Parece difícil de achar metáfora, Ashura, porque talvez seja bem mais simples.
Quando o papo de homem começou esse negócio de "desconstrução" ainda estava muito restrito a Universidades. Então você tem um bando de rapazinhos de masculinidade meia bomba, querendo se afirmar como "os novos machos", e nisso ainda cabia putanheiros como o tal Dr Love e etc.
Não demorou muito, eles ficaram sem assunto, e querendo levar a conversa adiante, chegaram os pseudointelectuais progressistas pra aumentar o time (como o Castro).
Próxima coisa que acontece é que a bagagem desses caras, e a forma como essa bagagem influenciou a aquisição de novos membros, resultou em uma série de leitores e comentários progressistas, e uma redação fazendo o possível pra manter feliz seu público cativo.
Taí a metáfora então: são como um magricelo que afirma insistentemente que o verdadeiro homem é o cavalheiro, e sua insistência nisso era tamanha, que quando viu não fazia mais nada do seu dia a não ser abrir portas, atravessar velhinhas na rua, e esticar o casaco sobre poças de lama. Tão tenaz é em provar essa sua tese de masculinidade, que está a tomar porta nos dedos e chutes nas canelas até das velhinhas, que teve que adicionar às suas virtudes um estoicismo qasi-heróico.