Tópico dos Músicos, Audiófilos e...

Polaco escreveu:

Sobre Shelter, tem um boato, dizendo que uma fabrica da fender na indonesia foi fechada por não atingir padrões de qualidade ( aconteceu a mesma coisa com o gianinni e os modelos fender southern cross) e a shelter foi lá e mandou fazer as guitas deles lá.
Tenho uma strato da Shelter, o pedaço do meio dela está empenado e descolando rs. Mas a coitada já tem uns 10 anos no minimo.

Sobre o valvulado vendo Giannini Tremendão 1976 com caixa 4 x 12 hahahah


El Topo é boiolão mesmo, guitarra de 7 cordas é coisa de afrescalhado hahahaha

Ué, man...

Cê tem foto com baixo de seis cordas.

Se for ver pelo standard da boiolagem musical, é dois graus acima do padrão (quatro cordas mais duas extra), ou seja: Hipergay.

huahuahuhueahuae

Última edição por El Topo em 26/06/15, 04:47 pm, editado 1 vez(es)

As guitarras da Shelter guitarras básicas ou até intermediárias.

Alguns modelos possuem a construção decente e o som é bem aceitável, como a Shelter FST62. Dentro do range de comparação com as guitarras do mesmo nível, as Shelter se saem bem. Lógico, não são as melhores e compará-la com uma Fender, PRS, Gretsch, Music Maker e por aí vai (mesmo com hardware e caps modificados) chega a ser injustiça.

Todavia, pelo preço e pelo som, é uma guitarra honesta.

Já toquei em duas e gostei da pegada. Pelo preço, dá uma surra nas Specials e GIOs da vida se você der um upgrade nela. Dá até para brincar no estúdio e gravar algumas coisas.

Outra marca com faixa de preço acessível e com guitarras de boa qualidade são as Cort. Geralmente as guitarras não passam de 1.200 reais e possuem o acabamento decente.

Tenho uma Gianeca GI300 aqui.

Ainda vou colocar uns caps da Malagoli nela, trocar os trastes, a ponte e as tarrachas. A strato é guerreira e até faz milagre.

A madeira é poplar, ou seja, é bem leve e pra quem não tá acostumado, chega a achar que a guitarra é feita de compensado. A afinação é até estável, mas com alavancadas o negócio chega a piorar.

O braço dela é bem confortável para tocar. Foi feita há duas décadas atrás, na mesma época que a Giannini tinha permissão para fazer Fender e produziu a famosa Southern Cross. O standard de produção para stratos seguia a mesma linha, porém com materiais diferentes.

Todavia, a construção dessas guitarras eram muito boas pelo preço.

Tem um puto me tentando com um desses aqui, usado:

http://www.tagima.com.br/produtos/baixo/TJB-4.php

O acabamento está em perfeito estado (eu vi em pessoa), o baixo é ótimo (toquei ele). Está me pedindo R$ 900,00 (depois de ter baixado de mil) em 6x no cartão.

Se *GAS matasse eu tava morto agora.


(*) "Gear Acquisition Syndrome", ou "Síndrome da Aquisição de Equipamento".

Falando de contrabaixo, alguém sabe pra que serve aqueles covers de metal que se põe em cima da ponte e do captador?tem alguma relevância sonora ou é puramente estético?

DuFf Mckagan escreveu:

Falando de contrabaixo, alguém sabe pra que serve aqueles covers de metal que se põe em cima da ponte e do captador?tem alguma relevância sonora ou é puramente estético?

O véio Fender era meio pirado com isolamento. Pode ser parte da intenção. E estético. E talvez apoio de dedo também.

Mas que mude o som eu não creio. Não tá tão próximo do captador assim pra adicionar carga capacitiva...

Dramas de banda:

Um mês e um pouco ensaiando com uma banda de reggae. Mal começou a ficar legal o som no ensaio e o batera (16 anos) começou a enfogueirar pra gravarmos (mostrei gravações minhas mais recentes e a qualidade impressionou a rapaziada).

OKAY.

Trouxemos uns materiais pra casa.

Montei 12 cabos XLR (aqueles de 3 pinos pra microfone). Extensão pra headphones de 5 metros. Trouxeram pra cá uma mesa grande o bastante pra gravar uma orquestra.

Comprei um par de microfones. Um Léacs 57 (cópia do Shure SM57) e um Kadosh K 58 (cópia do SM58). Um aparte pra dizer que a cópia do 57 não me impressionou mas a cópia do 58 é ótima! Vale mais que os R$ 80,00 que custaram. Enfim.

Terça feira começamos. Descobrimos que o batera não se segura sozinho no metrônomo. O piá tanto me azulou que gravei uma base de guitarra pra ele se orientar. A base teve uma pequena quebra no ritmo (fiz num take só, só eu e o metronomo) e isso esculhembou o batera.

OKAY. Fiz três bases de baixo, no metrônomo, corretas.

Eu estou com acúmulo de funções na banda: encarregado de gravar e compor baixos e guitarras.

Terça feira, nada. O cara não segurou o tempo durante 5 horas pra gravar meros 2:20 de música.

Não me entendam mal, ele SABE tocar bateria. É um prodígio.

Ontem a noite, eu já com dor de cabeça, nova sessão de gravação. Com a trilha de baixo no metrônomo (quase) perfeito, ele segurou o tempo. Mas o cara esquecia as transições entre refrão e estrofe e etc.

Acabo de descobrir que ele NÃO SABE a música de cór. Me pediu se podia entrar com a bateria um tempo depois do resto da banda nas estrofes e refrões.

"Não. Isso aí seria ensaio, perda de tempo gravar isso."

O maluco se distrai na bateria e esquece as partes e se enrola.

PORRA...

Já estou com 8 horas de tu-pá-tu-pá nos meus ouvidos. Com a linha ocupada desde terça. E o corno não é capaz de decorar a música.

Outro problema. A batida da música é quase toda no aro da caixa, dá aquele "tec" bacana. No final dos rolos de bateria tem uma pancada na caixa. O rapaz me senta a mão na caixa de um jeito no final do rollo que dá clipping no sinal, e perde-se a trilha (se eu cortar esse pico o som perde resolução).

E eu pacientemente expliquei 10 vezes que se eu abaixar o volume do mic da caixa dele, vai reduzir esses picos, mas as batidas no aro vão sair muito baixo, quase inaudíveis no mix final. ENTÃO BATE MAIS FRACO NO CENTRO DA CAIXA quando terminar o rolo.

8 takes seguidos, 8 vezes o cara fez isso.

"Amiginho, seguinte... se eu largar esse áudio desse jeito e alguém ouvir, vai roncar os falantes do cara. Entendeu? Se os monitores estão roncando então é uma inevitabilidade que os falantes do cara vão roncar."

Liberei tempo na minha agenda hoje a tarde. 14:00 o cara vem aqui gravar, e as 19:15 tem ensaio com a banda inteira (imaginem o bagaço que vou estar amanhã).

A coisa é bem simples: se não acertar a bateria hoje a tarde, vou levantar acampamento. Vai sair daqui mesa, bateria, tudo. Aprende a música, e depois de executar ela três vezes SOZINHO (sem o resto da banda) pra mim, e acertar as três, aí eu concordo em voltar pro estúdio de gravação.

Do contrário vamos ensaiar até 2016.

Gravar é massa pra caralho mas está sendo uma tortura.

Apenas desabafando.

Eu vou fazer ele dormir com a trilha da música na orelha pra ver se aprende as transições. E dar um choque elétrico nele toda vez que sentar a mão na caixa e foder a trilha de bateria. Vamos ver se com condicionamento Pavloviano e hipnose é possível adestrar um baterista...

Disso tudo eu tirei uma lição: protetor auricular é coisa linda de Deus. Hoje vou usar. Foda-se.

Porra, montar banda de reggae com guri de 16? Pode tocar bem, mas a responsabilidade deve ser inversamente proporcional à fumaça de maconha na cabeça do jovem.

NicolasPK escreveu:

Porra, montar banda de reggae com guri de 16? Pode tocar bem, mas a responsabilidade deve ser inversamente proporcional à fumaça de maconha na cabeça do jovem.

O jovem é bem cabeça pra idade. E bastante motivado. Os demais estão na casa dos 22 a 26 anos, e o tiozão sou eu.

O pessoal tem uma regra ali de não fumar antes dos ensaios e têm seguido.

Comparando com a banda do qual saí (ou melhor, fui demitido à moda Ozzy Osborne), essa é bem melhor. A anterior tinha dois virtuoses chatos pra caralho, que queriam diz aos demais como tocar seus instrumentos. Um dos guitarristas era veterano duma banda de rock de fama nacional nos anos 80, mas era um italiano mala sem alça até não poder mais.

Aqui com esse pessoal, dois deles pelo menos são ótimos músicos, as letras que o cara escreve são incrivelmente boas pro gênero em questão, e há bastante liberdade criativa.

Sem contar que o clima da banda está MUITO melhor que a anteiror. Eu voltava pesado dos ensaios, e agora volto feliz e motivado.

Mas gravar está sendo um pé no saco.

Hoje a tarde mudei o sistema de trabalho. Pus o baixista pra praticar no estúdio com a trilha de baixo até enjoar. Puxei um cabo de internet pro gazebo e estou trabalhando aqui do lado de fora enquanto ele pratica. (E está praticando mesmo, estou ouvindo daqui).

Ali pelas 16h ou um pouco antes eu vou lá no estúdio e clicar no REC.

Assim essa gravação sai, me enche menos o saco, eu consigo manter meu trabalho em dia, e de quebra relaxa um pouco a pressão porque a útlima coisa que vai ser produtiva agora é o moço bloquear.

Rant Casey escreveu:

Comprei um par de microfones. Um Léacs 57 (cópia do Shure SM57) e um Kadosh K 58 (cópia do SM58). Um aparte pra dizer que a cópia do 57 não me impressionou mas a cópia do 58 é ótima! Vale mais que os R$ 80,00 que custaram. Enfim.

Tenho a cópia do 57 aqui da kadosh e é sensacional!
O 58 é mais voltado pra voz?E pra gravar guitarra? E qual dos dois se sairia melhor para gravar um violão junto de um microfone condensador, tem ideia?

Rant Casey escreveu:

NicolasPK escreveu:

Porra, montar banda de reggae com guri de 16? Pode tocar bem, mas a responsabilidade deve ser inversamente proporcional à fumaça de maconha na cabeça do jovem.

O jovem é bem cabeça pra idade. E bastante motivado. Os demais estão na casa dos 22 a 26 anos, e o tiozão sou eu.

O pessoal tem uma regra ali de não fumar antes dos ensaios e têm seguido.

Comparando com a banda do qual saí (ou melhor, fui demitido à moda Ozzy Osborne), essa é bem melhor. A anterior tinha dois virtuoses chatos pra caralho, que queriam diz aos demais como tocar seus instrumentos. Um dos guitarristas era veterano duma banda de rock de fama nacional nos anos 80, mas era um italiano mala sem alça até não poder mais.
.

TNT?

Já toquei com um batera jovem.

O guri tocava pra cacete, tinha 16 também. Tinha o problema de ter o ego na barriga, mas fora isso era tranquilo.

Até ele tretar com o baixista que cheirava feito uma aspiradora, daí não teve jeito. Acabou-se a banda.

Hehehehe

DuFf Mckagan escreveu:

Rant Casey escreveu:

Comprei um par de microfones. Um Léacs 57 (cópia do Shure SM57) e um Kadosh K 58 (cópia do SM58). Um aparte pra dizer que a cópia do 57 não me impressionou mas a cópia do 58 é ótima! Vale mais que os R$ 80,00 que custaram. Enfim.

Tenho a cópia do 57 aqui da kadosh e é sensacional!
O 58 é mais voltado pra voz?E pra gravar guitarra? E qual dos dois se sairia melhor para gravar um violão junto de um microfone condensador, tem ideia?

Instrumentos acústicos é com o 58. Bota ele na frente da caixa acústica do violão e boa gravação.

Eu deveria ter ido na cópia do 57 da Kadosh. Esse Léacs não me impressionou MESMO.

DuFf Mckagan escreveu:

Rant Casey escreveu:

NicolasPK escreveu:

Porra, montar banda de reggae com guri de 16? Pode tocar bem, mas a responsabilidade deve ser inversamente proporcional à fumaça de maconha na cabeça do jovem.

O jovem é bem cabeça pra idade. E bastante motivado. Os demais estão na casa dos 22 a 26 anos, e o tiozão sou eu.

O pessoal tem uma regra ali de não fumar antes dos ensaios e têm seguido.

Comparando com a banda do qual saí (ou melhor, fui demitido à moda Ozzy Osborne), essa é bem melhor. A anterior tinha dois virtuoses chatos pra caralho, que queriam diz aos demais como tocar seus instrumentos. Um dos guitarristas era veterano duma banda de rock de fama nacional nos anos 80, mas era um italiano mala sem alça até não poder mais.
.

TNT?

Não.

Estou escrevendo uma letra de reggae Evoliana, e Anarco-Dadaísta.

Rant Casey escreveu:

Estou escrevendo uma letra de reggae Evoliana, e Anarco-Dadaísta.

Grava e mostra pra nós

Alguem conhece esses caps?
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-672224700-captador-lipstick-duncan-design-ls-102-_JM

To afim de colocar caps lipstick em uma antiga guitarra giannini sonic que tenho aqui, a ideia é dxar ela com vibe de danelectro.

DuFf Mckagan escreveu:

Rant Casey escreveu:

Estou escrevendo uma letra de reggae Evoliana, e Anarco-Dadaísta.

Grava e mostra pra nós

DuFf Mckagan escreveu:

Alguem conhece esses caps?
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-672224700-captador-lipstick-duncan-design-ls-102-_JM

To afim de colocar caps lipstick em uma antiga guitarra giannini sonic que tenho aqui, a ideia é dxar ela com vibe de danelectro.

Duncan Designed são os captadores construídos sob a supervisão da Seymour Duncan, porém em países com mão de obra mais barata. Se eu não me engano, esses caps são feitos na Coréia. Não possuem a mesma qualidade que um Seymour Duncan USA, mas não te deixam na mão.

Me parece que ele está cobrando 350 no set. Sendo assim, vale a pena. Os caps sem dúvida são melhores do que os stock da sua Gianeca.

Geralmente os caps Duncan Designed vêm em guitarras mais baratas e low-end.

Pra dar um upgrade na Gianeca é um bom gasto.

El Topo escreveu:

Geralmente os caps Duncan Designed vêm em guitarras mais baratas e low-end.

Pra dar um upgrade na Gianeca é um bom gasto.

Tava pensando aqui tbm em por um nut de latão será que mudaria muito o timbre?

DuFf Mckagan escreveu:

El Topo escreveu:

Geralmente os caps Duncan Designed vêm em guitarras mais baratas e low-end.

Pra dar um upgrade na Gianeca é um bom gasto.

Tava pensando aqui tbm em por um nut de latão será que mudaria muito o timbre?

Muda sim. Bem sutilmente, mas muda. Geralmente você sente essa pequena diferença tocando notas em cordas soltas, onde as cordas batem diretamente no nut.

Latão costuma valorizar um pouco mais os agudos.

DuFf Mckagan escreveu:

Rant Casey escreveu:

Estou escrevendo uma letra de reggae Evoliana, e Anarco-Dadaísta.

Grava e mostra pra nós

Mando em privado pra quem deixar o email pra mim, assim que estiver gravado pela banda (estamos quase concluindo uma música, outra recém começada, e essa seria então no mínimo a terceira da fila, se não mais).

***

Sobre os lipstick eu acho um dos piores captadores que existem, mas gosto é gosto. Eu pessoalmente poria mini humbuckers estilo firebird numa guita "reliquia trash" como uma gianeca.

***

Uma pequena discordância do amigo Manti, acho que o nut de latão deixa o som mais brilhoso mas não mais agudo. O teu Lá de 440Hz vai continuar tendo 440 Hz. Só vai soar mais brilhante. E com os lipstick então prepare-se para um timbre à la Fender Jaguar, bem surf rock mesmo.

Bota um Dick Dale pra rodar e medita se é isso mesmo que tu quer. Se é, vai fundo que vai dar certo.

Ótimo site pra baixar músicas em formato Flac de alta qualidade, pra mim a mudança de qualidade foi tanta que foi como descobrir um mundo novo.

http://alllossless.net/