“As armas são a civilização”

Quid pro quo envolve barganha, que envolve razão. Tá englobado.

Preços pré-estabelecidos, uma razão pré-estabelecida. O sujeito que compra acha racional (Talvez não tanto) o preço estipulado e não é coagido a comprar.

Tem uns amigos de copo meus que moram em interiorzão que o pessoal mata por nada. Eles disseram que, justamente por isso, o pessoal lá é extremamente simpático e agradável (porque tem medo de tomar chumbo na cara hahaha)

Bem diferente da capital, que todo mundo é boçal

Mas não moro lá, não tem como saber se é exagero deles, apesar de fazer sentido. Na melhor das hipóteses, me soa só como "meio exagero"

Joe escreveu:

Eu concordo em geral com o texto, mas há um pequeno porém.

O tipo de espada que se usa influencia muito no combate. Há modelos e modelos e algumas são mais eficientes que outras.

A escolha da espada deve ser conveniente ao ambiente de combate. .
Uma espada longa em um ambiente fechado é uma péssima escolha.
Uma espada pequena em uma ambiente aberto é pior ainda.

Kenshiro escreveu:

Tem uns amigos de copo meus que moram em interiorzão que o pessoal mata por nada. Eles disseram que, justamente por isso, o pessoal lá é extremamente simpático e agradável (porque tem medo de tomar chumbo na cara hahaha)

Bem diferente da capital, que todo mundo é boçal

Mas não moro lá, não tem como saber se é exagero deles, apesar de fazer sentido. Na melhor das hipóteses, me soa só como "meio exagero"

Já ouvi sujeito dizer que nos antigos bailes do interior do RS, aquela gauderiada, era muito raro dar uma peleia... Até por que quando dava, morria dez, quinze.

Ashura escreveu:

Kenshiro escreveu:

Tem uns amigos de copo meus que moram em interiorzão que o pessoal mata por nada. Eles disseram que, justamente por isso, o pessoal lá é extremamente simpático e agradável (porque tem medo de tomar chumbo na cara hahaha)

Bem diferente da capital, que todo mundo é boçal

Mas não moro lá, não tem como saber se é exagero deles, apesar de fazer sentido. Na melhor das hipóteses, me soa só como "meio exagero"

Já ouvi sujeito dizer que nos antigos bailes do interior do RS, aquela gauderiada, era muito raro dar uma peleia... Até por que quando dava, morria dez, quinze.

Juro que tive que jogar os termos no google pra entender. Esse RSês é mais dificil que árabe

"An armed society is a polite society. Manners are good when one may have to back up his acts with his life."

- Robert A. Heinlein, autor de "Tropas estelares" e desafeto geral da esquerda.

Kenshiro escreveu:

Ashura escreveu:

Kenshiro escreveu:

Tem uns amigos de copo meus que moram em interiorzão que o pessoal mata por nada. Eles disseram que, justamente por isso, o pessoal lá é extremamente simpático e agradável (porque tem medo de tomar chumbo na cara hahaha)

Bem diferente da capital, que todo mundo é boçal

Mas não moro lá, não tem como saber se é exagero deles, apesar de fazer sentido. Na melhor das hipóteses, me soa só como "meio exagero"

Já ouvi sujeito dizer que nos antigos bailes do interior do RS, aquela gauderiada, era muito raro dar uma peleia... Até por que quando dava, morria dez, quinze.

Juro que tive que jogar os termos no google pra entender. Esse RSês é mais dificil que árabe

Porra... Mas não é óbvio que peleia = pelea, luta em espanhol?

Ahura é professor de que???

Bom, acho tudo muito lindo e legal. Eu tenho uma arma em casa. Moro em sito e por mais que a cidade seja tranquila, nunca se sabe. Acho que o cidadão tem o direito de se defender.
A questão é que estamos no Brasil. Vai ter gente dando tiro até na padaria porque pediu pão francês e veio pão de leite.

Joe escreveu:

Mas mesmo nesse caso, há espadas e espadas. Há katanas e katanas. Roperas e roperas. Mesmo com armas de fogo, há diferenças. Um 38 não é o mesmo que uma magnum 44.

O que quero dizer é que o homem sempre esteve a mercê da tecnologia bélica de alguma forma quando o assunto é combate. A diferença é que hoje estamos mais a mercê do que nunca.

Inclusive Jünger comenta isso no The Glass Bees, de como com a modernização da guerra tudo passou a ser uma questão de quem tem os brinquedos mais poderosos.

Tbm sou cético quanto a essa questão de "armas de fogo igualam os homens". Lembro de um documentário sobre pistoleiros no velho oeste onde falava que vc tinha que treinar muito para ficar bom no manejo do revólver.

1) Quando se duelava com espadas, havia a modalidade "first blood": ou seja, quem perdesse o primeiro sangue, perdia o duelo (mas não a vida). Essa modalidade era comum e limitava o dano a um talho.

2) Jünger está errado nisso quando levado em conta por exemplo a forma como Shah Ahmad Massoud com 2 mil mujahedins armados de apenas AK 47s e alguns foguetes expulsaram 50 mil russos que contavam com blindados e forte apoio aéreo. Por essa razão existe o termo "guerra assimétrica", onde se vence pela tática e não pela superioridade de poder de fogo. Da mesma forma os Vietnamitas correram os americanos.

3) Se faz aqui necessário analisar o que era o armamento deles.

Tome a Colt Dragoon, muito usada na época:
Se inseria pólvora preta na câmara, por trás do tambor do revólver. Pela frente se punha uma esfera de chumbo e sob o cano havia uma espécie de alavanca que funcionava como "prensa", enfiando a esfera no tambor por pressão, e assim a arma era carregada. O sistema todo era pouca coisa mais sofisticado do que um mosquete. E então se tinha 5 ou 6 disparos, e no minimo 5 minutos (se o cara fosse rápido) para recarregar as câmaras do tambor novamente.

Mais uma coisa: os revolveres da época eram de ação simples, isso é: era necessário puxar o cão para trás antes de efetuar o disparo, e repetir isso a cada disparo. Ao contrário de hoje em que revólveres de ação dupla permitem novos disparos a cada puxada de gatilho, sem acionamento manual do cão da arma.

Um ataque de arma de fogo no velho oeste requeria precisão cirúrgica. E nos duelos, era uma questão de agilidade e habilidade sacar a arma; puxar o cão para armar ela; e atirar com sucesso enquanto a arma ainda está na altura da cintura do duelista (uma posição que não permite uma visada apropriada e portanto uma grande habilidade do duelista de "acertar sem mirar").

4) A diferença entre um 38 e uma 44, é o atirador. Mais vale um tiro de 38 que acerta o alvo, do que um de 44 que erra ele. Ainda assim, um tiro de 44 que acerte uma região não letal, só terá a vantagem de possuir "stop power" superior, ou seja, deslocar mais energia e remover do combate (o que não equivale a matar) com maior probabilidade. Eu prefiro um tiro de 44 no braço do que um de 38 no peito.

Pra ser sincero o calibre mais preocupante pra mim é o .40.

Ele foi inventado por causa desse ocorrido aqui: https://en.wikipedia.org/wiki/North_Hollywood_shootout

Ned Kelly, bandido australiano, levou mais de 20 tiros de 45 num confronto antes de ser detido.

Mas unzinho só de .40 causa tanta DOR e estrago devido à alta energia do choque... que botaria Ned Kelly a chorar feito uma menininha em posição fetal com um único.

Rant Casey escreveu:

1) Quando se duelava com espadas, havia a modalidade "first blood": ou seja, quem perdesse o primeiro sangue, perdia o duelo (mas não a vida). Essa modalidade era comum e limitava o dano a um talho.

2) Jünger está errado nisso quando levado em conta por exemplo a forma como Shah Ahmad Massoud com 2 mil mujahedins armados de apenas AK 47s e alguns foguetes expulsaram 50 mil russos que contavam com blindados e forte apoio aéreo. Por essa razão existe o termo "guerra assimétrica", onde se vence pela tática e não pela superioridade de poder de fogo. Da mesma forma os Vietnamitas correram os americanos.

3) Se faz aqui necessário analisar o que era o armamento deles.

Tome a Colt Dragoon, muito usada na época:
Se inseria pólvora preta na câmara, por trás do tambor do revólver. Pela frente se punha uma esfera de chumbo e sob o cano havia uma espécie de alavanca que funcionava como "prensa", enfiando a esfera no tambor por pressão, e assim a arma era carregada. O sistema todo era pouca coisa mais sofisticado do que um mosquete. E então se tinha 5 ou 6 disparos, e no minimo 5 minutos (se o cara fosse rápido) para recarregar as câmaras do tambor novamente.

Mais uma coisa: os revolveres da época eram de ação simples, isso é: era necessário puxar o cão para trás antes de efetuar o disparo, e repetir isso a cada disparo. Ao contrário de hoje em que revólveres de ação dupla permitem novos disparos a cada puxada de gatilho, sem acionamento manual do cão da arma.

Um ataque de arma de fogo no velho oeste requeria precisão cirúrgica. E nos duelos, era uma questão de agilidade e habilidade sacar a arma; puxar o cão para armar ela; e atirar com sucesso enquanto a arma ainda está na altura da cintura do duelista (uma posição que não permite uma visada apropriada e portanto uma grande habilidade do duelista de "acertar sem mirar").

4) A diferença entre um 38 e uma 44, é o atirador. Mais vale um tiro de 38 que acerta o alvo, do que um de 44 que erra ele. Ainda assim, um tiro de 44 que acerte uma região não letal, só terá a vantagem de possuir "stop power" superior, ou seja, deslocar mais energia e remover do combate (o que não equivale a matar) com maior probabilidade. Eu prefiro um tiro de 44 no braço do que um de 38 no peito.

1) Isto de "first blood" tlvz ajude a explicar pq duelos desapareceram. Não tem como fazer isso de "quem sangra primeiro, perde" quando se duela com armas de fogo.

2) Jünger provavelmente pensasse assim pq ele foi soldado da cavalaria e viu em primeira mão as unidades de cavalaria se tornarem obsoletas diante dos tanques de guerra. O The Glass Bees é sobre isso, um ex-soldado da cavalaria num mundo futuro que se vê desempregado diante do avanço da tecnologia bélica. O livro é do final dos anos 50 e creio que exemplos de povos com tecnologia inferior vencendo conflitos eram incomuns. Na época dele todo mundo estava embasbacado ao ver tecnologias nunca vistas antes em guerra.

3) Lembro que no documentário falava isso de atirar pela cintura. A grosso modo, o sujeito tinha que aprender a mirar pela cintura, e pelo que lembro, há controvérsias sobre como é que eles faziam. Se havia alguma técnica ou truque, parece que se perdeu com o tempo.

4) Então creio que estou certo quando digo que armas de fogo não igualaram tanto assim as pessoas. Tem uns seres por aí que são capazes de conseguir acertar a si próprios.

"4) Então creio que estou certo quando digo que armas de fogo não igualaram tanto assim as pessoas. Tem uns seres por aí que são capazes de conseguir acertar a si próprios."

É óbvio que um marginal de chinelo de dedo não é como alguém formado em Agulhas Negras só por ter uma pistola na mão.

Mas a questão nunca foi essa.

É que com a maravilhosa política do desarmamento, bandidos tem armas e "pessoas honestas" (Entre aspas por que, sejamos francos, no Brasil isso é um slogan no máximo) não. Bem, aí fica complicado.

Ah, e mais ainda, que armas são uma oposição à tirania do Estado. Que na verdade é a origem até do problema da bandidagem.

Joe escreveu:

2) Jünger provavelmente pensasse assim pq ele foi soldado da cavalaria e viu em primeira mão as unidades de cavalaria se tornarem obsoletas diante dos tanques de guerra. O The Glass Bees é sobre isso, um ex-soldado da cavalaria num mundo futuro que se vê desempregado diante do avanço da tecnologia bélica. O livro é do final dos anos 50 e creio que exemplos de povos com tecnologia inferior vencendo conflitos eram incomuns. Na época dele todo mundo estava embasbacado ao ver tecnologias nunca vistas antes em guerra.

Ok, exemplos Pre Junger:

a) Batalha de Termópilas,

b) Vitória dos Etíopes sobre os Italianos na Abissínia (spoiler: eles correram o exército americano com arcos e flechas);

c) As batalhas vencidas sem lutar, por Rommel, no Norte da África (astúcia, ele circulava os britâncios com meia dúzia de tanques e os fazia crer que estavam absolutamente cercados);

d) Os pictos correndo os Romanos para o Sul da Muralha de Alexandre (muitas vezes lutando nus e com ferramentas de agricultura);

e)...

Como disse, Jünger estava errado ao desconsiderar a Guerra Assimétrica. Sua referência é de uma Guerra Simétrica, nas trincheiras. Ele não tem a obrigação de falar como historiador, mas justamente por isso, seu juízo não deve ser equiparado ao de um quando pesado.

***

1) Duelos continuaram a existir depois do advento das armas de fogo. O Mensur era popular na Alemanha ainda no início do Séc XX. A razão do final dos duelos não é o aumento da letalidade dos conflitos devido ao advento das armas de fogo, visto que eles perduraram. Mais provavelmente, os duelos terminaram via canetaço, com base em alguma noção de civilidade. Do mesmo modo que as touradas seguem existindo mesmo depois do advento do Nintendo WII (que poderia ter um game de touradas), mas estão ameaçadas por uma noção de civilidade que as considera anacrônicas e desnecessariamente violentas.

O motivo mais provável é esse.

2) (já endereçado acima)

4) Falácia. Não se diz que as armas de fogo igualaram as pessoas em capacidade de atirar bem, e sim as igualaram pelo fato de que o tiro de um 38 de um homem enorme é tão potente quanto o de um homem minúsculo - ou seja, músculos, e número, saíram da equação. Óbvio que a habilidade como atirador continua sendo um diferencial, mas isso já extrapola os limites inerentes da afirmação, e é um questionamento tão asperger quanto dizer "água mole pedra dura, nem sempre fura, porque se for só um copo d'água não vai furar a pedra" = deixa de ser asperger, a expressão quer dizer que tenacidade faz algo aparentemente "mole" vencer até algo duro, e não que água é o solvente universal de pedras.

Anos discutindo ateísmo causaram um dano aparentemente irreversível no intelecto do Joe: o frequente apelo de ateus ao literalismo para "vencer discussões" faz com que entrem em análises nonsense que extrapolam a proposta de uma afirmação, para aparentemente refutar o que sequer foi dito (porque não estava abrangido pelo enunciado).

Rant Casey escreveu:

1) Duelos continuaram a existir depois do advento das armas de fogo. O Mensur era popular na Alemanha ainda no início do Séc XX. A razão do final dos duelos não é o aumento da letalidade dos conflitos devido ao advento das armas de fogo, visto que eles perduraram. Mais provavelmente, os duelos terminaram via canetaço, com base em alguma noção de civilidade. Do mesmo modo que as touradas seguem existindo mesmo depois do advento do Nintendo WII (que poderia ter um game de touradas), mas estão ameaçadas por uma noção de civilidade que as considera anacrônicas e desnecessariamente violentas.

O motivo mais provável é esse.

2) (já endereçado acima)

4) Falácia. Não se diz que as armas de fogo igualaram as pessoas em capacidade de atirar bem, e sim as igualaram pelo fato de que o tiro de um 38 de um homem enorme é tão potente quanto o de um homem minúsculo - ou seja, músculos, e número, saíram da equação. Óbvio que a habilidade como atirador continua sendo um diferencial, mas isso já extrapola os limites inerentes da afirmação, e é um questionamento tão asperger quanto dizer "água mole pedra dura, nem sempre fura, porque se for só um copo d'água não vai furar a pedra" = deixa de ser asperger, a expressão quer dizer que tenacidade faz algo aparentemente "mole" vencer até algo duro, e não que água é o solvente universal de pedras.

Anos discutindo ateísmo causaram um dano aparentemente irreversível no intelecto do Joe: o frequente apelo de ateus ao literalismo para "vencer discussões" faz com que entrem em análises nonsense que extrapolam a proposta de uma afirmação, para aparentemente refutar o que sequer foi dito (porque não estava abrangido pelo enunciado).

Sim, eu mesmo falei lá atrás que o Uruguai foi o último país a banir o duelo nos anos 1980. O que indaguei foi que o advento de armas de fogo cada vez mais letais e a decadência dos duelos não parecem ser coincidência. Me parece haver uma relação, mas posso estar enganado, entre o nível de letalidade do confronto e uma crescente noção de civilidade (ideia que casa com os argumentos do texto do tópico). Seria um tipo de efeito MAD (https://en.wikipedia.org/wiki/Mutual_assured_destruction ) numa escala de relações sociais. Na verdade o texto do tópico, quando fala coisas como "quando estou armado, vc não pode me forçar a nada", não deixa de ser uma descrição do efeito MAD. Ou seja, o outro tbm vai pensar muito bem antes pq a coisa vai ficar séria quando tem armas de fogo na parada.

O pior é que nem fui eu quem inventei essa sobre o manuseio de armas de fogo. É uma discussão que vejo muito tanto do lado pró quanto dos contras. O lado pró, na ala sensata, diz que vc tem que aprender a atirar (e bem). Já a ala com complexo de Charles Bronson acha que é só comprar uma arma e pronto. O lado contra diz que um marginal tem muito mais experiência e destreza com armas do que o cidadão comum e que, no final, não adianta nada, e tbm, como o White Witch falou lá atrás, que a arma não intimida o bandido (ele não quer saber se vc tem um garfo ou um canhão. Ele quer é entrar na sua casa e te roubar). Algo nas linhas "musculos sairam da equação, mas destreza com a arma/poder de fogo entrou no lugar", ou ainda "não adianta vc ser musculoso se o outro é faixa preta", fazendo uma comparação.

Última edição por Joe em 07/07/15, 03:36 am, editado 4 vez(es)

Aqui tem um texto do contra:

Confesso que o argumento prático da facção pró-armas sempre me pareceu muito mais uma fantasia juvenil de fãs do Bruce Willis do que algo plausível. Mas isso é só uma impressão, que pode ser desmontada por fatos e estatísticas. Felizmente para nós aqui no Terceiro Mundo, existe um grande experimento social a respeito de posse e porte de armas, com diferentes populações humanas submetidas a diferentes sistemas de regras, tudo sob constante escrutínio e análise.

Esse experimento chama-se Estados Unidos da América, onde a Constituição garante o direito de possuir armas de fogo, mas a regulamentação específica – e a popularidade das armas – varia de Estado para Estado. Semana passada, a revista “Slate” publicou uma longa reportagem que analisa vários estudos científicos existentes a respeito do impacto social do porte de armas, intitulado “The Myth of the Good Guy with a Gun” (“O Mito do Bom Sujeito com uma Arma”).

O título não deixa muita dúvida sobre o que dizem os dados: a ideia de que um “bom sujeito” armado aumenta a segurança geral da população é um “mito”. Entre as evidências levantadas, está um relatório estatístico do FBI que mostra que o total de homicídios cometidos em desentendimentos – como brigas de trânsito, discussões de família, brigas de bar – é o dobro do número de homicídios cometidos como parte de outro crime (assalto, estupro, roubo de carro, etc.). Conclusão: por mais paradoxal que possa parecer, “pessoas de bem” emocionalmente alteradas tiram muito mais vidas do que os tais “bandidos” de quem as armas deveriam nos proteger.

http://revistagalileu.globo.com/blogs/olhar-cetico/noticia/2015/02/ciencia-por-tras-do-debate-sobre-o-desarmamento-civil.html

E aqui um a favor:

Ainda hoje, todo homem suíço, ao completar 20 anos de idade, é obrigado a fazer um treinamento militar e, após a conclusão, ganha um Fuzil de Assalto 90 (modelo 1990, 5.6 mm, com funcionamento automático e semi-automático) para manter em casa.  Muitas mulheres também participam de práticas de tiro esportivo, bem como adolescentes e idosos.  As pessoas rotineiramente carregam armas consigo em transportes públicos, nas cidades e em hotéis — especialmente quando algum torneio de tiro está para ocorrer.  Essa prática de andar armado é tão comum, que estrangeiros desavisados podem pensar que está ocorrendo alguma revolução no país.  Para ver um relato de um corriqueiro torneio de tiro que ocorreu no cantão suíço de Ticino, veja aqui.

As milícias armadas suíças consistem primordialmente de uma infantaria formada pela própria população armada, mas também inclui artilharia moderna — parte da qual está escondida em fortificações localizadas nos Alpes — e caças.  Quanto ao terrorismo, dependendo das circunstâncias, uma população armada e vigilante pode ser essencial para impedir um massacre.  Se atos terroristas ocorrerem em solo suíço, os cidadãos irão resistir o tanto quanto possível.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=975

Ps: esse assunto me interessa bastante pq aquele meu amigo SWPL metido a escritor tem planos de escrever uma história sobre duelos.

Esse texto contra deve ter vido de um desses adeptos do amor traseiro que tu adora ler.

Ashura escreveu:

Esse texto contra deve ter vido de um desses adeptos do amor traseiro que tu adora ler.

Hahahahahaha

A Galileu inteira gosta de dar a bunda.

Uma reclamação frequente sobre publicações de divulgação científica é que elas estão apelando muito para esquerdismos e SWPLismos para vender. Uma das poucas que se salva é a Scientific American.

Veja a que ponto chegaram:


https://www.facebook.com/Superinteressante/posts/10153700343187580

Última edição por Joe em 07/07/15, 03:50 am, editado 1 vez(es)

"O lado contra diz que um marginal tem muito mais experiência e destreza com armas do que o cidadão comum e que, no final, não adianta nada, e tbm, como o White Witch falou lá atrás, que a arma não intimida o bandido (ele não quer saber se vc tem um garfo ou um canhão. Ele quer é entrar na sua casa e te roubar)"

Porra, bandido superman, Clint Eastwood, deve todo dia atirar em garrafas e matar pessoas.

Um papo assim "Não adianta ter arma por que o bandido te pega igual, ele é muito foda" é um mito por si só. Eu sempre me lembro do "clássico" filme nacional Cidade de Deus: "Bandido tem arma mas não sabe atirar".

E meu pau que bandido vai entrar em casa de quem ele sabe que tem cano. Só se for hoje em dia, com ele muito seguro da paixão do PT por ele, sabendo que se ele matar o cara não dá nada, mas se o cara matar ele não existe legítima defesa mais.

Bandido chama policial de "senhor". Não fode.

Joe escreveu:

Ashura escreveu:

Esse texto contra deve ter vido de um desses adeptos do amor traseiro que tu adora ler.

Hahahahahaha

A Galileu inteira gosta de dar a bunda.

Uma reclamação frequente sobre publicações de divulgação científica é que elas estão apelando muito para esquerdismos e SWPLismos para vender. Uma das poucas que se salva é a Scientific American.

Veja a que ponto chegaram:


https://www.facebook.com/Superinteressante/posts/10153700343187580

Hoje em dia ciência é só um slogan, a palavra significa antítese de religião (cristã), que é algo ruim, e representa algo bom, cool e moderno. Nada mais.

Ashura escreveu:

"
Um papo assim "Não adianta ter arma por que o bandido te pega igual, ele é muito foda" é um mito por si só. Eu sempre me lembro do "clássico" filme nacional Cidade de Deus: "Bandido tem arma mas não sabe atirar".

Tbm pensei no filme.

Lembra que tinha um personagem, aquele que virou bandido depois que estupraram a mulher dele, que tinha servido no exército? Ele era o fodão da quadrilha e nos tiroteios com grupos rivais passava o fogo em todo mundo. O narrador diz "um tiro do fulano vale por dez dos outros".

Joe escreveu:

Ashura escreveu:

"
Um papo assim "Não adianta ter arma por que o bandido te pega igual, ele é muito foda" é um mito por si só. Eu sempre me lembro do "clássico" filme nacional Cidade de Deus: "Bandido tem arma mas não sabe atirar".

Tbm pensei no filme.

Lembra que tinha um personagem, aquele que virou bandido depois que estupraram a mulher dele, que tinha servido no exército? Ele era o fodão da quadrilha e nos tiroteios com grupos rivais passava o fogo em todo mundo. O narrador diz "um tiro do fulano vale por dez dos outros".

Mané Galinha.

Justamente. Um parente meu era instrutor de tiro numa força auxiliar, e me disse uma vez: "Se bandido soubesse atirar, brigadiano morria feito mosca."

Eu deixei ele prosseguir.

"Eles ficam brandindo a arma, atiram de qualquer posição, não se movem corretamente. A primeira coisa que dá errado bota eles no modo instintivo." (Dito o que ele disse, mas com as minhas palavras porque não lembro as exatas palavras dele).

Por "correto manuseio da arma" não falo da arma em si. Não é necessário saber atirar para atirar de 12. O revolver é de operação muito simples e fácil de fazer visada. A pistola já requer um pouco mais de prática e sua operação não é tão simples quanto o revolver (e ela é sujeita a falhas de funcionamento que não são tão infrequentes assim: nos clubes de tiro as munições que engasgam nas Glock são guardas porque a chance de engasgarem numa IMBEL são bem menores).

O que resolve o problema de mau manuseio é a prática esportiva do tiro. No tocante ao manuseio da arma em si, para evitar gatilhaços ("disparos acidentais", na realidade não existe disparo acidental... existe dedada mongolona no gatilho), como mirar, comportamento com o objeto, etc.

Só com isso, um atirador de final de semana já está em igualdade com marginal. Se ainda por cima fizer um cursinho de tiro tático minimamente decente, o marginal já está em desvantagem (quem conhece melhor a sua casa, você ou ele?).

E ainda assim um cara que serviu quartel aqui, em um ano de serviço, atira menos do que um americano médio que vota na família Bush nas brincadeiras de final de semana.

______________

Sinceramente, não sei aonde o Joe quer chegar.

O que dá vantagem aos marginais não é prática. Eles não têm treinamento algum. O que os coloca em vantagem é não ter medo das consequências de atirar contra outra pessoa, o que muitas vezes não é o caso dos "cidadãos de bem".

NicolasPK escreveu:

O que dá vantagem aos marginais não é prática. Eles não têm treinamento algum. O que os coloca em vantagem é não ter medo das consequências de atirar contra outra pessoa, o que muitas vezes não é o caso dos "cidadãos de bem".

O que tenho mais medo é de drogados c/ drogas estimulantes, cocaina e similares.