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Fórum para homens a moda antiga


Até o novo Mad Max virou propaganda feminista

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Kenshiro
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Ashura
Joe
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O autor do ROK que escreveu o texto que causou a polêmica fala sobre o caso:

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Joe escreveu:
Kenshiro escreveu:
Assisti o filme

E ele é SIM feminista

Pra começo de conversa, Mad Max é só um titulo. Ele mal fala, mal participa das coisas, cai de paraquedas na trama só pra dizer que está lá e o filme é praticamente estrelado todo pela careca. E a careca quer levar as escravas sexuais pra longe da opressão, tentando fugir pra uma "sociedade matriarcal no meio do deserto", onde as mulheres eram livres e homens proibidos

Legal que o povo inteiro estava sendo tiranizado e a carecona se importou só com meia dúzia (literal, deviam ser umas 6) de escravas sexuais e ainda querem pintar ela de heroína

O filme inclusive tem várias passagens como "NÃO SOMOS OBJETOS!!!" e fica claro que o Max tá lá só pra cumprir cota

O filme não é feminista por ter velhinhas que atiram na galera, por ter escravas sexuais sendo libertas, por ter uma carecona que desce a lenha nos malucos (é só um filme, não ligo tanto pra gurias de 1,60 derrubando brutamontes num soco, meio veadagem encucar com isso num filme de cinema onde carros explodem), mas a trama mal se centra no Max, e só na "libertação daquelas mulheres". Se tivesse a exata mesma trama, mas um roteiro que funcionasse diferente, concordo que seria viadagem encucar com o feminismo dele, mas pela forma que o filme foi confeccionado, é óbvio que é feminista e se a pessoa não percebe isso tá meio lenta das ideias. Porra, tem até sociedade matriarcal perfeita no deserto

Inclusive é meio filhadaputisse tentar se comover com a meia dúzia de escravas sexuais que ela tenta libertar quando todo o povo estava sendo tiranizado. Esse é um dos únicos momentos onde o filme se faz sensato, quando o Max tenta usar da rebelião da careca pra libertar logo o povo todo -- mas isso é feito de uma forma tão superficial que, enfim, o povo pareceu liberto mais como uma consequência da rebelião, não porque foi o certo a se fazer, mas a cena final valeu o filme todo


Meu deus, esse enredo parece daqueles filmes B pós-apocaliptico dos anos 80 como "Fênix - A Guerreira".



A diferença é que Fênix é assumidamente thrash.

E sociedade matriarcal no deserto é o clichê dos clichês. Deixa eu advinhar, todas vivem felizes num oásis plantando suas hortinhas. Acertei?

A premissa de escravas sexuais sendo libertadas era até interessante. Faz sentido que num mundo devastado mulheres virassem um recurso a ser disputado como outro qualquer.

Mas isso de utopia matriarcal no deserto contraria o próprio universo de Mad Max. O que tornava os  dois primeiros filmes legais era justamente o clima de "no future for you". Não importa onde vc está ou para onde vc vai. Vc nunca estará seguro. É a fórmula que tornou o The Walking Dead famoso.

O terceiro Mad Max recebe tantas críticas por ser muito positivo em comparação aos anteriores. No terceiro são as crianças que encontram um lugar perfeito onde o final dá a entender que construirão uma nova civilização pacífica.



Hahahahahahaha, EXATAMENTE!

O paraíso feminista havia sido destruído, mas não é bem um "no future for you", mas um "poxa, que coisa ruim, era o melhor lugar da terra e os homens maus acabaram com ele". O fiklme é, sim, definitivamente feminista, inclusive quando Max e um-outro-maluco-lá conseguem chegar junto à Furiosa e companhia no paraíso feminista, ocorre o diálogo:

- Quem são esses homens?
- Não se preocupe, eles são confiáveis!

Sim, entendo que é um mundo devastado onde quem tem a palavra é o mais forte, mas olhando fundo não é bem isso, sim "são homens que não vão contrariar o nosso mito de sociedade das mulheres libertas"

Não ligo se existem filmes com enredos feministas, afinal, existem muito mais filmes com enredos machistas, mas o problema é que os filmes machistas são, sempre, absurdamente depredados, já os feministas não -- até são incentivados. Aliás, fica claro que a existência do Max ou não pra trama é absurdamente irrelevante. Se ele não existisse no filme, daria na mesma, visto que o filme é 100% sobre a Furiosa e as suas amigas.

Trabalhar com escravas sexuais sendo libertas não foi o que fez o filme ser feminista. É uma temática, inclusive, bela e moral. A Furiosa ser careca, ter naipe de sapata e detonar brutamontes musculosos na porrada também não foi o que fez o filme ser feminista, porque mesmo Conan que é Conan goza de personagens femininas, digamos, duronas. O que fez o filme ser feminista foi a direção que ele tomou, foi beber de mitos feministas, foi ser uma clara cartilha SWPL ambulante que divagou sobre a liberdade feminina ante a tirania patriarcal, não sobre heroísmo. Heroísmo que aparece somente no final do filme, e mais como consequência da parada toda, não como meio

O filme segue essa linha:

1- Max aparece sendo torturado
2- Furiosa foge com umas seis escravas sexuais e ocorre uma super perseguição
3- Max cai de paraquedas na perseguição
4- Max resolve ajudá-las, porque sim
5- Chegam no paraíso feminista, descobre que tudo está destruído
6- Max tem a ideia de voltar e depor o tirano

Digamos, 80% do filme é "vamos encontrar o lar das mulheres libertas", e os outros 20% é "vamo voltar e encher o tirano de porrada"

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Kenshiro escreveu:

- Quem são esses homens?
- Não se preocupe, eles são confiáveis!


Puta merda. Não acredito que tem esse diálogo.

No filme "Fênix - a Guerreira", e praticamente qualquer filme ou livro sobre utopias matriarcais que são encontradas por homens, tem esse diálogo besta.

Tá parecendo que Miller viu todas as cópias de Mad Max de quinta dos anos 80 e resolveu copiá-las. Ele copiou quem copiou ele, putz!



Olha a sinopse no imdb:

The year is 2021 AD. Women have been enslaved by a brutal army of men who survived the nuclear holocaust. Their only hope for freedom is in the hands of a nomadic band of fierce she-warriors: The Sisterhood.

http://www.imdb.com/title/tt0096114/

Outro:


Sinopse

Earth has been ravaged by a nuclear war, and a feminist warrior is forced to join up with a soldier of fortune in her journey to find a rumored "paradise" as they battle gangs of rampaging bandits.

http://www.imdb.com/title/tt0190520/

Lamentável descobrir que Mad Max foi reduzido a uma cópia da cópia dele mesmo.

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to com medo de ver o filme agora. obrigado kenshiro por estragar esse momento de espectativa hahahahaha

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Joe escreveu:
Kenshiro escreveu:

- Quem são esses homens?
- Não se preocupe, eles são confiáveis!


Puta merda. Não acredito que tem esse diálogo.

No filme "Fênix - a Guerreira", e praticamente qualquer filme ou livro sobre utopias matriarcais que são encontradas por homens, tem esse diálogo besta.

Tá parecendo que Miller viu todas as cópias de Mad Max de quinta dos anos 80 e resolveu copiá-las. Ele copiou quem copiou ele, putz!



Olha a sinopse no imdb:

The year is 2021 AD. Women have been enslaved by a brutal army of men who survived the nuclear holocaust. Their only hope for freedom is in the hands of a nomadic band of fierce she-warriors: The Sisterhood.

http://www.imdb.com/title/tt0096114/

Outro:


Sinopse

Earth has been ravaged by a nuclear war, and a feminist warrior is forced to join up with a soldier of fortune in her journey to find a rumored "paradise" as they battle gangs of rampaging bandits.

http://www.imdb.com/title/tt0190520/

Lamentável descobrir que Mad Max foi reduzido a uma cópia da cópia dele mesmo.



Estamos presenciando o momento em que o exploitation vira padrão no gênero de ação. Isso é praticamente um rape and revenge film. Deprimente.

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Escravas sexuais sendo libertas é anátema para John Norman rs.


Joe, eu já te contei que teve um anime meio pornô que se baseava na filosofia goreana? "Fencer of Minerva", minissérie em 5 episódios. É chupado diretamente e não tenta esconder. Só vi o primeiro episódio, mas embora tenha algumas coisas típicas de anime, a filosofia é supreendentemente fiel.

http://en.wikipedia.org/wiki/Fencer_of_Minerva

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Joe escreveu:
Kenshiro escreveu:
Assisti o filme

E ele é SIM feminista

Pra começo de conversa, Mad Max é só um titulo. Ele mal fala, mal participa das coisas, cai de paraquedas na trama só pra dizer que está lá e o filme é praticamente estrelado todo pela careca. E a careca quer levar as escravas sexuais pra longe da opressão, tentando fugir pra uma "sociedade matriarcal no meio do deserto", onde as mulheres eram livres e homens proibidos

Legal que o povo inteiro estava sendo tiranizado e a carecona se importou só com meia dúzia (literal, deviam ser umas 6) de escravas sexuais e ainda querem pintar ela de heroína

O filme inclusive tem várias passagens como "NÃO SOMOS OBJETOS!!!" e fica claro que o Max tá lá só pra cumprir cota

O filme não é feminista por ter velhinhas que atiram na galera, por ter escravas sexuais sendo libertas, por ter uma carecona que desce a lenha nos malucos (é só um filme, não ligo tanto pra gurias de 1,60 derrubando brutamontes num soco, meio veadagem encucar com isso num filme de cinema onde carros explodem), mas a trama mal se centra no Max, e só na "libertação daquelas mulheres". Se tivesse a exata mesma trama, mas um roteiro que funcionasse diferente, concordo que seria viadagem encucar com o feminismo dele, mas pela forma que o filme foi confeccionado, é óbvio que é feminista e se a pessoa não percebe isso tá meio lenta das ideias. Porra, tem até sociedade matriarcal perfeita no deserto

Inclusive é meio filhadaputisse tentar se comover com a meia dúzia de escravas sexuais que ela tenta libertar quando todo o povo estava sendo tiranizado. Esse é um dos únicos momentos onde o filme se faz sensato, quando o Max tenta usar da rebelião da careca pra libertar logo o povo todo -- mas isso é feito de uma forma tão superficial que, enfim, o povo pareceu liberto mais como uma consequência da rebelião, não porque foi o certo a se fazer, mas a cena final valeu o filme todo


Meu deus, esse enredo parece daqueles filmes B pós-apocaliptico dos anos 80 como "Fênix - A Guerreira".



A diferença é que Fênix é assumidamente thrash.

E sociedade matriarcal no deserto é o clichê dos clichês. Deixa eu advinhar, todas vivem felizes num oásis plantando suas hortinhas. Acertei?

A premissa de escravas sexuais sendo libertadas era até interessante. Faz sentido que num mundo devastado mulheres virassem um recurso a ser disputado como outro qualquer.

Mas isso de utopia matriarcal no deserto contraria o próprio universo de Mad Max. O que tornava os  dois primeiros filmes legais era justamente o clima de "no future for you". Não importa onde vc está ou para onde vc vai. Vc nunca estará seguro. É a fórmula que tornou o The Walking Dead famoso.

O terceiro Mad Max recebe tantas críticas por ser muito positivo em comparação aos anteriores. No terceiro são as crianças que encontram um lugar perfeito onde o final dá a entender que construirão uma nova civilização pacífica.



A série trash Z Nation zoa um pouco com esse clichê. Em um dos episódios o grupo encontra uma dessas sociedades de sapatas do deserto, mas fica claro que elas são doidas.

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do jeito que voces falam esse aki eh melhor que o atual mad max.

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Ashura escreveu:
Escravas sexuais sendo libertas é anátema para John Norman rs.


Joe, eu já te contei que teve um anime meio pornô que se baseava na filosofia goreana? "Fencer of Minerva", minissérie em 5 episódios. É chupado diretamente e não tenta esconder. Só vi o primeiro episódio, mas embora tenha algumas coisas típicas de anime, a filosofia é supreendentemente fiel.

http://en.wikipedia.org/wiki/Fencer_of_Minerva


Não contou, mas pensei tbm em Gor quando soube das escravas sexuais no novo Mad Max, hehehehe

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Feministas REALMENTE não distinguem fantasia da realidade.

Segundo uma certa blogueira rotunda "os machistas" não gostam desse mad max pq mostra pra eles que num cenário pós-apocaliptico as mulheres ainda iam sair por aí esnobando eles e além do mais atirariam neles.

Bem, como mulher tem péssima pontaria e se assusta fácil, acho que eles não precisam se preocupar com a fúria feminista do fim dos tempos.

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Ashura escreveu:
Feministas REALMENTE não distinguem fantasia da realidade.

Segundo uma certa blogueira rotunda "os machistas" não gostam desse mad max pq mostra pra eles que num cenário pós-apocaliptico as mulheres ainda iam sair por aí esnobando eles e além do mais atirariam neles.

Bem, como mulher tem péssima pontaria e se assusta fácil, acho que eles não precisam se preocupar com a fúria feminista do fim dos tempos.


Bem, ao menos ela não dá ordens ao Max -- isso é viagem

Mas o filme ainda é merda igual

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Eu não vou ler 8 páginas de picuinha cultural hollywoodiana.

Foda-se.

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Vi o novo Mad Max. Só posso descrevê-lo com uma palavra:

Constrangedor.

É tanta idiotice, seja do próprio filme, por parte de seus defensores ou dos anti-feministas que nem sei por onde começar, mas vou tentar.

Sobre a polêmica: até dá para fazer uma interpretação feminista do filme, mas para isso você terá que fazer um salto ornamental triplo de interpretação para defender essa leitura. Primeiro porque não é porque um filme tem um “personagem feminina forte” que ele é feminista (o 2 e 3 tinha e ninguém acha que é “feminista”). Segundo porque se é a capacidade de uma mulher ser violenta o que a torna “feminista”, então presídios femininos estão lotados de feministas.

Sobre o filme em si: um título mais adequado seria Mad Max: A Estrada da Paródia. O filme é basicamente um remake do segundo filme com as cenas de perseguição de automóveis anabolizadas e nada do que tornou o segundo filme um clássico. Max foi reduzido a apenas mais um heroizinho genérico. Podia se chamar “John” ou “Steve” que não ia fazer a menor diferença. Como desgraça pouca é bobagem, Tom Hardy causa cólicas de risos quando tenta parecer ameaçador fazendo uma voz rouca e grave para lá de forçada (o site do ROK reclamou que ela fala mais que ele no filme. Graças a Deus! Eu não ia aguentar duas horas ouvindo aquela voz sem cair na risada). Parecia que ele tava com dor de garganta e precisava de pastilhas de menta. Aliás, o vilão do filme, que é uma mistura do vilão do segundo filme com o Darth Vader, também falava com uma voz gutural (e suspeitosamente parecida com a do Darth Vader) para tentar parecer cômico, quero dizer, sinistro. Mel Gibson usando sua voz normal conseguia parecer muito mais ameaçador que Hardy. Hardy como ator daria um ótimo poste de rua.

Charlize Theron está um pouquinho melhor, mas seu personagem não passa de uma Ellen Ripley genérica. O único personagem realmente interessante, e interpretado por um bom ator, mas infelizmente pouco explorado, é aquele careca doidão que ajuda o Max.

A impressão que deu é que eles pegaram todos os clichês de todos os filmes de sucesso dos últimos tempos e colocaram no filme para garantir o lucro. Heroi atormentado (literalmente) pelos fantasmas do passado? Confere. Mocinha boa de briga que ajuda (indiretamente) o mocinho a virar um “ser humano melhor”? Confere. Donzela indefesa? Confere (e tem de sobra). Vilões caricatos, burros e que parecem que saíram do Jaspion? Confere (e muito). O herói encontra “redenção” no final? Confere.

Nada contra os clichês. Sou devoto do São TVTropes. Mas é tudo usado de uma forma tão formulaica, e de um com ar “vamos apostar nisso porque é lucro certo!” que o resultado final é pouco inspirado. A história parece uma planilha de excel: herói encontra gente precisando de ajuda. Reluta em ajuda-los. Mas acaba encontrando neles um caminho para a própria salvação de sua alma.

Se o filme não tivesse a “grife” Mad Max passaria batido como mais um filmeco blockbuster qualquer. Mas como é de “grife” e foi feito pelo próprio costureiro que criou a grife, todo mundo tá achando lindo, não importa o quanto o tecido seja de quinta. O site do ROK não ajudou nem um pouco. Seu post histérico apenas fez o público louvar o filme mais ainda, nem que seja dizer “esses malvados misóginos estão errados!”.

Mas a crítica do ROK não é de toda errada. O filme realmente não tem nada de feminista, mas por outro lado, é tão Mad Max quanto eu sou o Mel Gibson. Em suma, estão realmente vendendo gato por lebre, mas não pelo motivo que o Return of Kings alega.

E não quero falar mais para não dar spoilers. Mas só comento o seguinte: George Miller parece tão desesperado em superar o clima de desolação da trilogia original que ele criou um universo tão cheio de exageros tentando "chocar" o público que ficou ridículo.

Esse Mad Max, em resumo, é o “Star Wars – A Ameaça Fantasma” da franquia.

Sobre a “consagração” do filme: como estamos numa era que filmes parece todos a mesma coisa. Basta qualquer coisinha um pouquinho acima da média para virar “o melhor filme de todos os tempos da última semana”. Aconteceu com “Gravidade” e “Interstellar” (quando foram lançados tbm foram celebrados como “o melhor dos últimos tempos”, mas agora caíram no esquecimento) e agora aconteceu com o Mad Max (que é tecnicamente bem feito, mas é só).

Sobre a tal feminista que prestou "serviço de consultoria" ao roteiro. Ninguém precisa de "especialista em estupro" para escrever um roteiro raso feito um pires como aquele. Eis a verdade nua a crua: isso é apenas marketing. É que nem o Jornada nas Estrelas - O filme que anunciava o Isaac Asimov como "consultor". O próprio declarou que não usaram nenhuma das ideias dele.

Última edição por Joe em 21/05/15, 11:11 am, editado 2 vez(es)

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Coisa de feminista, se apropriam de tudo. Dizem até que Joana D'arc era "feminista".

Elas ficam putinhas é quando colocam uma "Personagem feminina forte" no filme e algum protagonista pega ela, n'O Limite do Amanhã ficaram putinhos que a mina beija o Cage (Cruise). Mas como essa mina aí tá feia como briga de foice no filme não deve correr esse risco. Pelo visto reclamaram que a Viúva Negra tava se fresqueando pro Hulk no Vingadores 2.

Quando uma heroína dessas que luta age como uma mulher normal dá um realismo na coisa que cai muito bem. Tipo a mina do Conan que se apaixona por ele e mostra que era solitária etc. Mas feministas não gostam de realidade, então querem que as minas sejam o Conan, só que com cara amarrada o tempo todo.

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Calma gentem, é só um filme!

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Joe escreveu:
Vi o novo Mad Max. Só posso descrevê-lo com uma palavra:

Constrangedor.

É tanta idiotice, seja do próprio filme, por parte de seus defensores ou dos anti-feministas que nem sei por onde começar, mas vou tentar.

Sobre a polêmica: até dá para fazer uma interpretação feminista do filme, mas para isso você terá que fazer um salto ornamental triplo de interpretação para defender essa leitura. Primeiro porque não é porque um filme tem um “personagem feminina forte” que ele é feminista (o 2 e 3 tinha e ninguém acha que é “feminista”). Segundo porque se é a capacidade de uma mulher ser violenta o que a torna “feminista”, então presídios femininos estão lotados de feministas.

Sobre o filme em si: um título mais adequado seria Mad Max: A Estrada da Paródia. O filme é basicamente um remake do segundo filme com as cenas de perseguição de automóveis anabolizadas e nada do que tornou o segundo filme um clássico. Max foi reduzido a apenas mais um heroizinho genérico. Podia se chamar “John” ou “Steve” que não ia fazer a menor diferença. Como desgraça pouca é bobagem, Tom Hardy causa cólicas de risos quando tenta parecer ameaçador fazendo uma voz rouca e grave para lá de forçada (o site do ROK reclamou que ela fala mais que ele no filme. Graças a Deus! Eu não ia aguentar duas horas ouvindo aquela voz sem cair na risada). Parecia que ele tava com dor de garganta e precisava de pastilhas de menta. Aliás, o vilão do filme, que é uma mistura do vilão do segundo filme com o Darth Vader, também falava com uma voz gutural (e suspeitosamente parecida com a do Darth Vader) para tentar parecer cômico, quero dizer, sinistro. Mel Gibson usando sua voz normal conseguia parecer muito mais ameaçador que Hardy. Hardy como ator daria um ótimo poste de rua.

Charlize Theron está um pouquinho melhor, mas seu personagem não passa de uma Ellen Ripley genérica. O único personagem realmente interessante, e interpretado por um bom ator, mas infelizmente pouco explorado, é aquele careca doidão que ajuda o Max.

A impressão que deu é que eles pegaram todos os clichês de todos os filmes de sucesso dos últimos tempos e colocaram no filme para garantir o lucro. Heroi atormentado (literalmente) pelos fantasmas do passado? Confere. Mocinha boa de briga que ajuda (indiretamente) o mocinho a virar um “ser humano melhor”? Confere. Donzela indefesa? Confere (e tem de sobra). Vilões caricatos, burros e que parecem que saíram do Jaspion? Confere (e muito). O herói encontra “redenção” no final? Confere.

Nada contra os clichês. Sou devoto do São TVTropes. Mas é tudo usado de uma forma tão formulaica, e de um com ar “vamos apostar nisso porque é lucro certo!” que o resultado final é pouco inspirado. A história parece uma planilha de excel: herói encontra gente precisando de ajuda. Reluta em ajuda-los. Mas acaba encontrando neles um caminho para a própria salvação de sua alma.

Se o filme não tivesse a “grife” Mad Max passaria batido como mais um filmeco blockbuster qualquer. Mas como é de “grife” e foi feito pelo próprio costureiro que criou a grife, todo mundo tá achando lindo, não importa o quanto o tecido seja de quinta. O site do ROK não ajudou nem um pouco. Seu post histérico apenas fez o público louvar o filme mais ainda, nem que seja dizer “esses malvados misóginos estão errados!”.

Mas a crítica do ROK não é de toda errada. O filme realmente não tem nada de feminista, mas por outro lado, é tão Mad Max quanto eu sou o Mel Gibson. Em suma, estão realmente vendendo gato por lebre, mas não pelo motivo que o Return of Kings alega.

E não quero falar mais para não dar spoilers. Mas só comento o seguinte: George Miller parece tão desesperado em superar o clima de desolação da trilogia original que ele criou um universo tão cheio de exageros tentando "chocar" o público que ficou ridículo.

Esse Mad Max, em resumo, é o “Star Wars – A Ameaça Fantasma” da franquia.

Sobre a “consagração” do filme: como estamos numa era que filmes parece todos a mesma coisa. Basta qualquer coisinha um pouquinho acima da média para virar “o melhor filme de todos os tempos da última semana”. Aconteceu com “Gravidade” e “Interstellar” (quando foram lançados tbm foram celebrados como “o melhor dos últimos tempos”, mas agora caíram no esquecimento) e agora aconteceu com o Mad Max (que é tecnicamente bem feito, mas é só).

Sobre a tal feminista que prestou "serviço de consultoria" ao roteiro. Ninguém precisa de "especialista em estupro" para escrever um roteiro raso feito um pires como aquele. Eis a verdade nua a crua: isso é apenas marketing. É que nem o Jornada nas Estrelas - O filme que anunciava o Isaac Asimov como "consultor". O próprio declarou que não usaram nenhuma das ideias dele.


Tu é antenado na série Mad max, só vi esse filme novo. Faz sentido. Acho que o filme nem é feminista mesmo, usa vários torpes que já foram muito explorados. O negócio é que até eu caí na lavagem cerebral: Todo mundo dizendo que era, findei acreditando e vendo pêlo em ovo

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Kenshiro escreveu:


Tu é antenado na série Mad max, só vi esse filme novo. Faz sentido. Acho que o filme nem é feminista mesmo, usa vários torpes que já foram muito explorados. O negócio é que até eu caí na lavagem cerebral: Todo mundo dizendo que era, findei acreditando e vendo pêlo em ovo


Mesmo que se defenda que o filme é feminista, isso é um tiro no pé.

SPOILERS.



As feministas argumentam que o filme é feminista por causa da cena final em que a Furiosa assume o poder e aquelas gordas leiteiras começam a dar agua de graça para todo mundo na cidade. A mensagem é "homens são egoístas, mulheres altruístas".

Para ficar mais claro, tente imaginar que o filme se chamasse "Black Max". Max é negro e a Imperatriz Furiosa é o Imperador Furioso, um loiro de olhos azuis e o Immortal Joe também é negro.

Agora imagina, na cena onde Max e o careca (que nesse versão também seria negro) encontram aquelas velhas no deserto, as remanescentes da sociedade matriarcal, fossem todos homens loiros de olhos azuis e o diálogo fosse:

- Eles são negros!
e Imperador Furioso responde:
- Não se preocupem, eles são confiáveis.

Ia soar um tantinho racista, não?

O filme, se tenta vender alguma mensagem feminista, é o velho "se o mundo fosse governado por mulheres seria um lugar melhor". Porque? Oras, porque sim. Agua tem para todo mundo. O Immortal é que a raciona porque ele é homem e homens são maus! Oras, bolas!

É até uma pena que o filme não tenha um discurso feminista mais explícito. Ia ser divertido ver o pessoal defender o filme das acusações de misandria. É a incoerência do roteiro (pq diabos o Immortal Joe raciona a agua e aquelas gordas simplesmente resolveram dar para todo mundo?) que faz que qualquer tentativa de enviesar o filme para o lado do feminismo vire um tiro no próprio pé.


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Joe, obrigado por colocar o aviso e as letras em amarelo. O senhor é um anjo.

Não que faça diferença, não planejo assistir ao filme.

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Joe analfabeto digital hahahaha

Spoiler :

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Ashura escreveu:
Joe analfabeto digital hahahaha

Spoiler :


Não sou SWPL que nem vc Razz.  SWPL é que sabe tudo de fórum.

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Falou o cara que manja de facebook Twisted Evil

Fórum é arcaísmo digital.

...

Tu é por definição mais SWPL que eu. Eu sou graduando de ciências humanas, tu é mestrando. Rolling Eyes

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Ashura escreveu:
Falou o cara que manja de facebook Twisted Evil

Fórum é arcaísmo digital.

...

Tu é por definição mais SWPL que eu. Eu sou graduando de ciências humanas, tu é mestrando. Rolling Eyes


Pior que isso. Já sou "doutô" formado.

Estou rumo ao pior do SWPLismo sem volta. Preciso dar um jeito na minha vida.

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Jack Donovam assistiu, gostou e diz que filme revela simbolicamente o que é o feminismo.

E por falar nisso, é digna de nota a pouca importancia que Donovan dá aos assuntos do feminismo. Que homem! (Sim, Jack Donovan só acrescenta motivos à minha fantasia transgenero..... Razz)

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StellaMaris escreveu:
Jack Donovam assistiu, gostou e diz que filme revela simbolicamente o que é o feminismo.

E por falar nisso, é digna de nota a pouca importancia que Donovan dá aos assuntos do feminismo. Que homem! (Sim, Jack Donovan só acrescenta motivos à minha fantasia transgenero..... Razz)


Hahahaha

Li o texto do Donovan.

Ele colocou o dedo na ferida.

PATRIARCHAL WOMEN ARE BEAUTIFUL AND FEMININE; MATRIARCHIES MAKE WOMEN UGLY

The wives kept by Immortan Joe in the Citadel are soft and appealing. Save one youthful, exotic, unlikely beauty, the “feminist” women are indistinguishable from a pack of grizzled old sailors. To survive in the wasteland together, they’ve become as hard as men. Despite the “feminist” theme that warlike men are responsible for “killing the world,” one of the women brags that she’s killed everyone she met in the desert and muses gleefully about shooting men right through the medulla. To survive without the protection of men in a dangerous world, a woman must put aside childish pacifism and become as bloodthirsty as a man. Or Hillary Clinton.

The takeaway here is that when women and men have distinct roles, women can afford to be beautiful and feminine. When they have to fend for themselves, they become hard, ugly and manly.


Texto completo:

http://www.radixjournal.com/journal/2015/5/20/never-let-a-woman-drive-your-war-rig

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Estou mais nas exatas e biológicas, livre desse swpl

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