Conan o Bárbaro

"HELIOGÁBALO – O ADOLESCENTE SODOMITA QUE FOI IMPERADOR DE ROMA E “ESPOSA”
DE UM ATLETA DE CIRCO"

Hahahahaha

Imagina um moleque viadinho de imperador.

Ashura escreveu:

Também, esse filme não é do meu tempo (Porra, foi o primeiro filme do Schawrzenego, mó cara de guri inclusive). Eu vi DBZ quando eu tinha dez anos, Conan o Bárbaro eu vi acho que ano passado.

Antes eu só tinho visto aquele "Conan o destruidor" que, aí sim, é um filme imbecil, apesar de ter umas cenas de ação legais até. Eles até fazem piadinha colocando o Conan como burro, de acordo com o velho ranço de intelectuais franzinos de que tipos atléticos seriam estúpidos.

Mas esse daí é um puta filme.

Um off cinéfilo.

Conan não foi o primeiro filme de Schwarnegger. Ele já tinha uma carreira de uns dez anos quando fez o primeiro Conan. Entre seus filmes de maior destaque na era pré-Conan estão a comédia Cactus Jack - o Vilão, que é muito divertida e tem o arcaico Kirk "Spartacus" Douglas no papel título, e o abacaxi Hercules em Nova Iorque (o título é auto-explicativo: o semi-deus Hércules, vivido por Schwarza, resolve descer do Monte Olimpo e dar um rolê em Nova Iorque).



O Conan 2 é mais bobinho pq os produtores queriam ampliar o público, por isso fizeram um filme mais "para toda a família".

White Witch escreveu:

Esse filme em particular, merece ser revisto e estudado. O mais interessante que é um dos mais subestimados por pseudo-intelectuais e bichas intelectualóides, que o menosprezam por ter curto diálogos e parecer ser simplista por demais.

Off cinéfilo parte 2 - a missão.

O filme tem poucos diálogos porque o trio principal de atores, Arnold, a loira e o arqueiro, tinham pouca ou nenhuma experiência como atores. Por incrível que pareça, tirando o James Earl Jones (o Thulsa Doom, e caso alguém não saiba, ele é o mesmo ator que faz a voz do Darth Vader) o Arnold era quem tem tinha maior experiência como ator.

A loira chama-se Sandahl Bergman e é uma bailarina, o arqueiro é Gerry Lopez, um ex-campeão de surf. Ambos tinham zero experiência como atores. O trio foi selecionado mais pq seus tipos físicos se encaixavam nos personagens do que pelos talentos dramáticos (inexistentes).

A solução foi simples: poucos diálogos, inclusive entre o próprio trio. Se observarem o filme com atenção, verão que em todas as cenas em que Arnold, Sandahl e Gerry aparecem juntos, eles NUNCA trocam uma palavra entre si.

As poucas cenas que parece que eles estão dialogando, como quando Valéria reaparece como um fantasma para Conan, ela e Arnold nunca aparecem juntos na mesma cena. Foi tudo editado de forma que parece que ela está falando com ele, quando na verdade está falando para a câmera.

Mas no final funcionou bem.

Nunca ia ter me dado conta se tu não falasse.

Joe escreveu:

White Witch escreveu:

Esse filme em particular, merece ser revisto e estudado. O mais interessante que é um dos mais subestimados por pseudo-intelectuais e bichas intelectualóides, que o menosprezam por ter curto diálogos e parecer ser simplista por demais.

Off cinéfilo parte 2 - a missão.

O filme tem poucos diálogos porque o trio principal de atores, Arnold, a loira e o arqueiro, tinham pouca ou nenhuma experiência como atores. Por incrível que pareça, tirando o James Earl Jones (o Thulsa Doom, e caso alguém não saiba, ele é o mesmo ator que faz a voz do Darth Vader) o Arnold era quem tem tinha maior experiência como ator.

A loira chama-se Sandahl Bergman e é uma bailarina, o arqueiro é Gerry Lopez, um ex-campeão de surf. Ambos tinham zero experiência como atores. O trio foi selecionado mais pq seus tipos físicos se encaixavam nos personagens do que pelos talentos dramáticos (inexistentes).

A solução foi simples: poucos diálogos, inclusive entre o próprio trio. Se observarem o filme com atenção, verão que em todas as cenas em que Arnold, Sandahl e Gerry aparecem juntos, eles NUNCA trocam uma palavra entre si.

As poucas cenas que parece que eles estão dialogando, como quando Valéria reaparece como um fantasma para Conan, ela e Arnold nunca aparecem juntos na mesma cena. Foi tudo editado de forma que parece que ela está falando com ele, quando na verdade está falando para a câmera.

Mas no final funcionou bem.

Pelo menos eles compensaram colocando uma trilha sonora fodástica rsrs. Aquilo musicalmente é uma obra prima.

O interessante é que as cenas de "love" e afeto entre ela e o Arnold, ficaram boas, nessas horas eles não pareciam amadores rs.

O outro aspecto que isso caiu bem é que como eles eram ladrões, ficaria esquisito se eles fossem tão eloquentes quanto o Thulsa Doom ou aquele Rei lá.

White Witch escreveu:

O interessante é que as cenas de "love" e afeto entre ela e o Arnold, ficaram boas, nessas horas eles não pareciam amadores rs.

Segundo entrevistas de Arnold e da loira, ambos estavam bem nervosos pq era a primeira cena de sexo que faziam.

Mas a coisa saiu tão bem que o diretor do filme teve que pedir para um operador de aúdio se retirar do local pq ele ficou excitado vendo os dois, hahahaha

Eu tinha visto um link ótimo tempos atrás com tudo sobre o filme, mas não estou achando agora.  Tem umas histórias bizarras. Entre elas que o roteirista do filme, o Oliver Stone antes da fama, era viciado em cocaína e a primeira versão do Conan que ele escreveu se passava numa futuro pós-apocaliptico onde Conan enfrenta mutantes radiativos. Era uma coisa totalmente lisérgica, diz quem leu o roteiro.

Outra história engraçada é que o Arnold fez um acordo com o James Earl Jones. O negão que faz o Thulsa Doom é um ator de cinema e teatro hiper-respeitado e até já ganhou um Oscar honorário pelo conjunto da obra.

O Arnold pediu umas aulas de atuação para o James e o negão fez um trato. Ele ensinava o Arnold a atuar e em troca o Arnold dava aulas de musculação. Conan virou personal trainer do Thulsa Doom, hahahah

Outra hilária é que o diretor do filme teria dito numa entrevista que, quando procurava um ator para o papel do Conan, estava procurando por alguém com cara de idiota, hahaha

[ATUALIZAÇÃO]: achei o link.
http://io9.com/everything-you-never-knew-about-the-making-of-conan-the-1686337892

White Witch escreveu:

Na discussões anteriores, muita coisa se desviou para o "viver fora da civilização", o que é um aspecto até superficial, vamos ver se consigo "aprofundar" mais a coisa.

O Robert E. Howard era cético quanto a civilização e acreditava que toda a sociedade carregava em si a semente de sua própria destruição. Isso é explorado muito bem em Pregos Vermelhos, considerada a melhor história do Conan escrita por Howard. Interessante como as ideias do Howard "casam" com essa leitura do filme Conan.

http://en.wikipedia.org/wiki/Red_Nails#Background

The theme of cultural decadence maintained its grip on Howard's imagination. In early 1935 he remarked to Novalyne Price:

"You see, girl, when a civilization begins to decay and die, the only thing men or women think about is the gratification of their body's desires. They become preoccupied with sex. It colors their laws, their religion – every aspect of their lives.
[...]
"Girl, I'm working on a yarn like that now – a Conan yarn. Listen to me. When you have a dying civilization, the normal, accepted life style ain't strong enough to satisfy the damned insatiable appetites of the courtesans and, finally, of all the people. They turn to Lesbianism and things like that to satisfy their desires...I am going to call it 'The Red Flame of Passion.'"
—Novalyne Price Ellis, One Who Walked Alone[7]

Se Howard está certo, estamos em pleno colapso da civilização, hehehehe