Universidades nos EUA estão virando crechês (ou quase)

Um trecho traduzido:

O espaço seguro, a Sra. Byron explicou, tinha como objetivo dar a pessoas que achassem comentários "problemáticos" ou "provocantes ('triggering')" um lugar para se recuperar. A sala foi equipada com cookies, livros de colorir, bolhas, massinha de modelar, música calmante, travesseiros, cobertores e um vídeo com filhotinhos de cães brincando, além de estudantes e funcionários treinados para lidar com trauma."

http://www.nytimes.com/2015/03/22/opinion/sunday/judith-shulevitz-hiding-from-scary-ideas.html?_r=0

Gente, estamos falando de adultos.

No Brasil uma porra dessa seria hilário, nego ia ser pego trepando na tal ''salinha segura''.

O bom do Brasil é isso, aqui tudo vira farra, tudo dá errado, inclusive essas ações feministas.

Essa é uma geração que não cresceu, ser adulto demanda responsabilidade, eles não estão prontos para isso.

Aliás, esses dias presenciei um ocorrido hilário. Uma menina do 1 semestre de RI estava entrando em pânico com uma prova que iria fazer, me dizia que estava tremendo, com vontade de chorar, desesperada, que precisava de psicologo, psiquiatra e o escambau.

A matéria era ''introdução a política internacional''

O que ocorreu é que com os outros professores ela sempre arrumava uma desculpa para tirar o peso das próprias costas, sempre a culpa era do professor, ou a responsabilidade era de qualquer coisa, que não ela. Contudo, dessa vez era impossível ela fazer isso. A professora era extremamente justa, extremamente pontual e ordenada, o fato de ser professora (e não professor) também impedia-a de reclamar de sexismo, a professora também tem inclinações de esquerda, então a menina não tinha do que reclamar: se ela fosse mal a culpa seria toda dela, se ela se saísse mal na prova o problema seria dela.

O hilário disso foi que parecia que pela primeira vez na vida a menina não podia jogar a culpa em outro alguém, ou em outra coisa. Não havia escapatória, não havia para onde correr. Então quando ela ficou face a face com a responsabilidade ela colapsou. O peso nos ombros por fazer uma simples prova foi o suficiente pra botar abaixo a tal menina.

A geração atual é especialista em delegar a culpa e a responsabilidade. Quando a bomba explode é sempre problema de outros. Claro que o discurso e moral de hoje influenciam muito isso. Nosso governo, por exemplo, ainda culpa o regime militar pelos problemas de hoje..

O resultado é que quando boa parte da sociedade não assume responsabilidades outros tem que assumi-las em dobro, outro resultado é bizarrices como essa creche, que considera o mundo externo como opressor e que as pessoas precisariam então de um espaço seguro e de defesa para lidar com o mundo lá fora.

Ragnar Lothbrok escreveu:

O bom do Brasil é isso, aqui tudo vira farra, tudo dá errado, inclusive essas ações feministas.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk boa;

Ragnar Lothbrok escreveu:

Essa é uma geração que não cresceu, ser adulto demanda responsabilidade, eles não estão prontos para isso.

Aliás, esses dias presenciei um ocorrido hilário. Uma menina do 1 semestre de RI estava entrando em pânico com uma prova que iria fazer, me dizia que estava tremendo, com vontade de chorar, desesperada, que precisava de psicologo, psiquiatra e o escambau.

A matéria era ''introdução a política internacional''

O que ocorreu é que com os outros professores ela sempre arrumava uma desculpa para tirar o peso das próprias costas, sempre a culpa era do professor, ou a responsabilidade era de qualquer coisa, que não ela. Contudo, dessa vez era impossível ela fazer isso. A professora era extremamente justa, extremamente pontual e ordenada, o fato de ser professora (e não professor) também impedia-a de reclamar de sexismo, a professora também tem inclinações de esquerda, então a menina não tinha do que reclamar: se ela fosse mal a culpa seria toda dela, se ela se saísse mal na prova o problema seria dela.

O hilário disso foi que parecia que pela primeira vez na vida a menina não podia jogar a culpa em outro alguém, ou em outra coisa. Não havia escapatória, não havia para onde correr. Então quando ela ficou face a face com a responsabilidade ela colapsou. O peso nos ombros por fazer uma simples prova foi o suficiente pra botar abaixo a tal menina.

A geração atual é especialista em delegar a culpa e a responsabilidade. Quando a bomba explode é sempre problema de outros. Claro que o discurso e moral de hoje influenciam muito isso. Nosso governo, por exemplo, ainda culpa o regime militar pelos problemas de hoje..

O resultado é que quando boa parte da sociedade não assume responsabilidades outros tem que assumi-las em dobro, outro resultado é bizarrices como essa creche, que considera o mundo externo como opressor e que as pessoas precisariam então de um espaço seguro e de defesa para lidar com o mundo lá fora.

E depois, quando ela engravidar de algum alpha comedor, a culpa vai ser dele e do machismo e da sociedade patriarcal e ela abriu as pernas porquê "era ingênua" e blablabla, praticamente um estupro. Sei.

Hoje meninas SWPL são tão paparicadas na "idade adulta" como quando tinham 5, 6 anos.

Sério que tem alunas tocando a culpa de suas notas baixas no sexismo?

Muito bom o post do Ragnar.

NicolasPK escreveu:

Sério que tem alunas tocando a culpa de suas notas baixas no sexismo?

Não tem mulher dizendo que ganha menos por culpa do sexismo? Isso não deveria ser uma surpresa.

Ragnar Lothbrok escreveu:

O bom do Brasil é isso, aqui tudo vira farra, tudo dá errado, inclusive essas ações feministas.

O Brasil é de cultura latina, então, valoriza bastante interação social. Mas esse tipo de mentalidade, quando se estraga, produz cinismo e em casos extremos, até sociopatia (que é querer manter harmônia/ficar nos meridianos custe o que custar).

Fogem de extremos, seja para o bem ou para o mal (aonde se poderia forçar a criar eficiência e excelência). Daí nunca levarem a sério nada aqui (não se aprofundar em nada).

Obs: antes ainda tinha uma desconfiança, mas hoje creio que a teoria de White sobre os políticos, de que o que fazem para estabelecerem alianças de poder (para manter a harmônia social) creio que isso é verdadeiro sim. Aqui é um tanto mais explícito isso, pelo senso comum achar menos pior um defeito individual de um líder, mas que esse defeito seja um sacrifício pelo bem comum.

Esse tipo de mentalidade é tão nociva quando de uma pessoa anti-social. Só muda o modo (no mau sentido) como consegue lidar e interagir com os outros.

Alguém saberia dizer da onde tem surgido essa neura do primeiro mundo com os safe spaces? Tudo agora gira em torno da segurança, mesmo que os índices de brutalidade e fatalidades sejam os menores dos últimos anos.
Por exemplo, recentemente vi uma notícia em que uma diretora de um colégio nos EUA chamou a polícia porque um garoto de uns 7 ou 8 anos estava brincando de espada usando uma régua. A justificativa dela era de que precisava fazer ao máximo para garantir o safe space para todos. Enfim, da onde vem essa paranoia toda?
Mulheres que frequentariam essas salas de creche muito provavelmente o fariam após ter um ataque de pânico ou coisa do tipo, mas a ironia é que elas estão confortáveis no ambiente mais seguro que o mundo pode conceber: o campus de uma universidade de primeiro mundo.
Você não vê mulheres pobres do sudeste asiático ou africanas com filhos cheios de vermes no estômago tendo colapsos nervosos, é sempre com alguém que vive sob uma verdadeira redoma de vidro de proteção.

Última edição por Marcoasf em 25/05/15, 08:20 pm, editado 1 vez(es)

A justificativa mais previsível seria a de que, como nunca experimentaram desconforto real na vida, não sabem lidar com pequenas malezas do cotidiano... Mas isso parece muito simples, tem que ter algo a mais. Principalmente no sentido daquilo que falei, sobre a exigência de que todo ambiente social agora tenha segurança a nível carcerário pras madames SWPLs.
Algumas feministas inclusive estão conseguindo botar sinais proibindo que homens falem com mulheres desconhecidas, como em algumas estações de metrô.

Marcoasf escreveu:

A justificativa mais previsível seria a de que, como nunca experimentaram desconforto real na vida, não sabem lidar com pequenas malezas do cotidiano... Mas isso parece muito simples, tem que ter algo a mais. Principalmente no sentido daquilo que falei, sobre a exigência de que todo ambiente social agora tenha segurança a nível carcerário pras madames SWPLs.
Algumas feministas inclusive estão conseguindo botar sinais proibindo que homens falem com mulheres desconhecidas, como em algumas estações de metrô.

A medicina diz que uma das causas de alergia é a pessoa ter sido criada em ambientes limpos demais. Por essa razão o sistema imunológico desenvolveu certas deficiências que resultam em reações alérgicas.

Ás vezes as explicações mais simples são as verdadeiras. Navalha de Occam. Esse pessoal SWPL sofre de um tipo de alergia emocional.

Marcoasf escreveu:

Alguém saberia dizer da onde tem surgido essa neura do primeiro mundo com os safe spaces? Tudo agora gira em torno da segurança, mesmo que os índices de brutalidade e fatalidades sejam os menores dos últimos anos.

Essa neura é americana, não exatamente de todo primeiro mundo.

Os Estados Unidos a mais de 200 anos que não são atacados no próprio solo por uma potencia estrageira, da última vez, em 1800 e alguma coisa, ingleses andaram a tocar fogo na capital deles, e foi a última vez.

A geografia dos Estados Unidos aprofundou essa mentalidade, protegidos por 2 oceanos, dos caóticos países europeus e asiáticos, a medida que o tempo passou e a guerra foi evoluindo, a idéia de atacar os Estados Unidos, atravessando 2 oceanos e manter a logistica de um exército moderno, passa a ser insanidade. Os último país a ter plano mais ou menos viável de atacar os EUA em seu próprio território continental foi a Alemanha da primeira guerra mundial.

A guerra fria, armas nucleares e misseis continentais, aprofundou essa mentalidade de "safe space" e "bolha intocável".

White Witch escreveu:

Marcoasf escreveu:

Alguém saberia dizer da onde tem surgido essa neura do primeiro mundo com os safe spaces? Tudo agora gira em torno da segurança, mesmo que os índices de brutalidade e fatalidades sejam os menores dos últimos anos.

Essa neura é americana, não exatamente de todo primeiro mundo.

Os Estados Unidos a mais de 200 anos que não são atacados no próprio solo por uma potencia estrageira, da última vez, em 1800 e alguma coisa, ingleses andaram a tocar fogo na capital deles, e foi a última vez.

A geografia dos Estados Unidos aprofundou essa mentalidade, protegidos por 2 oceanos, dos caóticos países europeus e asiáticos, a medida que o tempo passou e a guerra foi evoluindo, a idéia de atacar os Estados Unidos, atravessando 2 oceanos e manter a logistica de um exército moderno, passa a ser insanidade. Os último país a ter plano mais ou menos viável de atacar os EUA em seu próprio território continental foi a Alemanha da primeira guerra mundial.

A guerra fria, armas nucleares e misseis continentais, aprofundou essa mentalidade de "safe space"  e "bolha intocável".

Faz todo o sentido.

Isso explica porque o americano tem um fetiche com a própria destruição.

Imagine qualquer desgraça que acabe com o mundo. Os americanos já pensaram e ainda fizeram um filme ou escreveram um livro.

Guerra nuclear, alienígenas, asteroides, zumbis, pragas que matem desde a vegetação as próprias pessoas, catastrofes ambientais de todos os tipos, infertilidade humana. Eles já fizeram de tudo.

Um dos meus favoritos sobre safe place pós-apocalipse.

Plano estranho de atacar a américa na WWII

Haja número de soldados.
É impossível a Alemanha nazista querer dominar o mundo inteiro sozinha.

Plano americano de invasão a Grã-Bretanha 1929

Essa coisa de "safe space" tá ficando rídicula.

Olha essa agora.

Ethnic Minorities Deserve Safe Spaces Without White People
http://www.huffingtonpost.ca/aeman-ansari/ethnic-safe-spaces_b_6897176.html

''The very fact that individuals organizing to help each other get through social barriers and injustices are being attacked and questioned for their peaceful assembly is proof that they were right to exclude those students.''


Tradução: ''O fato de que os indivíduos organizados para ajudar uns aos outros para superar barreiras sociais e injustiças [os chamados espaços SEGUROS] estão sendo atacados e questionados por suas assembleias pacíficas é a prova de que eles estavam certos em excluir aqueles estudantes''

Joe escreveu:

Essa coisa de "safe space" tá ficando rídicula.

Olha essa agora.

Ethnic Minorities Deserve Safe Spaces Without White People
http://www.huffingtonpost.ca/aeman-ansari/ethnic-safe-spaces_b_6897176.html

''The very fact that individuals organizing to help each other get through social barriers and injustices are being attacked and questioned for their peaceful assembly is proof that they were right to exclude those students.''


Tradução: ''O fato de que os indivíduos organizados para ajudar uns aos outros para superar barreiras sociais e injustiças [os chamados espaços SEGUROS] estão sendo atacados e questionados por suas assembleias pacíficas é a prova de que eles estavam certos em excluir aqueles estudantes''

Mas é verdade, eles estavam certos. Excluir qualquer pessoa dessa imensa merda é fazer o certo hahahaha

Redondo_Bailando_Kuduro escreveu:

Haja número de soldados.
É impossível a Alemanha nazista querer dominar o mundo inteiro sozinha.

Ela não tem que fazer isso sozinha, lembre-se que Vargas manteve a equidistância pragmática até 1942, se fosse mais vantajoso entraria ao lado dos Alemães, assim como outros países..