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Fórum para homens a moda antiga


descriptionEntendendo o Brasil - o mito do escravo feliz. EmptyEntendendo o Brasil - o mito do escravo feliz.

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Ontem

Baquaqua tratou da violência do senhor, chamando-o de “tirano”. Trabalhando como padeiro, o escravo inicialmente prestava os serviços com dedicação, mas ao ver que seu "patrão" nunca ficava satisfeito, entregou-se às bebidas e evitou o serviço. Acabou revendido para outro comerciante, desta vez no Rio de Janeiro.

"Meus companheiros não eram tão constantes quanto eu, sendo muito dados à bebida e, por isso, eram menos rentáveis para o senhor. Aproveitei disso para procurar elevar-me em sua opinião, sendo muito prestativo e obediente, mas tudo em vão; fizesse o que fizesse, descobri que servia a um tirano e nada parecia satisfazê-lo. Então comecei a beber como os outros e, assim, éramos todos da mesma laia, mau senhor, maus escravos."


http://oglobo.globo.com/sociedade/historia/historiadores-traduzem-unica-autobiografia-escrita-por-ex-escravo-que-viveu-no-brasil-14671795?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo

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Hoje

5 Buscar exceções – o tempo todo

“Nosso cotidiano é repleto de exceções”, diz Cristina. É o código de conduta que não é seguido à risca; a lei que, na prática, “não é bem assim” e por aí vai.

Isso não é válido em outras culturas. “Tendemos a ser indisciplinados, precisamos trabalhar com regras rígidas para que o "jeitinho" seja controlado”, afirma Fabiana.

Quando em contato com outras linhas corporativas, o brasileiro, além de ler, precisa seguir o manual – sem criar atalhos.

6 Não andar no ritmo dos ponteiros

Uma consequência desta cultura de flexibilidade é a maneira como lidamos com o tempo. Atrasos fazem parte da rotina de muitas corporações por aqui. Quantas vezes, por exemplo, você foi pontual e teve que esperar alguns bons minutos para que a reunião começasse?

Em outros países ou culturas, esta rotina é quase um insulto. E não levar isso em conta quando você trabalha em equipes multiculturais pode ser danoso para a sua própria carreira.


http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/6-habitos-do-brasileiro-no-trabalho-que-gringos-nao-entendem

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Esse tópico me faz lembrar do caso dum amigo:

Ele começou a trabalhar como estagiário há 1 ano. Comportava-se de modo padrão, prestativo, tinha iniciativa etc etc. Acabou virando o burro de carga do lugar. Atualmente, como ele abarcou muitas funções de execução para si, chega deliberadamente atrasado, falta, só vive estressado, resmungando pelos cantos reclamando do 'chefe escroto, boçal e explorador', enfiou o pé na cachaça cabulosamente (ele era evangélico).

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Sendo bom ou mau escravo, ainda se é escravo.

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saci escreveu:
Esse tópico me faz lembrar do caso dum amigo:

Ele começou a trabalhar como estagiário há 1 ano. Comportava-se de modo padrão, prestativo, tinha iniciativa etc etc. Acabou virando o burro de carga do lugar. Atualmente, como ele abarcou muitas funções de execução para si, chega deliberadamente atrasado, falta, só vive estressado, resmungando pelos cantos reclamando do 'chefe escroto, boçal e explorador', enfiou o pé na cachaça cabulosamente (ele era evangélico).


Tinha uma teoria genial sobre isso baseada no seriado The Office. É extremamente longo e complexo, mas resumidamente, esse grupo que se comporta com diligência perante seus superiores vai ficar sempre na mesma posição, servindo de mão de obra barata, enquanto o "sociopata" vai subindo em ritmo alucinante na empresa, mesmo não tenho praticamente nenhum conhecimento técnico.

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Depois não sabem pq todo mundo quer uma "teta" no serviço público...

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Tinha uma teoria genial sobre isso baseada no seriado The Office. É extremamente longo e complexo, mas resumidamente, esse grupo que se comporta com diligência perante seus superiores vai ficar sempre na mesma posição, servindo de mão de obra barata, enquanto o "sociopata" vai subindo em ritmo alucinante na empresa, mesmo não tenho praticamente nenhum conhecimento técnico.


Na democracia a regra é essa: os que estão no topo, vendem aos que estão embaixo a idéia de que se pode "subir socialmente" (alpinismo social), apenas com esforço e/ou um desenvolvimento intelectual. E democracias são essencialmente laicas: não há nenhuma "cobrança social" (ethos), logo, ser sociopata vira regra implícita, para atingir o topo.

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Eric Heisel escreveu:
Tinha uma teoria genial sobre isso baseada no seriado The Office. É extremamente longo e complexo, mas resumidamente, esse grupo que se comporta com diligência perante seus superiores vai ficar sempre na mesma posição, servindo de mão de obra barata, enquanto o "sociopata" vai subindo em ritmo alucinante na empresa, mesmo não tenho praticamente nenhum conhecimento técnico.


Na democracia a regra é essa: os que estão no topo, vendem aos que estão embaixo a idéia de que se pode "subir socialmente" (alpinismo social), apenas com esforço e/ou um desenvolvimento intelectual. E democracias são essencialmente laicas: não há nenhuma "cobrança social" (ethos), logo, ser sociopata vira regra implícita, para atingir o topo.


O caso do escravo por exemplo, ele só queria "reconhecimento", ao que parece não era algo material.

O senhor dele é clássico patrão brasileiro, é a imagem da classe média, um velho resmungão ignorante, e eternamente insatisfeito. Os patrões clássicos também não tem projeto de futuro, ao trabalhar perfeitamente para ele, o máximo que vai conseguir é deixar tudo como está, inclusive a nação(o eterno curral). O que não é o caso da gringolândia, onde o trabalho ordeiro satisfaz uma espécie de ethos social e estético.

Plano de carreira, é visto como algo completamente alienígena, tanto no setor público como privado. Possivelmente, as multinacionais, foram as primeiras a trazer esse conceito, nos anos 90!.

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Antes de saber quais são os seus talentos, é tolice sair para o mundo.

Demore o tempo que for para se decidir, depois disso não volte atrás nem para tomar impulso.

Mas o mundo está cheio de apressadinhos querendo entrar no mercado devido à hipnose consumista, acabam virando isso ai lá pelos trinta, frustrado, burro e superficial.

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Mas veja bem economia sem consumo, funcionaria bem ainda na época escravagista, onde só era necessário exportar grãos, visto que não existia mercador consumidor interno, afinal a mão de obra não tinha salário.

Se há hipnose consumista, então que se produzam produtos e empregos(e salários) para atender a demanda. O sonho de paises de cultura austera como o Japão, é ter consumistas. Lá como o povo tradicionalmente é austero, a cultura acabou prevalecendo sobre a moda, e estão em recessão há decadas, o sonho de Arminio Fraga: deflação e desemprego. E jovens com mais de 30 anos morando ainda com os pais, fosse no tempo do Brasil colonia, teria pelo menos a opção de ser escravos. Ou no Brasil atual serem empregados domésticos.

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Eu concordo com o Radamanto, mas me assusto com essa perspectiva. Correndo o risco de passar décadas vivendo uma vida medíocre como todo mundo, apenas pra, quem sabe, nos seus últimos anos descobrir sua verdadeira vocação me parece o mesmo buraco de quem perde os anos de juventude buscando o sonho consumista.

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Risco e recompensa é regra universal milenar. Não existe "opção segura", quando uma opção se torna "segura" demais é sinal que não rende mais, como o caso das faculdades.

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Pois é. E quando a pessoa descobre, sabe imediatamente que descobriu sua missão, e geralmente isso a torna gigante.

Que nem o Schwarzenegger, que disse saber do momento que puxou ferro pela primeira vez que aquele era o grande objetivo da vida dele. Pouco tempo depois já era considerado o maior bodybuilder de todos os tempos.

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Marcoasf escreveu:
Eu concordo com o Radamanto, mas me assusto com essa perspectiva. Correndo o risco de passar décadas vivendo uma vida medíocre como todo mundo, apenas pra, quem sabe, nos seus últimos anos descobrir sua verdadeira vocação me parece o mesmo buraco de quem perde os anos de juventude buscando o sonho consumista.


Sei que você sabe, ou tem alguma ideia, sobre "no que é melhor", caso contrário não estaria num Fórum como este, que pressupõe um determinado grau de inteligência. Embora aqui não seja um reduto de gênios, pelo menos o é de pessoas semiconscientes que tentam jogar limpo com suas limitações.

Considero um crime psicológico submeter um adolescente de 17; 18; 19 anos aos estupros metais praticados nas universidades. Hoje tudo que sei, que não é grande bosta, mas é genuíno, foi 80% por autodidatismo.

Exemplo: na área jurídica precisei estudar por conta como driblar todas as arapucas burocráticas para tirar um processo da várzea dos juízes egomaníacos e semi-analfabetos de primeiro grau, para chegar ao STJ e TST e ter uma resposta ao menos coerente com a lei. Na faculdade isso é incogitável, estão mais preocupados em pincelar temas inúteis como "bioética", se o embrião tem ou não proteção jurídica ou se os pretos tem direito natural às cotas. Não é por outro motivo que a praga dos cursinhos suplementares fazem rios de dinheiro ensinado o feijão com arroz que foi sonegado na graduação.

Àqueles que não sabem para o que são bons, deveriam começar pelo contrário, ou seja, sabendo para o que não são. E, por exclusão, chegariam a um trabalho mais ligado a sua maneira de ser, a um trabalho que não lhe dê a impressão de que está gastando sua vida à toa. Ser feliz sem precisar ser rico é enfiar um pica de jegue no cu da sociedade.

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Eu concordo com você, comigo também funciona assim na universidade. Me formo semestre que vem e até agora aprendi tudo sozinho. Os professores não se deram ao trabalho nem de dar uma pincelada a mais no que se costuma cobrar para vagas de estágio, por exemplo, sendo que tenho uma carga horária obrigatória a cumprir. E isso se aplica a todos os cursos. Se tirassem 60% de teoria, não faria falta ainda ajudaria os estudantes a saírem mais cedo desta bosta.

Construir um patrimônio robusto ainda na juventude continua sendo tentador.Estou numa área que usa meus talentos, o problema é quando isso não deixa de ser um fardo. Ser bom em algo muitas vezes não significa gostar. Acredito que num caso como esse seja pior ainda.

Quem não liga muito pra dinheiro e faz o que gosta realmente é o sortudo da questão.

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Marcoasf escreveu:
Ser bom em algo muitas vezes não significa gostar. Acredito que num caso como esse seja pior ainda.


O contrário também é válido. Gostar não implica ser bom. Eu amo puxar ferro, se eu tivesse potencial genético para ser fisiculturista, largaria tudo e iria viver minha vida como atleta -- mas o buraco é mais embaixo, eu, como 80% da população mundial, não tenho. Se o Arnold não tivesse nascido com o cu virado pra lua e uma genética perfeita para desenvolver um corpo de bodybuilder, ele poderia ser duas vezes mais dedicado do que foi, mas não teria chegado perto de onde chegou. Ele poderia ter ido longe, se consagrado como um grande atleta, mas nunca como o maior de todos os tempos.
Acredito que o processo de "descobrir o seu talento" junto ao "o que gosta" precisa ser longo, precipitado por muita auto-observação e experimentação. O problema é que o nosso sistema educacional é falido, então as escolas não ajudam o sujeito a descobrir o seu potencial interior, sim a se tornar uma futura massa de manobra SWPL do sistema. Noto isso no que tange ao ensino matemático. Não ensinam matemática no colégio. Ensinam as pessoas a ser macacos lobotimizados e decorar fórmulas, executando ações lógicas repetitivas. Mas matemática não é isso, há toda uma base teórica, toda uma lógica e um pensamento científico intrínseco que não são ensinados no colégio -- e como resultado disso, a gigantesca maioria das pessoas cria uma aversão a matemática, e no final quem se fode é o país porque faltam engenheiros e cientistas competentes. Eu por exemplo, fui descobrir que gostava do bagulho e era bom nele só aos.......... 20 anos? Recuperar o tempo perdido vai ser difícil agora, e se eu quisesse me tornar por exemplo um engenheiro, teria de penar como um macaco. Seria um caminho que talvez não compensasse. Por isso digo que é necessário haver, desde cedo, um grande processo de auto-conhecimento e estudo pra se dizer no que você é bom feat gosta. Não é algo que simplesmente surge, é demorado.

E isso casa perfeitamente com que o Radamanto colocou sobre as universidades e o auto-didatismo. O negócio é dar um chute no cu de todas as instituições e aprender tudo sozinho -- porque as instituições, sejam de nível básico ou superior, só vão por merda SWPL na sua cabeça. O negócio é usá-las pra diploma, pq infelizmente é necessário, e de resto cê se vira sozinho.

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O que não é o caso da gringolândia, onde o trabalho ordeiro satisfaz uma espécie de ethos social e estético.


O ethos americano é bem favorável para pessoas com mentalidade simples ou tecnocrática/racionalista. Lá é bom para estudar e subir na vida, se tiver mentalidade "classe média". No entanto, favorece a mentalidade do bom escravo, quando aparece seus aspectos negativos.

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