porque alder dava acabamento com 2 demãos de seladora em vez de 10 ou mais como o ash. E a Gibson passou do cedro cubano pro mogno apenas por causa da revolução cubana...
A minha teoria é que as pessoas acham que madeira influencia timbre por três razões:
- Marketing das empresas de guitarra: a Gibson usou o "mas nós usamos mogno! Melhor timbre!" por muito tempo como estratégia de marketing contra a Fender, que usa madeira de andaime pra fazer guitarra.
- "Benchmark": eles acreditam que um determinado timbre de um determinado músico famoso que gravou alguns clássicos foi gerado pelo equipamento dele. Então se ele usa tal coisa, aquela uma coisa determinou. E mais aquela outra, e por aí vai. Logo a madeira da guitarra dele, também, o que nos leva ao outro item...
- Ignorância: a imensa maioria das pessoas não entendem bulhufas de eletrônica, mas eletrônica influencia MUITO o timbre. Um certo valor de resistor e capacitor num filtro RC de "passa baixa" determina o quão grave, ou melhor, o quanto de grave... um pedal vai deixar passar: se ele deixa passar pouco grave, não interessa se a guitarra do cara é feita de mogno pre histórico com captação de plutônio: a porra do filtro não vai deixar passar! Isso e várias outras coisas: o pedal que montei tinha diferenças drásticas no crunch dele dependendo do diodo usado.
Como as pessoas não entendem bosta nenhuma de eletrônica, se apegam ao que é mais acessível e familiar - o simples nome da madeira da guitarra. É muito mais fácil que examinar o esquemático do amp que ele usava e ver se algum filtro passa baixa estava permitindo mais ou menos graves por exemplo. Ou o capacitor de acoplamento entre os estágios de ganho... e assim por diante.
Não depõe contra um bom luthier o fato dele crer que madeira influencia o timbre. Ele vai continuar sendo bom. Isso apenas denota que ele desconhece, não compreende, ou simplesmente ignora fatores muito mais influentes. Tão influentes que MESMO QUE a madeira influenciasse... seria menos de 1%.
El Topo escreveu:
Enfim, eu nunca me preocupei com madeira na guita e assumo o velho clichê que boa parte do timbre tá nas mãos do guitarrista.
Eu já ouvi isso muito e até já acreditei nisso mas esse cara aqui tentou checar se isso é verdade:
Resumo: ele botou vários guitarristas tocando a mesma música, com a mesma guitarra e set inteiro na mesma regulagem... pra ver se o timbre mudava.
Praticamente ou nada mudava. O que mudava era a dinâmica do músico.
Eu já ouvi isso muito e até já acreditei nisso mas esse cara aqui tentou checar se isso é verdade:
Resumo: ele botou vários guitarristas tocando a mesma música, com a mesma guitarra e set inteiro na mesma regulagem... pra ver se o timbre mudava.
Praticamente ou nada mudava. O que mudava era a dinâmica do músico.
Pô, cara... Colocar alguns guitarristas tocando power chord com alto ganho não muda muita coisa... Hehehe.
O jeito do guitarrista abafar as cordas, fazer um pinch, vibrato ou até mesmo um simples slide denuncia a marca do guitarrista. O simples ato de colocar o dedo nas cordas ou a de palhetar as cordas já altera o timbre da guitarra.
Na minha nada humilde opinião de virtuose aposentado o que influencia bastante o timbre é o cubo ou amplificador. Não faço a menor ideia do motivo pq estava ocupado demais fritando escala.
Uma vez fui gravar num estúdio onde o dono fabricava cabeçotes valvulados e me deu uma gianini daquelas bem vagabundas para tocar.
Não pude acreditar no que estava ouvindo. Era incrível o timbre. Quando liguei minha Jackson de 2 mil reais ficou melhor ainda.
Aí não é o timbre que mudou Manti, foi a dinamica!
Não sou muito de parafrasear, mas o Chediak (e muitas escolas de guitarra como o EM&T) definem timbre como a qualidade do som, sentença que eu concordo. Dinâmica no caso é a intensidade sonora da nota, trecho ou acorde tocado no momento (piano, pianissimo, mezzo piano e por aí vai).
Teorizações a parte, o timbre nada mais é do que o que sai da guitarra pelo amplificador. Já vi cada cara tirar um puta som com guitarras consideradas medianas, assim como já vi cara tocar desastrosamente em Fenders e Gibsons da vida.
Bro Rant, o que eu tô querendo dizer que independente da guitarra, ela pode soar diferente de acordo com a mão de cada guitarrista. A pegada, o jeito de tocar e até de palhetar as cordas muda muito. Eu sou um exemplo... Pela simples mudança na angulatura da palhetada (que é bem bizarra por sinal) e do vibrato eu já sôo totalmente diferente do que o outro guitarra da banda, mesmo nos solos em dueto.
Já gravamos o solo de uma música nossa com o mesmo equipo e foi engraçada a diferença no timbre da guita só por causa desses aspectos. Não é só uma questão de dinâmica, da intensidade da nota tocada.
Longe de dizer que é o único fator na definição de um timbre, mas com certeza ela é um fator importantíssimo.
Ironicamente boa parte desses caras que discutem madeira X ou Y, captador X ou Y eram os que menos tocavam e os que mais falavam ahuhahuaua
É por essas que fui (hoje não toco mais) um virtuose nos meus tempos de guitarra, hehehehehe
Parem de teorizar qual madeira, captador e sei lá mais o que é melhor e vão praticar escalas num metrônomo até os dedos de vcs sangrarem.
E não me venham com essa de "feeling". Isso é desculpa para quem não sabe fazer um arpejo com palhetada alternada.
Já fui muito assim, huahuahuauhahua
Curto também um Gilmore, mas desconfio quando o caboclo mete o pau em shred 24/7
Até os dezoito, dezenove eu tocava umas oito, nove horas por dia. Na verdade intercalava, oito ou nove horas em um dia, cinco horas no outro e assim ia... Tocava em cover de Dream Theater e a gente sempre aquecia com Erotomania rs
Ajuda bastante a desenvolver intimidade com o instrumento, mas pessoalmente, a minha velocidade melhorou bem mais quando comecei a treinar em um período mais curto de tempo, cara.
Depois de um certo período a cabeça não absorve mais. Hoje com três horas no máximo eu melhorei muito mais a qualidade técnica, inclusive deixando-a mais musical, sem parecer um robô.
E doso muito mais, das sete músicas que a nossa banda tem, só frito pra valer em duas.
Inclusive, o que me ajudou a tocar rápido foram as seguintes coisas:
1 - Tocar as coisas certas. Comecei a tocar músicas difíceis ao invés de tocar exercícios. Isso ajuda na musicalidade da execução. Uma hora fica enfadonho tocar escalas pra cima e pra baixo.
2- ABAFAR. ABAFAR SEMPRE. Mano, tocar rápido demora e durante a prática, cada nota tem que soar limpa. Tanto faz se você abafa com a mão da palheta ou a fret hand, o importante é não embolar as notas.
3 - Palheta dura. Não se frita com palheta flexível. Fica uma merda.
4 - Mãos leves e relaxadas.
5 - Eu não tocava só no clean. Principalmente quando percebia que meu sweep era limpo e cristalino no clean e na distorção ele saía embolado. Aliás, abafar sweep é tenso, mas fica automático depois.
Na boa, a coisa mais importante na minha opinião é abafar. É boa parte do caminho andado para tirar um shred limpo e consistente.
Até os dezoito, dezenove eu tocava umas oito, nove horas por dia. Na verdade intercalava, oito ou nove horas em um dia, cinco horas no outro e assim ia... Tocava em cover de Dream Theater e a gente sempre aquecia com Erotomania rs
Ajuda bastante a desenvolver intimidade com o instrumento, mas pessoalmente, a minha velocidade melhorou bem mais quando comecei a treinar em um período mais curto de tempo, cara.
Depois de um certo período a cabeça não absorve mais. Hoje com três horas no máximo eu melhorei muito mais a qualidade técnica, inclusive deixando-a mais musical, sem parecer um robô.
O segredo é alternar praticar escala com metrônomo com a improvisação.
Uma coisa é vc conseguir tocar rápido acompanhando o tique-taque do metrônomo. Outra é vc conseguir encaixar isso num backtracking de forma que faça sentido. Nesse caso vc vai ter que aprender a tocar rápido e ao mesmo tempo ser criativo para criar variações na execução das escalas(para não soar repetitivo tipo dó, ré, mi, fá, sol, lá, si para cima e para baixo), e tbm entender onde sua escala shred se encaixa na harmonia.
Concordo sobre o abafar. É fundamental para shred. Tem muito pseudo-shred que parece que toca rápido, mas só está fazendo um som sujo que parece rápido.
O que funcionou muito bem comigo era treinar escalas por uns 45 minutos, descansar uns cinco minutos e depois treinar improvisação. Coloque um backtracking e comece a improvisar até cansar, fritando escala e usando o que mais vc tiver no seu arsenal para tornar o solo interessante. Dependendo de sua inspiração vc pode ficar até duas horas só na improvisação.
Vc aprende a pensar musicalmente na hora de fritar, ao mesmo tempo que continua treinando velocidade e precisão, mas de uma forma mais livre, onde vc é obrigado tbm a pensar no que está fazendo, ao invés de ficar apenas acompanhando o tique-taque do metrônomo.
Quando cansar de improvisar, descanse mais cinco minutos e pratique mais escala no metrônomo, repetindo todo o processo de novo.
Alguém tem um bom link sobre como fazer tratamento acústico do quarto?
Queria fazer algo básico que melhor um pouco a qualidade do som aqui, mas sem envolver trocar piso/parede/teto.
Presumo que o que tu queres não é isolar mas calibrar o ambiente...
Não sei se vale a pena tentar isso num quarto. Barreiras físicas contam, sobretudo o colchão. rsrs
Acho que isso se aplica mais a estúdios ou salas de estar com o propósito primeiro de ouvir música (e todo o resto pensado SEM atrapalhar isso).
Posiciona certinho teus monitores e enjoy. Vai ser desperdício de tempo e dinheiro tentar calibrar o quarto. Ele está cheio de contratempos naturais à qualidade do som, como cama, armário, etc.
O que me ferra no quarto é a janela (ou portal como comentou o WW uma vez) de lá vem muito barulho, tanto de uma avenida (que quando passa caminhão preciso dar pause nos videos kkk) quanto de um estacionamento da escola, que na hora que tem troca de cesto de lixo parece até que to dentro daquela montanha dos anões que aparece no filme Hobbit, com os metais batendo e pá haha
Mas por hora não vou ter solução, pra vedar a janela teria que manter ela fechada, e enquanto não tiver grana pra ar condicionado isso está fora de cogitação...
Sobre a posição dos monitores, quão distantes devem ficar da parede?
tratamento acustico? vai montar um estúdio? KKKKKKKK
Para um quarto comum, basta diminuir o numero de "obstaculos" entre as caixas de som e as paredes aonde vai a direção frontal deles, tipo estantes, mesas de centro e afins. se conseguir isso, vc pode testar, colocar algo para rolar e ficar perto dessa parede.
1 e 2 são suas caixas. O quadrado ao redor de tudo, seria o "espaço ideal", onde deve haver a quantidade minima possível de objetos.
o circulo em vermelho seria a "posição ideal" para ouvir música, onde o som soa com melhor qualidade, obviamente se for como o meu caso onde as caixas de som estão numa estante junto com o PC, vc vai estar próximo delas. Quando quiser apenas "relaxar" sem mecher no pc, vá para a "posição ideal". coloque um sofá ou banco discretos ali. Quanto maior a "massa" do objetos nesse espaço menor a qualidade do som.
Obviamente fiz isso sob a perspectiva do "pobre rapaz latino americano" que não pode fazer obras engenhosas em casa, ou no momento não tem como jogar tudo fora rs.
O que me ferra no quarto é a janela (ou portal como comentou o WW uma vez) de lá vem muito barulho, tanto de uma avenida (que quando passa caminhão preciso dar pause nos videos kkk) quanto de um estacionamento da escola, que na hora que tem troca de cesto de lixo parece até que to dentro daquela montanha dos anões que aparece no filme Hobbit, com os metais batendo e pá haha
Mas por hora não vou ter solução, pra vedar a janela teria que manter ela fechada, e enquanto não tiver grana pra ar condicionado isso está fora de cogitação...
Sobre a posição dos monitores, quão distantes devem ficar da parede?
Se quer diminuir o ruído da rua, comece colocando uma cortina black-out, mas tem que ser daquelas de pvc. Ela diminuirá um pouco os ruídos de frequência grave. Como tu é boy montado no dinheiro, tem que ter uma janela de vidro duplo e que fique bem vedada. O ruído atravessa qualquer fresta. Sem a janela fechada, não há o que fazer.
Monitores "selados" não interessa a distancia da parede. Eles são do tipo "infinite baffle", caixa fechada...
A posição dos falantes Nico mostrou a certa. Equidistantes um do outro e da tua cabeça.
E se o problema é a janela, monte uma placa de Lã de Rocha que possa ser removível. Bote na janela quando quiser ouvir som com qualidade.
Placa de eucatex, lã de rocha, placa de eucatex. Um sanduíche. Faz do tamanho exato da janela. Quanto precisar, posiciona ela lá e de alguma forma manter isso fixo.
(Eu não me daria a esse trabalho mas já que é um problema pra ti)
Prog é difícil por causa das quebras de ritmo, das constantes variações das músicas e até porque demanda certa capacidade técnica.
Tech Death é difícil porque você tem que ser excelente em tudo na guitarra, tecnicamente falando. Tão excelente a ponto de fazer um leigo que você realmente tem um braço de robô ou fez um pacto com o capeta.