Como ser alguém incrivelmente mediano

Ashura escreveu:

El Topo escreveu:

O excesso de segurança acabou plastificando as pessoas.

Não tem nada de realmente "inseguro" em ir fazer slumming em países pobres. As autoridades locais  sabem muito bem como o país depende de turistas ricos aboiolados tipo o autor do texto rs.

Tá louco, tem canto aqui na cidade que gringo não pisa porque morre. Autoridade local tá pouco se fodendo pra nós, imagina eles?

E não é como peão manjasse alguma coisa da vida, se não eles seriam melhores de vida. Peão só quer beber, porra

Última edição por Kenshiro em 21/05/15, 06:18 pm, editado 2 vez(es)

Ashura escreveu:

Texto sobre frustrações SWPL pra expectativas SWPL, e nada mais.

É um tanto difícil de explicar, mas percebo que essa mentalidade vem, em boa parte, do problema do SWPL em reconhecer e aceitar o estilo de vida simples e campesina do pobre (tanto na mentalidade, quanto no estilo de vida).

Exemplo:

Platéia SWPL, enxergando o rapaz (um cara simples do interior) como um palhaço de circo, um incivilizado. A pior caracteristica de um SWPL. Esse traço da cultura americana que considero realmente insuportável.

Obs: em um dos vídeos do Alain Soral (não lembro qual), ele dizia que manteve-se fiel aos seus princípios porque gostava de ver a simplicidade e o sorriso do trabalhador. Coisa bem simples, mas que é decisiva para manter sua integridade, ao longo do tempo.

Kenshiro escreveu:

Ashura escreveu:

El Topo escreveu:

O excesso de segurança acabou plastificando as pessoas.

Não tem nada de realmente "inseguro" em ir fazer slumming em países pobres. As autoridades locais  sabem muito bem como o país depende de turistas ricos aboiolados tipo o autor do texto rs.

Tá louco, tem canto aqui na cidade que gringo não pisa porque morre. Autoridade local tá pouco se fodendo pra nós, imagina eles?

Deve ser por isso que só resolverem dedetizar os bandidos como a população implorava a tanto tempo quando foi pra abrir caminho pros turistas gastarem na copa.

Ashura escreveu:

Kenshiro escreveu:

Ashura escreveu:

El Topo escreveu:

O excesso de segurança acabou plastificando as pessoas.

Não tem nada de realmente "inseguro" em ir fazer slumming em países pobres. As autoridades locais  sabem muito bem como o país depende de turistas ricos aboiolados tipo o autor do texto rs.

Tá louco, tem canto aqui na cidade que gringo não pisa porque morre. Autoridade local tá pouco se fodendo pra nós, imagina eles?

Deve ser por isso que só resolverem dedetizar os bandidos como a população implorava a tanto tempo quando foi pra abrir caminho pros turistas gastarem na copa.

Aqui dedetizaram porra nenhuma, é que os gringos ficaram todos hospedados em bairros nobres. Mas se tivessem ido pros "lugares certos", tinha chovido sangue yankie

Eric Heisel escreveu:

Ashura escreveu:

Texto sobre frustrações SWPL pra expectativas SWPL, e nada mais.

É um tanto difícil de explicar, mas percebo que essa mentalidade vem, em boa parte, do problema do SWPL em reconhecer e aceitar o estilo de vida simples e campesina do pobre (tanto na mentalidade, quanto no estilo de vida).

Exemplo:

Platéia SWPL, enxergando o rapaz (um cara simples do interior) como um palhaço de circo, um incivilizado. A pior caracteristica de um SWPL. Esse traço da cultura americana que considero realmente insuportável.

Obs: em um dos vídeos do Alain Soral (não lembro qual), ele dizia que manteve-se fiel aos seus princípios porque gostava de ver a simplicidade e o sorriso do trabalhador. Coisa bem simples, mas que é decisiva para manter sua integridade, ao longo do tempo.

Realmente é difícil de explicar, mas é bem por esse caminho aí mesmo.

Eu apoio o texto pela metade, porque seguir uma "vou viveeeeeeeeeeeeeeeeeer" a risca é coisa de criança imprudente. Mas tem que fazer mais da vida do que arrumar um emprego, casar e terminar num chá de bebê da sua tia gorda, sim

O texto é SWPL porque ele claramente é feito pra gente RICA, que pode muito bem ir fazer turismo pelo mundo e "altas putarias" sem arcar com a consequência de perder tudo, mas não é por isso que não concordo com algumas coisas dele -- de que a gente tem que "viver mais do que sobreviver"

Tenho uns amigos de classe média baixa, peões mesmo. Um deles trabalha lá num navio, na parte mecânica, o outro fez a própria casa, etc. Gente esforçada, e é incrivel como cosneguem ser mais bem-humorados, alegres e divertidos do que qualquer SWPL de classe média alta -- rabugentos, chatos, que só falam em trabalho

Os caras podem não ter lá um papo com tanta cultura, mas é um papo divertido. Eles conseguem viver mais do que qualquer maluco ricaço que vive engolfado em trabalho. Mas não, não é porque o estilo de vida deles é melhor (eles ganham pouco pra caralho), mas é insight existencial mesmo

Última edição por Kenshiro em 21/05/15, 06:27 pm, editado 1 vez(es)

Apoio pra caralho o cara ter uma economia maneira e ir fazer o que quiser da vida dele, a loucura que quiser. Mas antes, precisa ter uns tostões no bolso -- e saber quando é hora de vagabundear e trabalhar

Joe escreveu:

Eric Heisel escreveu:

O autor esqueceu de pôr mais uma coisa na "lista": não confiar em receitas e listas acabadas, mesmo aquelas que lhe dizem para deixar de ser conformista e mediano.

Hahahahahahah

É isso que torna o conceito de Outsider do Colin Wilson tão interessante.

O próprio autor admite no livro que não existe uma "fórmula" para o outsider viver uma existência plena, que na prática cada outsider tem que descobrir seu próprio caminho.

Falo do texto do tópico, se houve algum engano.

Se ele falou isso mesmo, então ele é um autêntico outsider mesmo. Cartilhas e manuais acabados para se seguir à risca: nada mais SWPL. Nem os ricos, que amam tanto defender, seguem cartilhas e manuais, para fazer dinheiro.

O teor de SWPLismo tá mais pra perspectiva de quem lê do que o texto em si. Lógico que essa filosofia YOLO e Carpe Diem, além de tosca, é coisa de gente rica suburbana ou idiota, mas o texto vai muito mais além.
Todo mundo aqui não pensaria duas vezes em largar o emprego pra trabalhar com aquilo que gosta e faz bem de maneira autônoma, assim como muitos aqui certamente gostariam de viajar pra lugares anti-convencionais. Por fim, não tenho dúvidas que muitos aqui consideram inúteis seus anos acadêmicos na faculdade.

O ponto principal do texto é pensar em mais de uma possibilidade de se arranjar o futuro que pretende. Pessoas tendem a seguir os caminhos dos seus pais, o problema é que nossos pais não fizeram necessariamente as melhores escolhas que podiam. Hoje temos a sorte de ter uma vida melhor e de mais opções que nossos pais tiveram, então nosso leque de escolhas se expande. Eu vejo assim os pontos sobre se arriscar mais, empreender, fugir do padrão etc.

Você pode entender a mensagem como um fator motivacional pra se esforçar mais a atingir as metas que tanto deseja, ou escarnear só pelo público alvo especificado ser o SWPL tradicional. Em casos como esse, eu me importo com a mensagem, não o mensageiro ou o público.

Por fim, coisas como essas são exaustivamente repetidas por caras como Victor Pride ou o Mike Cernovich, que estão muito longe de serem SWPLs engomados - muito pelo contrário, estão entre os sujeitos mais originais e audaciosos da esfera masculina da internet.

Agora, penso que é um tanto sem nexo criticar o fato de ele excluir a realidade de pessoas mais pobres e que no momento precisam levar o dia a dia da forma mais previsível e estável possível. Óbvio que o público alvo não é esse, e sim o pessoal que está numa situação em que se pode dar ao luxo de ir fazendo algumas mudanças. Do mesmo jeito que um blog como o do Roosh é dedicado a homens relativamente jovens que querem melhorar suas chances de comer mulheres, o texto também é dirigido a um grupo específico, como qualquer outra coisa.

Marcoasf escreveu:

Agora, penso que é um tanto sem nexo criticar o fato de ele excluir a realidade de pessoas mais pobres e que no momento precisam levar o dia a dia da forma mais previsível e estável possível. Óbvio que o público alvo não é esse, e sim o pessoal que está numa situação em que se pode dar ao luxo de ir fazendo algumas mudanças. Do mesmo jeito que um blog como o do Roosh é dedicado a homens relativamente jovens que querem melhorar suas chances de comer mulheres, o texto também é dirigido a um grupo específico, como qualquer outra coisa.

Isso é verdade

Por isso falei que o exemplo do peão não se aplica

Peão só quer beber, nem pensa em subir na vida. Quanto mais ser "outsider"?

Vocês da ESA as vezes superestimam a classe pobre, parece que eles são todos uns "sábios com arado na mão" e o rico é "o SWPL que passa o dia no fb"

Ashura escreveu:

Esse modelo de texto "você está vivendo sua vida errado, acorda, pintosa" é por definição SWPL. É um texto de auto-ajuda, eu não deveria precisar explicar que é SWPL e tal.

O problema, ao meu ver, não é tanto esse de  "você está vivendo sua vida errado, acorda, pintosa".

É falar isso e depois apresentar uma solução pronta.

SWPL adora dar "soluções". Basta ver no caso do feminismo. "Precisamos de mais mulheres em ciências exatas", "precisamos de mais heroinas como Charlize Theron em Mad Max", "precisamos disso e aquilo". Eles adoram inventar um problema, para em seguida serem os arautos das respostas.

Nem precisa a suposta "vítima" reclamar. Mulher quer ser dona de casa sustentada pelo marido? Ela é vítima do "patriarcado". "Mulheres reproduzem o machismo", etc.

Estou usando o feminismo porque, quando o assunto é "causas sociais", fica mais explícito que o que eles tem é um fetiche em mudar o mundo, não interessa se o mundo quer ser mudado.

Esses textos de auto-ajuda são apenas uma versão mais modesta da megalomania SWPL. É um "sua vida é uma merda (mesmo que vc não ache), e eu tenho a solução para o seu problema."

Não entendi nada desse texto. Pra mim, eu já sou incrível!

***

Sei lá. Tenho camaradas que entraram numa de "woo hoo, bora viver a vida negadaaaaaaaa!" e aí vão pra Bahia de dois em dois anos numa rave em que não tem nem uma sombra pra deitar. Bom, tem coqueiro, e tem fila da sombra sob os coqueiros (funciona assim... vc deita num canto no sol, sabendo que dali a duas horas vai ter sombra no teu spot.... não tou brincando é sério!).

Bom, eu... sinceramente... acho isso um puta programa de índio.

Antes de me acidentar eu estava treinando boxe com o intuito de subir num ringue ao menos cinco vezes. Algo que ia fazer pra mim mesmo. Consegui até um treinador foda. Eu tenho certeza que meus camaradas achavam um puta programa de índio a minha rotina espartana de exercícios, sobretudo tendo em vista a meta...

***

Se alguém estiver sendo incrível no meio do bosque, e ninguém viu, ele ainda é incrível?

***

É mais fácil ser incrível se você viver rodeado de pessoas incrédulas?

Qual é realmente o referencial, me ajudem... Alguns de meus amigos são crédulos. Devo deixar de ser amigo deles para ser incrível?

Ou basta mentir absurdamente?

***

Três pessoas incríveis entraram num bar.

E eles acreditaram piamente nas histórias uns dos outros.

***

O denominador comum entre as pessoas, todas, é o descontentamento.

Ai o jeito é se destacar descontentando-se de coisas diferentes do que a maioria se descontenta.

Diga-me com o que estás descontente, e te direi quem és! (numa escala de zero - à esquerda - a cool).

NicolasPK escreveu:

El Topo escreveu:

Acredito que o autor abordou mais a questão identidade.

Mais:

"Certa vez eu encontrei uma trilha no meio do mato e acabei me perdendo em uma praia deserta. Foi só no final do dia, depois de milagrosamente encontrar uns pescadores, que eu voltei à pé para o acampamento" e cheguei às três da manhã.

Do que:

"Aquela viagem para o Porto de Galinhas foi o máximo! Bebi para caralho e caí morto. Isso, paguei em três vezes pela CVC. Hehe. Da hora. Guenta as pontas aê que eu vou gerar o relatório.

As pessoas precisam de uma identidade. Hoje todo mundo parece que tem os mesmos papos, as mesmas ideias, as mesmas conformidades...

É sobre fazer acontecer, querer e tentar fazer.  

Na boa, o que tem de SWPL nisso?

É questão de índole e preferências pessoais. O cara que vai se embebedar em Porto de Galinhas ou torrar o 13º em Miami depois de passear na Disney, provavelmente vai me achar um esquisitão por fazer trilhas no mato, ficar cheio de dores e cãibras, e achar isso o máximo e querer convencê-lo de que é mais bacana do que a idéia de férias dele. É mais próxima do homem antiga e todo esse papo que para ele é conversa para boi dormir.

Esse tipo de posicionamento me lembra adolescentes metaleiros que julgam o seu jeito de vida o melhor, a sua música a melhor e o mundo precisa saber disso.

O autor não propõe um modus operandi em específico. Na verdade ele só tá apontando o ponto nevrálgico da mediocridade, o velho comodismo.

Não é um ponto ou outro, é um conjunto de características e ações que fazem do indivíduo mais um entre vários, sem destaque, história ou identidade que o faça distinto, sem messianismos ou megalomanias.

Não entendo o porquê da admiração da classe baixa somente pelo fato de possuir um suposto estoicismo nas entranhas da própria essência.

Em termos de realidade, é muito comum ver a classe média baixa e trabalhadora fazendo greve a cada cartão batido, botando a empresa no pau por qualquer coisa e distribuindo calotes à rodo.

Só eu que vi um "caráter a parte" no texto?

O Zé das Couves que escreveu aquele emaranhado de sugestões parece pouco se importar se o sujeito possui o coração peludo ou não (com a exceção do exemplo referente ao voluntariado).

O que ele quer dizer é pra justamente o indivíduo deixar de seguir o fluxo, porém com os pés no chão.

Viver a vida como um Dandi e viajar os sete mares não é deixar de ser um "alguém incrivelmente mediano", é aproveitar a vida como bem deseja pelo fato de ter grana, como qualquer outro "mediano" faria devido à herança do papi.

Não acho que ele tenha se referido ao playboy lifestyle. Ele se referiu justamente às pessoas não nascidas em berço de ouro que tem que estudar e trabalhar para ter comida dentro de casa, e muitas vezes deixam seus planos de vida de lado para se adaptar às demandas que a vida pede ao longo do tempo.

Última edição por El Topo em 21/05/15, 08:55 pm, editado 2 vez(es)

Esse vídeo que o Eric postou é lendário.

O dia que um homem de verdade calou uma platéia enorme de SWPLs filhos da puta.

Bom, revendo a coisa num ângulo menos ranzinza (meu primeiro instinto) dessa vez...

O texto inicial ali não consegue tocar no cerne. Ele lista um monte de faça isso não faça aquilo, e obviamente, está na cara que cumprir essa ou aquela lista mecanicamente, é a apatia.

Apatia.

A-Pathos.

Sem pathos.

Pathos: estar acometido de algo, como emoção, obsessão; ser irresistivelmente coagido, de dentro para fora, em direção a algo. Raiz da palavra "paixão", tanto no sentido do apaixonar-se (ser irresistivelmente atraído por alguém) quando do de seguir suas paixões (na vida).

Não se vai chegar numa lista porque a questão não é essa. É uma questão de ser um apático ou ser um apaixonado (entusiasmado).

Qual classe social é apática? Qualquer uma. O que está em questão é o indivíduo.

Ele dá e dá voltas, está embaixo do nariz dele, mas nem o autor do texto compreende exatamente do que está falando. Por isso tão extenso e apegados a detalhes que no fundo são irrelevantes senão como anedotas pra tentar explicar (ex: trabalho voluntário). A questão não é trabalho voluntário. Ir pra Disney ou para Sibéria.

Eu só salvo esse texto, pra mim, se resolver entender ele como um convite - muito mal escrito - para se deixar de ser um bostinha fleumático, tímido, apático.

O texto é até bem Nietzscheano. O "mediano" é a descrição do Último Homem.

E a proposição é "Torna-te o que tu és".

Whatever the hell it is.

Caralho, alguns de vcs tão cheirando cola de sapateiro estragada.
O texto é só uma provocação ácida para um grupo específico, um tipo de pessoa de uma classe que não é pobre, mas longe de ser rica, que reclama, acha que é diferente dos outros, tem projetos para o futuro, mas que no fim, em nada difere dos outros que estão em volta dele, até os sonhos convergem, ou seja, um perfeito mediano. Ele só está definindo quem é o perfeito mediano, que não se sente realizado e não faz nada para mudar sua situação, não está simplesmente dizendo faça isso ou aquilo, apenas definindo quem é o tipo padrão de sujeito a quem o texto se refere.
Daí vem a pergunta, vai continuar sendo um eterno mediano ? Pois ainda dá tempo de ser aquilo que ser quer ser, se vc ainda não o foi.

Eu queria ser pelo menos algo perto desses tipos medianos, mas hoje como todos os dias, estou decidindo em que sinal vou pedir esmolas e ver se apuro alguma coisa suficiente pra manter minhas drogas.

Admiro ser alguém "excessivamente mediano".

Ashura escreveu:

Admiro ser alguém "excessivamente mediano".

Quanta revolta...

Redondo_Bailando_Kuduro escreveu:

Ashura escreveu:

Admiro ser alguém "excessivamente mediano".

Quanta revolta...

Poderia dizer o mesmo. Vira a porra do disco.

E me erra.

Não imaginei que esse texto causaria tanta discórdia

Sir D. Fortesque constumo pensar dessa forma as vezes, mas tb penso que se o dinheiro esta atrapalhando sua vida mais do que ajudando eh melhor se organizar.

temos que aproveitar tudo na vida. as pessoas so se preocupam em focar em uma coisa e depois vem as frustraçoes.