O autor do ROK que escreveu o texto que causou a polêmica fala sobre o caso:
Joe escreveu:Kenshiro escreveu:Assisti o filme
E ele é SIM feminista
Pra começo de conversa, Mad Max é só um titulo. Ele mal fala, mal participa das coisas, cai de paraquedas na trama só pra dizer que está lá e o filme é praticamente estrelado todo pela careca. E a careca quer levar as escravas sexuais pra longe da opressão, tentando fugir pra uma "sociedade matriarcal no meio do deserto", onde as mulheres eram livres e homens proibidos
Legal que o povo inteiro estava sendo tiranizado e a carecona se importou só com meia dúzia (literal, deviam ser umas 6) de escravas sexuais e ainda querem pintar ela de heroína
O filme inclusive tem várias passagens como "NÃO SOMOS OBJETOS!!!" e fica claro que o Max tá lá só pra cumprir cota
O filme não é feminista por ter velhinhas que atiram na galera, por ter escravas sexuais sendo libertas, por ter uma carecona que desce a lenha nos malucos (é só um filme, não ligo tanto pra gurias de 1,60 derrubando brutamontes num soco, meio veadagem encucar com isso num filme de cinema onde carros explodem), mas a trama mal se centra no Max, e só na "libertação daquelas mulheres". Se tivesse a exata mesma trama, mas um roteiro que funcionasse diferente, concordo que seria viadagem encucar com o feminismo dele, mas pela forma que o filme foi confeccionado, é óbvio que é feminista e se a pessoa não percebe isso tá meio lenta das ideias. Porra, tem até sociedade matriarcal perfeita no deserto
Inclusive é meio filhadaputisse tentar se comover com a meia dúzia de escravas sexuais que ela tenta libertar quando todo o povo estava sendo tiranizado. Esse é um dos únicos momentos onde o filme se faz sensato, quando o Max tenta usar da rebelião da careca pra libertar logo o povo todo -- mas isso é feito de uma forma tão superficial que, enfim, o povo pareceu liberto mais como uma consequência da rebelião, não porque foi o certo a se fazer, mas a cena final valeu o filme todo
Meu deus, esse enredo parece daqueles filmes B pós-apocaliptico dos anos 80 como "Fênix - A Guerreira".
A diferença é que Fênix é assumidamente thrash.
E sociedade matriarcal no deserto é o clichê dos clichês. Deixa eu advinhar, todas vivem felizes num oásis plantando suas hortinhas. Acertei?
A premissa de escravas sexuais sendo libertadas era até interessante. Faz sentido que num mundo devastado mulheres virassem um recurso a ser disputado como outro qualquer.
Mas isso de utopia matriarcal no deserto contraria o próprio universo de Mad Max. O que tornava os dois primeiros filmes legais era justamente o clima de "no future for you". Não importa onde vc está ou para onde vc vai. Vc nunca estará seguro. É a fórmula que tornou o The Walking Dead famoso.
O terceiro Mad Max recebe tantas críticas por ser muito positivo em comparação aos anteriores. No terceiro são as crianças que encontram um lugar perfeito onde o final dá a entender que construirão uma nova civilização pacífica.
Kenshiro escreveu:
- Quem são esses homens?
- Não se preocupe, eles são confiáveis!
Joe escreveu:Kenshiro escreveu:
- Quem são esses homens?
- Não se preocupe, eles são confiáveis!
Puta merda. Não acredito que tem esse diálogo.
No filme "Fênix - a Guerreira", e praticamente qualquer filme ou livro sobre utopias matriarcais que são encontradas por homens, tem esse diálogo besta.
Tá parecendo que Miller viu todas as cópias de Mad Max de quinta dos anos 80 e resolveu copiá-las. Ele copiou quem copiou ele, putz!
Olha a sinopse no imdb:
The year is 2021 AD. Women have been enslaved by a brutal army of men who survived the nuclear holocaust. Their only hope for freedom is in the hands of a nomadic band of fierce she-warriors: The Sisterhood.
http://www.imdb.com/title/tt0096114/
Outro:
Sinopse
Earth has been ravaged by a nuclear war, and a feminist warrior is forced to join up with a soldier of fortune in her journey to find a rumored "paradise" as they battle gangs of rampaging bandits.
http://www.imdb.com/title/tt0190520/
Lamentável descobrir que Mad Max foi reduzido a uma cópia da cópia dele mesmo.
Joe escreveu:Kenshiro escreveu:Assisti o filme
E ele é SIM feminista
Pra começo de conversa, Mad Max é só um titulo. Ele mal fala, mal participa das coisas, cai de paraquedas na trama só pra dizer que está lá e o filme é praticamente estrelado todo pela careca. E a careca quer levar as escravas sexuais pra longe da opressão, tentando fugir pra uma "sociedade matriarcal no meio do deserto", onde as mulheres eram livres e homens proibidos
Legal que o povo inteiro estava sendo tiranizado e a carecona se importou só com meia dúzia (literal, deviam ser umas 6) de escravas sexuais e ainda querem pintar ela de heroína
O filme inclusive tem várias passagens como "NÃO SOMOS OBJETOS!!!" e fica claro que o Max tá lá só pra cumprir cota
O filme não é feminista por ter velhinhas que atiram na galera, por ter escravas sexuais sendo libertas, por ter uma carecona que desce a lenha nos malucos (é só um filme, não ligo tanto pra gurias de 1,60 derrubando brutamontes num soco, meio veadagem encucar com isso num filme de cinema onde carros explodem), mas a trama mal se centra no Max, e só na "libertação daquelas mulheres". Se tivesse a exata mesma trama, mas um roteiro que funcionasse diferente, concordo que seria viadagem encucar com o feminismo dele, mas pela forma que o filme foi confeccionado, é óbvio que é feminista e se a pessoa não percebe isso tá meio lenta das ideias. Porra, tem até sociedade matriarcal perfeita no deserto
Inclusive é meio filhadaputisse tentar se comover com a meia dúzia de escravas sexuais que ela tenta libertar quando todo o povo estava sendo tiranizado. Esse é um dos únicos momentos onde o filme se faz sensato, quando o Max tenta usar da rebelião da careca pra libertar logo o povo todo -- mas isso é feito de uma forma tão superficial que, enfim, o povo pareceu liberto mais como uma consequência da rebelião, não porque foi o certo a se fazer, mas a cena final valeu o filme todo
Meu deus, esse enredo parece daqueles filmes B pós-apocaliptico dos anos 80 como "Fênix - A Guerreira".
A diferença é que Fênix é assumidamente thrash.
E sociedade matriarcal no deserto é o clichê dos clichês. Deixa eu advinhar, todas vivem felizes num oásis plantando suas hortinhas. Acertei?
A premissa de escravas sexuais sendo libertadas era até interessante. Faz sentido que num mundo devastado mulheres virassem um recurso a ser disputado como outro qualquer.
Mas isso de utopia matriarcal no deserto contraria o próprio universo de Mad Max. O que tornava os dois primeiros filmes legais era justamente o clima de "no future for you". Não importa onde vc está ou para onde vc vai. Vc nunca estará seguro. É a fórmula que tornou o The Walking Dead famoso.
O terceiro Mad Max recebe tantas críticas por ser muito positivo em comparação aos anteriores. No terceiro são as crianças que encontram um lugar perfeito onde o final dá a entender que construirão uma nova civilização pacífica.
Ashura escreveu:Escravas sexuais sendo libertas é anátema para John Norman rs.
Joe, eu já te contei que teve um anime meio pornô que se baseava na filosofia goreana? "Fencer of Minerva", minissérie em 5 episódios. É chupado diretamente e não tenta esconder. Só vi o primeiro episódio, mas embora tenha algumas coisas típicas de anime, a filosofia é supreendentemente fiel.
http://en.wikipedia.org/wiki/Fencer_of_Minerva
Ashura escreveu:Feministas REALMENTE não distinguem fantasia da realidade.
Segundo uma certa blogueira rotunda "os machistas" não gostam desse mad max pq mostra pra eles que num cenário pós-apocaliptico as mulheres ainda iam sair por aí esnobando eles e além do mais atirariam neles.
Bem, como mulher tem péssima pontaria e se assusta fácil, acho que eles não precisam se preocupar com a fúria feminista do fim dos tempos.
Joe escreveu:Vi o novo Mad Max. Só posso descrevê-lo com uma palavra:
Constrangedor.
É tanta idiotice, seja do próprio filme, por parte de seus defensores ou dos anti-feministas que nem sei por onde começar, mas vou tentar.
Sobre a polêmica: até dá para fazer uma interpretação feminista do filme, mas para isso você terá que fazer um salto ornamental triplo de interpretação para defender essa leitura. Primeiro porque não é porque um filme tem um “personagem feminina forte” que ele é feminista (o 2 e 3 tinha e ninguém acha que é “feminista”). Segundo porque se é a capacidade de uma mulher ser violenta o que a torna “feminista”, então presídios femininos estão lotados de feministas.
Sobre o filme em si: um título mais adequado seria Mad Max: A Estrada da Paródia. O filme é basicamente um remake do segundo filme com as cenas de perseguição de automóveis anabolizadas e nada do que tornou o segundo filme um clássico. Max foi reduzido a apenas mais um heroizinho genérico. Podia se chamar “John” ou “Steve” que não ia fazer a menor diferença. Como desgraça pouca é bobagem, Tom Hardy causa cólicas de risos quando tenta parecer ameaçador fazendo uma voz rouca e grave para lá de forçada (o site do ROK reclamou que ela fala mais que ele no filme. Graças a Deus! Eu não ia aguentar duas horas ouvindo aquela voz sem cair na risada). Parecia que ele tava com dor de garganta e precisava de pastilhas de menta. Aliás, o vilão do filme, que é uma mistura do vilão do segundo filme com o Darth Vader, também falava com uma voz gutural (e suspeitosamente parecida com a do Darth Vader) para tentar parecer cômico, quero dizer, sinistro. Mel Gibson usando sua voz normal conseguia parecer muito mais ameaçador que Hardy. Hardy como ator daria um ótimo poste de rua.
Charlize Theron está um pouquinho melhor, mas seu personagem não passa de uma Ellen Ripley genérica. O único personagem realmente interessante, e interpretado por um bom ator, mas infelizmente pouco explorado, é aquele careca doidão que ajuda o Max.
A impressão que deu é que eles pegaram todos os clichês de todos os filmes de sucesso dos últimos tempos e colocaram no filme para garantir o lucro. Heroi atormentado (literalmente) pelos fantasmas do passado? Confere. Mocinha boa de briga que ajuda (indiretamente) o mocinho a virar um “ser humano melhor”? Confere. Donzela indefesa? Confere (e tem de sobra). Vilões caricatos, burros e que parecem que saíram do Jaspion? Confere (e muito). O herói encontra “redenção” no final? Confere.
Nada contra os clichês. Sou devoto do São TVTropes. Mas é tudo usado de uma forma tão formulaica, e de um com ar “vamos apostar nisso porque é lucro certo!” que o resultado final é pouco inspirado. A história parece uma planilha de excel: herói encontra gente precisando de ajuda. Reluta em ajuda-los. Mas acaba encontrando neles um caminho para a própria salvação de sua alma.
Se o filme não tivesse a “grife” Mad Max passaria batido como mais um filmeco blockbuster qualquer. Mas como é de “grife” e foi feito pelo próprio costureiro que criou a grife, todo mundo tá achando lindo, não importa o quanto o tecido seja de quinta. O site do ROK não ajudou nem um pouco. Seu post histérico apenas fez o público louvar o filme mais ainda, nem que seja dizer “esses malvados misóginos estão errados!”.
Mas a crítica do ROK não é de toda errada. O filme realmente não tem nada de feminista, mas por outro lado, é tão Mad Max quanto eu sou o Mel Gibson. Em suma, estão realmente vendendo gato por lebre, mas não pelo motivo que o Return of Kings alega.
E não quero falar mais para não dar spoilers. Mas só comento o seguinte: George Miller parece tão desesperado em superar o clima de desolação da trilogia original que ele criou um universo tão cheio de exageros tentando "chocar" o público que ficou ridículo.
Esse Mad Max, em resumo, é o “Star Wars – A Ameaça Fantasma” da franquia.
Sobre a “consagração” do filme: como estamos numa era que filmes parece todos a mesma coisa. Basta qualquer coisinha um pouquinho acima da média para virar “o melhor filme de todos os tempos da última semana”. Aconteceu com “Gravidade” e “Interstellar” (quando foram lançados tbm foram celebrados como “o melhor dos últimos tempos”, mas agora caíram no esquecimento) e agora aconteceu com o Mad Max (que é tecnicamente bem feito, mas é só).
Sobre a tal feminista que prestou "serviço de consultoria" ao roteiro. Ninguém precisa de "especialista em estupro" para escrever um roteiro raso feito um pires como aquele. Eis a verdade nua a crua: isso é apenas marketing. É que nem o Jornada nas Estrelas - O filme que anunciava o Isaac Asimov como "consultor". O próprio declarou que não usaram nenhuma das ideias dele.
Kenshiro escreveu:
Tu é antenado na série Mad max, só vi esse filme novo. Faz sentido. Acho que o filme nem é feminista mesmo, usa vários torpes que já foram muito explorados. O negócio é que até eu caí na lavagem cerebral: Todo mundo dizendo que era, findei acreditando e vendo pêlo em ovo
Ashura escreveu:Joe analfabeto digital hahahahaSpoiler :
Não precisava mudar a cor, tem um recurso para spoiler.
Ashura escreveu:Falou o cara que manja de facebook
Fórum é arcaísmo digital.
...
Tu é por definição mais SWPL que eu. Eu sou graduando de ciências humanas, tu é mestrando.
StellaMaris escreveu:Jack Donovam assistiu, gostou e diz que filme revela simbolicamente o que é o feminismo.
E por falar nisso, é digna de nota a pouca importancia que Donovan dá aos assuntos do feminismo. Que homem! (Sim, Jack Donovan só acrescenta motivos à minha fantasia transgenero..... )