Interessante reflexão do Lawlyett:
Infelizmente, as redes sociais ASSASSINARAM a Internet. Começou com Orkut, piorou com twitter e, finalmente, esculhambou geral com Facebook. Ninguém mais lê nada.. Só ficam atrás de famosos ou pseudo-celebridades. Ninguém mais cria, apenas paga-pau e copia (em outras palavras, curte e compartilha).
Hoje um nickname é chamado de fake. Quando comecei a usar internet, em 1997, ninguém usava foto, muito menos nome real. Não, não eram fakes. Usavam apelidos (nickname) e, por mais que ficassem em servidores IRC, sempre navegavam pela web, buscando sites interessantes em mecanismos como Altavista e Cadê (quando ainda não tinha um Google). Costumavam até fazer sites - logo depois, blogs. O nickname não era um fake, mas uma forma de se divertir na internet, entendendo que não é vida real e, por isso mesmo, não havia nada de mal em se divertir um pouco, podendo ser um personagem, talvez - não como alguém que foge da realidade, como muitos ignorantes metidos a entendidos poderiam dizer, mas como uma diversão, um jogo de RPG.
Junto com o barateamento das câmeras digitais, veio o Orkut... Os perfis passaram a ter nome real, foto real e apenas pessoas que se conhecia pessoalmente na lista de amigos. Porém, quanto mais reais se tornavam os perfis, mais se afastavam da realidade, chegando ao ponto de se tornarem infinitamente mais fakes que os nicknames do IRC com suas amizades apenas virtuais que muitas vezes duram uma vida inteira (o Erick André Bonette Santos e a Cyntia Creamean talvez entendam o que digo, já que me conheceram justamente quando eu tinha 14 anos, no canal #Buteco da Dalnet ). Hoje as pessoas tem o costume de apenas aceitar familiares e amigos da vida real.. E esses amigos, assim como suas fotos e todo o perfil, mesmo sendo reais, são infinitamente mais fakes.. Pessoas aceitam colegas que detestavam e ficam trocando mensagens falsas, como se fossem BFF... Com tanto espaço pra exibicionismo e falsidade, aquilo passou a ser mais real para eles que o próprio mundo... Internet passou a significar Orkut.
Alguns se consideravam mais evoluídos por não usar Orkut... Eram superiores, verdadeiros geeks descolados: estavam no Twitter. No começo foram os blogueiros para o Twitter. O blog já estava morrendo: blogueiros não mais escreviam para leitores, escreviam para o Google. Esses autores passaram a estudar apenas SEO e escrever de acordo com o Adwords (ainda pesquisavam antes de escrever um texto.. com certeza, até mais.. porém, toda pesquisa se resumia a descobrir quais as keywords mais rentáveis daquele momento). Porém, nem a promessa de dinheiro fácil com adsense que prostituiu tantos probloggers foi capaz de impedir que aderissem ao Twitter. Tão logo a bolha do adsense explodiu, muitos desistiram dos blogs e correram atrás dos 15 minutos de fama no twitter. E, mais uma vez, o idiotismo venceu: Não se usava mais o Twitter para comentar seminários, artigos e eventos interessantes, mas apenas para puxar saco de famosos e jornalistas chatos, que correram para o twitter quando perceberam que estavam perdendo terreno para web-celebridades.
Não havia mais criação: a internet se tornou campo estéril. Agora só só tinham retweets e pedidos para seguir ou ser seguido. Só os famosos tinham voz. O interessante da internet era justamente o fato de que todos poderiam ter voz, ao contrário do que acontece na grande mídia. Porém, o próprio populacho escolheu calar os semelhantes, preferindo tietar aqueles que sempre tiveram voz.
Ainda na época do Orkut achava que não poderiamos descer mais... Com o Facebook aprendi que o abismo não tem fundo. Pelo menos, até um tempo atrás, uma página ou perfil poderia crescer e dar alguma voz a uma pessoa comum. Bem, isso acabou! Agora só cresce quem paga. E a tendência é piorar. Cada vez mais, o facebook dificulta a expressão do indivíduo comum. Quer ser ouvido? PAGUE! Já aviso: mais será feito para tirar de suas mãos qualquer ferramenta de que possa dispor... Terá que pagar muito mais.
E de quem é a culpa? Do Facebook? Em partes... É óbvio que não há ética alguma nessa atitude; mas já devíamos saber que o Facebook é uma empresa. Palavras fofinhas em relação à missão de uma empresa não importam. Até uma criança sabe que a verdadeira missão da empresa é enriquecer seus donos até não poder mais. Os maiores culpados dessa situação somos nós: modernistas e acomodados, que vão atrás de todo tipo de hype, ignorando a qualidade e as atitudes, escolhendo ficar apenas porque todos os outros já estão... Há muito tempo falava para os amigos que tem sites, blogs, fóruns etc: esqueçam isso de Facebook. Podem até divulgar, mas não tentem manter nada lá. Se querem criar algo sólido e duradouro, façam em seus próprios espaços...
Enfim, as redes sociais estão matando a internet. Parece-me que a internet já está em estado terminal e apenas vive, moribunda, porque as redes sociais precisam dela para parasitá-la. Ela pode ser salva? Sim! Mas isso depende de todos nós.
https://www.facebook.com/groups/235456793252386/permalink/520421638089232/
Infelizmente, as redes sociais ASSASSINARAM a Internet. Começou com Orkut, piorou com twitter e, finalmente, esculhambou geral com Facebook. Ninguém mais lê nada.. Só ficam atrás de famosos ou pseudo-celebridades. Ninguém mais cria, apenas paga-pau e copia (em outras palavras, curte e compartilha).
Hoje um nickname é chamado de fake. Quando comecei a usar internet, em 1997, ninguém usava foto, muito menos nome real. Não, não eram fakes. Usavam apelidos (nickname) e, por mais que ficassem em servidores IRC, sempre navegavam pela web, buscando sites interessantes em mecanismos como Altavista e Cadê (quando ainda não tinha um Google). Costumavam até fazer sites - logo depois, blogs. O nickname não era um fake, mas uma forma de se divertir na internet, entendendo que não é vida real e, por isso mesmo, não havia nada de mal em se divertir um pouco, podendo ser um personagem, talvez - não como alguém que foge da realidade, como muitos ignorantes metidos a entendidos poderiam dizer, mas como uma diversão, um jogo de RPG.
Junto com o barateamento das câmeras digitais, veio o Orkut... Os perfis passaram a ter nome real, foto real e apenas pessoas que se conhecia pessoalmente na lista de amigos. Porém, quanto mais reais se tornavam os perfis, mais se afastavam da realidade, chegando ao ponto de se tornarem infinitamente mais fakes que os nicknames do IRC com suas amizades apenas virtuais que muitas vezes duram uma vida inteira (o Erick André Bonette Santos e a Cyntia Creamean talvez entendam o que digo, já que me conheceram justamente quando eu tinha 14 anos, no canal #Buteco da Dalnet ). Hoje as pessoas tem o costume de apenas aceitar familiares e amigos da vida real.. E esses amigos, assim como suas fotos e todo o perfil, mesmo sendo reais, são infinitamente mais fakes.. Pessoas aceitam colegas que detestavam e ficam trocando mensagens falsas, como se fossem BFF... Com tanto espaço pra exibicionismo e falsidade, aquilo passou a ser mais real para eles que o próprio mundo... Internet passou a significar Orkut.
Alguns se consideravam mais evoluídos por não usar Orkut... Eram superiores, verdadeiros geeks descolados: estavam no Twitter. No começo foram os blogueiros para o Twitter. O blog já estava morrendo: blogueiros não mais escreviam para leitores, escreviam para o Google. Esses autores passaram a estudar apenas SEO e escrever de acordo com o Adwords (ainda pesquisavam antes de escrever um texto.. com certeza, até mais.. porém, toda pesquisa se resumia a descobrir quais as keywords mais rentáveis daquele momento). Porém, nem a promessa de dinheiro fácil com adsense que prostituiu tantos probloggers foi capaz de impedir que aderissem ao Twitter. Tão logo a bolha do adsense explodiu, muitos desistiram dos blogs e correram atrás dos 15 minutos de fama no twitter. E, mais uma vez, o idiotismo venceu: Não se usava mais o Twitter para comentar seminários, artigos e eventos interessantes, mas apenas para puxar saco de famosos e jornalistas chatos, que correram para o twitter quando perceberam que estavam perdendo terreno para web-celebridades.
Não havia mais criação: a internet se tornou campo estéril. Agora só só tinham retweets e pedidos para seguir ou ser seguido. Só os famosos tinham voz. O interessante da internet era justamente o fato de que todos poderiam ter voz, ao contrário do que acontece na grande mídia. Porém, o próprio populacho escolheu calar os semelhantes, preferindo tietar aqueles que sempre tiveram voz.
Ainda na época do Orkut achava que não poderiamos descer mais... Com o Facebook aprendi que o abismo não tem fundo. Pelo menos, até um tempo atrás, uma página ou perfil poderia crescer e dar alguma voz a uma pessoa comum. Bem, isso acabou! Agora só cresce quem paga. E a tendência é piorar. Cada vez mais, o facebook dificulta a expressão do indivíduo comum. Quer ser ouvido? PAGUE! Já aviso: mais será feito para tirar de suas mãos qualquer ferramenta de que possa dispor... Terá que pagar muito mais.
E de quem é a culpa? Do Facebook? Em partes... É óbvio que não há ética alguma nessa atitude; mas já devíamos saber que o Facebook é uma empresa. Palavras fofinhas em relação à missão de uma empresa não importam. Até uma criança sabe que a verdadeira missão da empresa é enriquecer seus donos até não poder mais. Os maiores culpados dessa situação somos nós: modernistas e acomodados, que vão atrás de todo tipo de hype, ignorando a qualidade e as atitudes, escolhendo ficar apenas porque todos os outros já estão... Há muito tempo falava para os amigos que tem sites, blogs, fóruns etc: esqueçam isso de Facebook. Podem até divulgar, mas não tentem manter nada lá. Se querem criar algo sólido e duradouro, façam em seus próprios espaços...
Enfim, as redes sociais estão matando a internet. Parece-me que a internet já está em estado terminal e apenas vive, moribunda, porque as redes sociais precisam dela para parasitá-la. Ela pode ser salva? Sim! Mas isso depende de todos nós.
https://www.facebook.com/groups/235456793252386/permalink/520421638089232/