Cinema e seriados

NicolasPK escreveu:

Joe, recomendo que assista Black Mirror, série de ficção britânica que aborda a relação homem X tecnologia.

Vou aproveitar e recomendar algo da mesma temática: Psycho Pass (anime).

Sinopse

Em um mundo onde o princípio de que "todos são inocentes até que se prove o contrário" não se aplica, o julgamento é dado por um sistema que analisa o estado mental das pessoas e as categoriza como potenciais criminosos ou não, intitulado de "Sybil". É dada também uma probabilidade de "cura" (terapia), de recuperação mental desses indivíduos. Caso essas pessoas sejam classificadas como irrecuperáveis, sua sentença pode ser a prisão ou a morte, mesmo que não tenham cometido crime nenhum. Como auxílio em suas investigações, a polícia usa um grupo de prisioneiros "especiais", chamados Executores (Enforcers), para ajudá-los a capturar ou matar esses indivíduos "não mais necessários". Para tal, utilizam uma arma especial, chamado de Dominators, ou "Os olhos da Sibila". Akane Tsunemori é uma policial que acaba de ser transferida para essa divisão, mas ela parece não acreditar que existam pessoas irrecuperáveis.

Aborda algumas coisas que se falam aqui (tecnologia x dignidade humana, o Último Homem de Nietszche, transhumanismo, etc...). O mais interessante que achei no anime foi o antagonista (que é quase um Theodore Kackzinsky), e como um sistema totalitário tecnocrático pode se disfarçar muito bem em uma sociedade com modelo democrático (se aproveita dos bugs do sistema democrático). Fora o final, que força uma reflexão acerca da dependência da tecnologia (é um final cínico, estilo Matrix; você vai entender).

Eric Heisel escreveu:

NicolasPK escreveu:

Joe, recomendo que assista Black Mirror, série de ficção britânica que aborda a relação homem X tecnologia.

Vou aproveitar e recomendar algo da mesma temática: Psycho Pass (anime).

Sinopse

Em um mundo onde o princípio de que "todos são inocentes até que se prove o contrário" não se aplica, o julgamento é dado por um sistema que analisa o estado mental das pessoas e as categoriza como potenciais criminosos ou não, intitulado de "Sybil". É dada também uma probabilidade de "cura" (terapia), de recuperação mental desses indivíduos. Caso essas pessoas sejam classificadas como irrecuperáveis, sua sentença pode ser a prisão ou a morte, mesmo que não tenham cometido crime nenhum. Como auxílio em suas investigações, a polícia usa um grupo de prisioneiros "especiais", chamados Executores (Enforcers), para ajudá-los a capturar ou matar esses indivíduos "não mais necessários". Para tal, utilizam uma arma especial, chamado de Dominators, ou "Os olhos da Sibila". Akane Tsunemori é uma policial que acaba de ser transferida para essa divisão, mas ela parece não acreditar que existam pessoas irrecuperáveis.

Aborda algumas coisas que se falam aqui (tecnologia x dignidade humana, o Último Homem de Nietszche, transhumanismo, etc...). O mais interessante que achei no anime foi o antagonista (que é quase um Theodore Kackzinsky), e como um sistema totalitário tecnocrático pode se disfarçar muito bem em uma sociedade com modelo democrático (se aproveita dos bugs do sistema democrático). Fora o final, que força uma reflexão acerca da dependência da tecnologia (é um final cínico, estilo Matrix; você vai entender).

Nem parece ficção-científica, rsrs

A crítica número 1 do Aventuras na Justiça Social é que movimentos de esquerda estão jogando a presunção de inocência no ralo. Hj vc é culpado até que se prove o contrário, e mesmo que vc prove o contrário ainda assim vão continuar achando que vc é culpado.

Mas voltando um pouco para o cinema, esse anime lembra um pouco o conto "Minority Report" do Philip K. Dick, que deu origem ao filme do Spielberg.

Joe escreveu:

Mas voltando um pouco para o cinema, esse anime lembra um pouco o conto "Minority Report" do Philip K. Dick, que deu origem ao filme do Spielberg.

Da sinopse lembra um pouco, com a diferença que o Sistema Sybil não faz julgamentos por previsões. O real mecanismo de avaliação de crime do sistema só é revelado no final mesmo. O que se sabe é que há aparelhos que escaneiam o nível de periculosidade dos cidadãos. Quando esse nível de periculosidade chega a certo nível, os policiais usam uma arma que escaneia o nível de periculosidade do cidadão (que é ligada ao sistema), que a destrava para lançar tranquilizantes (nível de periculosidade aonde o cidadão pode ainda ser "corrigido"), ou para matar, caso esteja em um nível "incorrigivel". Note aqui que os policiais não tem autônomia para executar a lei, o sistema é que concede isso a eles.

Obs: o antagonista, em um diálogo com seu ajudante, menciona um livro de Philip K. Dick (Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?). Só não lembro o assunto do diálogo agora.

Obs2: referências literárias do anime

http://www.animenewsnetwork.com/feature/2015-06-12/the-literary-secrets-of-psycho-pass/.89123

Do link:

"1984 revolves around the idea that constant supervision can be internalized by individuals in a society and used as a tool of fascist control."


Fascista o caralho, aquilo é um regime comunista. Engsoc significa English socialism em newspeak. Engraçado que na wikipedia diz que isso era uma ironia. Os caras parecem não ter sacado o Orwell, ou fingem que não (No caso dos commies, o que não deve ser o desse otaku aí [Aliás, é uma mina. Tá meio que explicado. Mulheres usam a palavra "fascista" de graça]).

Vou ver esse anime.

(Foda que esse link que o Heisel passou dá spoiler do nada. Quando tu ver já tomou. Quem mais for ver recomendo que não leia).

Ashura escreveu:

Do link:

"1984 revolves around the idea that constant supervision can be internalized by individuals in a society and used as a tool of fascist control."


Fascista o caralho, aquilo é um regime comunista. Engsoc significa English socialism em newspeak. Engraçado que na wikipedia diz que isso era uma ironia. Os caras parecem não ter sacado o Orwell, ou fingem que não (No caso dos commies, o que não deve ser o desse otaku aí [Aliás, é uma mina. Tá meio que explicado. Mulheres usam a palavra "fascista" de graça]).

1984 costuma doer nos esquerdistas pq George Orwell, que era de esquerda, escreveu o romance como crítica ao stalinismo.

Pode-se dizer que Orwell foi um tipo de percursor do Aventuras na Justiça Social.

NicolasPK escreveu:

Rant Casey escreveu:

NicolasPK escreveu:

Não é que a internet seja um celeiro de loucos, os loucos estão por aí. Aquele vizinho que é cordial com todos pode ser um maluco que participa de eventos em que homens que se sentem como cavalos agem livremente como tal. O casal feio e antipático da porta ao lado pode ter como diversão participar de orgias com gays e travestis.

O problema é a internet dar voz a esse tipo de gente, e na falta de algo melhor a publicar (ou para economizar), os veículos de informação de maior porte acabam publicando a sandice desses doidos, inclusive as menos extravagantes, como as incontáveis choradeiras universitárias.

Economia também.

Bons jornalistas custam caro. Recém formados com 2 neurônios e nenhuma habildade para jornalismo investigativo, que passam o dia escrevendo clickbait, custam muito menos.

Esse pessoal do Buzzfeed americano, assim como Gawker, Jezebel etc, ganha tipo 500 doletas mês + um corte dos cliques que atrair.

Quando ler uma notícia idiota num portal de internet como Terra ou UOL, pergunte-se se esse sistema pode porventura já ter chegado aqui.

Mas há espaço para bons jornalistas no Brasil na grande mídia? E se há, quais são? Só me vem em mente o Willian Waack.

O lance é que a grande mídia está perdendo espaço para vlogueiros, blogueiros e outros animais de internet. Basta  ver o sucesso que os vlogueiros fazem hoje em dia. Vc mesmo postou uns tempos atrás uma notícia que a nova tendência do mercado editorial é lançar livro de vlogueiro. Se o William Waack lançar um, ninguém compra, mas se a Kefera lançar, vende milhares de cópias.

Infelizmente estamos na era em que formadores de opinião são idiotas na frente do PC.

Kefera lançando best-seller nacional é um verdadeiro sinal dos tempos.

Só assisti um vídeo dessa guria até hoje e não aguentei um minuto. Esse minuto foi constituído basicamente de xingamentos aleatórios, filmagem de seu ap e palhaçadas com seu cachorro.

Na boa, o brasileiro médio na internet ser retardado já é conhecido, mas não esperava que chegasse a esse ponto. Por mais estúpidos que sejam os outros vlogueiros daqui, dá até pra entender o motivo dos caras terem tanta audência, visto que costumam brincar com o clickbait, falam de polêmicas do momento, tem algumas peculiaridades e tal.... Mas uma guria histérica que centra seu conteúdo na vida pessoal e materialismo puro tira inscritos da onde? Não é basicamente a mesma coisa que interagir com a tua colega X do cotidiano?

Essa geração tá ficando tão afrescalhada que, se antes existia todo um roteiro de piadas sobre homem escapulir e ignorar a tagarelice e superficialidade da ''mulherzice'', agora essa mulherzice é o escopo do símbolo do carisma na cultura pop brasileira. É totalmente desconexo isso.

Nova justiçagem social.

Uma tal de Melissa Harris diz que Star Wars é racista pq o traje do Darth Vader é....negro.

http://www.redstate.com/2015/12/14/melissa-harris-perry-star-wars-racist-darth-vader-black/

os classicos estao batendo os novos:

Star Wars: O Despertar da Força ultrapassa a marca de $500 milhões no mundo

http://poltronanerd.com.br/cinema/star-wars-o-despertar-da-forca-ultrapassa-a-marca-de-500-milhoes-no-mundo-2462

O longa de J.J. Abrams já chegou a marca $517 milhões no mundo, ocupando a segunda posição até o momento, sendo apenas uma questão de tempo para ultrapassar Jurassic World ($525 milhões) nas maiores bilheterias de 2015.

Aparentemente o novo Star Wars está tão politicamente correto e pró-SJW que fizeram até uma paródia.



Ainda bem que nunca movi um dedo pra assistir essa franquia de merda. O que estraga a cultura nerd são os nerds.

Relacionados desse vídeo aí. Puta que pariu:

Marcoasf escreveu:

Aparentemente o novo Star Wars está tão politicamente correto e pró-SJW que fizeram até uma paródia.



Ainda bem que nunca movi um dedo pra assistir essa franquia de merda. O que estraga a cultura nerd são os nerds.

Os primeiros três filmes (De verdade e não na "ordem cronológica") valem a pena. Principalmente o primeiro (Mesmo os outros dois não tinham originalmente sido planejados, visto que não esperavam que fizesse sucesso. Na verdade estamos falando de uma franquia imensa que nasceu baseada no sucesso de um filme bom).

Ashura escreveu:

Marcoasf escreveu:

Aparentemente o novo Star Wars está tão politicamente correto e pró-SJW que fizeram até uma paródia.



Ainda bem que nunca movi um dedo pra assistir essa franquia de merda. O que estraga a cultura nerd são os nerds.

Os primeiros três filmes (De verdade e não na "ordem cronológica") valem a pena. Principalmente o primeiro (Mesmo os outros dois não tinham originalmente sido planejados, visto que não esperavam que fizesse sucesso. Na verdade estamos falando de uma franquia imensa que nasceu baseada no sucesso de um filme bom).

Lucas já tinha uma ideia para os próximos filmes desde o começo. O que ele não tinha pronto eram os pormenores do tipo "Leia ser a irmã do Luke".

Sobre a trilogia original dos anos 70: ela tem seu valor. Mas visto hj percebe-se o quanto Star Wars é superestimado. O que aconteceu foi que Lucas deu sorte de lançar o filme certo na hora certa. Na época praticamente não existiam filmes como Star Wars e o público já estava cansado de filmes cínicos e sombrios como Taxi Driver.

Star Wars já tem um simbolismo capenga desde a primeira trilogia.

Curti esse novo Star Wars.

El Topo escreveu:

Curti esse novo Star Wars.

Nem assisti, mas como tá na moda falar mal, já curti.

Eu vi um único filme desses, e só porque foi um passeio de galera, na escola.

Sinceramente, eu acho manco pra caralho esse negócio.

O robozinho, o macaco/cachorro, os caras com aqueles robes ridiculos... a porra do anão orelhudo verde que fala de trás pra frente... ma que merda... os ets com cara de lesma, atrapalhados, "tolos", meigos... gah!

Nem como ficção, como fantasia, me apetece.

Muda o diretor dessa merda e talvez. A hora que um sabe de luz cortar alguém ao meio e deixar no lugar duas metades, uma poça de sangue, e uma marca de corte meio carbonizada. Sei lá. Algo terrível. Não dá pra aguentar um canhão de plasma ou a porra do caralho sendo disparado por um "et meigo" com cara de lesma.

Que bosta é essa, Teletubies pra marmanjo?

Rant Casey escreveu:

Eu vi um único filme desses, e só porque foi um passeio de galera, na escola.

Sinceramente, eu acho manco pra caralho esse negócio.

O robozinho, o macaco/cachorro, os caras com aqueles robes ridiculos... a porra do anão orelhudo verde que fala de trás pra frente... ma que merda... os ets com cara de lesma, atrapalhados, "tolos", meigos... gah!

Nem como ficção, como fantasia, me apetece.

Muda o diretor dessa merda e talvez. A hora que um sabe de luz cortar alguém ao meio e deixar no lugar duas metades, uma poça de sangue, e uma marca de corte meio carbonizada. Sei lá. Algo terrível. Não dá pra aguentar um canhão de plasma ou a porra do caralho sendo disparado por um "et meigo" com cara de lesma.

Que bosta é essa, Teletubies pra marmanjo?

Pelo que vc está descrevendo, deve ser O Retorno de Jedi. Por acaso o E.T. com cara de lesma disparando um canhão não era esse? Se tinha era O Retorno de Jedi.



Se for o Retorno de Jedi, o estranho é você lembrar do E.T. Lesma, mas não lembrar da princesa Leia escrava sexual do vilão alien Jabba (entendedores entenderão....).



Aprofundando o que eu falei antes: segundo especialistas em cinema o fenômeno cultural do Star Wars é um produto direto do Vietnã e da contracultura dos anos 70. Havia todo um clima de revolta social, watergate, direitos civis, etc, e filmes ultraviolentos como Taxi Driver, Desejo de Matar e Apocalipse Now eram um reflexo disso.

Nesse cenário social havia tbm um desejo coletivo inconsciente por algo mais "puro" e "inocente" e Star Wars atingiu o alvo em cheio. Pelo menos essa é a tese, e acho bem sólida e não consigo pensar em nenhum contra-argumento.

O mérito em Star Wars é nos efeitos especiais. De fato, não havia nada semelhante aquilo e mesmo hoje são melhores que muitos efeitos especiais atuais.

De resto, a trilogia original até diverte, se vc não levar muito a sério. O melhorzinho mesmo é O Império Contra Ataca, mais "dark" que os outros. Curiosamente, George Lucas não escreveu nem dirigiu esse.

Última edição por Joe em 21/12/15, 10:54 pm, editado 2 vez(es)

lucasao escreveu:

Star Wars já tem um simbolismo capenga desde a primeira trilogia.

Que simbologia seria esta?

Quer dizer, o pessoal adora ver 3480953804580358035 simbologias diferentes. Qual é a que vc ouviu falar?

Depois sou eu que não gosto de nada. 

Na "Nova trilogia", que agora vai virar a "segunda trilogia" e é a primeira cronologicamente (Yup) Obi-Wan parte Darth Maul em dois, e depois Anakin corta as mãos e depois decapita o Conde Doku, mas não tem sangue porque o sabre de luz cauteriza a ferida instantaneamente.

Semelhantemente na cena clássica em que o Darth Vader corta a mão do Luke Skywalker.

Relendo o que Rant escreveu acho que ele está falando do A Ameaça Fantasma. É que E.T. com cara de lesma tem em tudo que é filme de sci-fi, hahaha, aí fica díficil.

Mas "os caras de robe" é o que me deu um estalo.

Se o E.T. for esse:


E os caras de robe são estes:



Então é O Ameaça Fantasma. Acho que agora acertei, visto que ele falou que viu num passeio de escola, e provavelmente foi no cinema. O filme estreou em 1999.

Enfim, esse A Ameaça Fantasma é considerado uma das piores coisas já feitas mesmo pelo mais ardoroso e xiita fã de Star Wars . Vc não poderia ter começado mais pelo pé esquerdo.

Depois de ver esse filme, a trilogia original fica parecendo Cidadão Kane.

Última edição por Joe em 21/12/15, 11:07 pm, editado 1 vez(es)

Mas a cena da luta do Obi-Wan e o outro cara contra o Darth Maul é boa.