O que faz um povo perder sua cultura?

Conheci uma britânica já a algum tempo com um marido paquistanês. Ela era da "middle class" e se parecia com a classe média de outros tantos países. Adepta do ideias seculares, poderia ser enquadrada como uma pessoa comum, normal, sem grandes novidades.
E como ela, muitas mulheres e homens se casavam com habitantes das antigas colônias britânicas.

É muito comum homens mais velhos de lá irem casar na Tailândia com mulheres jovens que nasceram no interior. Ou então se casam com indianas.

Já os alemães que conheci tinham uma noção do que era ser germânico e sempre me recomendavam conhecer o país deles, dar uma passada por Berlin, Munchen, Baviera. Eles falavam com respeito a respeito de onde eles vieram. Quando assisti a uma palestra em Itaipu, o alemão que lá estava vibrou quando viu o slogan da "Siemens" como uma das empresas responsáveis pela construção. Fez questão ainda de me falar sobre a "Siemens company".

Os espanhóis que conheci em intercâmbios procuravam empregos aqui no Brasil e uma nova oportunidade. Falavam vagamente de como era difícil arranjar emprego lá e basicamente vinham com uma certa humildade, nada parecido com um povo colonizador. Uma espanhola que conheci já está falando português e casou com um professor de jiu jitsu daqui.

Bom, a minha dúvida é a seguinte. O que leva uma pessoa a desprezar sua própria cultura? Não sou contra casamentos de etnias diferentes, mas o que leva alguém a CASAR com outra pessoa de um lugar tão longe, sendo que existem pessoas na sua terra que também querem se casar?
Ou então... Por que alguém desprezaria seus próprios costumes para adotar outros? E por que me parece que a Alemanha foi um dos países da Europa a valorizar a própria cultura?

A impressão que dá é que a região da UE está numa bancarrota violenta. Será que a pobreza econômica leva a uma decadência cultural?

Não acredito que a culpa seja da pobreza. Acredito que seja efeito da globalização somada a fatores como laicismo, pobre educação de história nacional, excesso de tecnologia e cultura antissocial.

O Roosh também culpa o capitalismo. Segundo ele, o capitalismo permite a expansão da cultura invasora, no caso a do Ocidente, a adentrar o território e moldar os costumes. O exemplo citado por ele é a Polônia. Mulheres polonesas ainda são, segundo ele, em boa parte tradicionais quanto suas origens, mas se adequando aos poucos à cultura materialista ocidental, dependência de tecnologia como drogas (smartphones, principalmente) e até outros fatores que costumam passar despercebidos, como a alimentação. Não é surpresa que países onde a dieta americana se infiltra gera uma legiões de obesos iguais ao que tanto se vê nos EUA e Reino Unido.

Um exemplo reverso citado também por ele é a Ucrânia. O país é relativamente pobre e passa por crises que impedem o modelo ocidental do capitalismo de se alastrar pela cultura, consequentemente mantendo os costumes e tradições ucranianas como norma vigente.

Agora, em termos de relacionamento fica mais complicado. Mas o fato é que homem mediano se contenta com pouco, então se mesmo assim tem cara apostando em uma nova terra pra casar, só posso presumir que as mulheres de seu país sejam um verdadeiro lixo.

Na Suécia as mulheres tailandesas andam fazendo sucesso. Na esfera anglo-saxã são as latinas e mulheres do sudeste asiático. Tanto latinas quanto essas asiáticas são mais tradicionais, submissas... Parece que isso é inexistente em países anglo-saxões. Se o rio tá poluído, os caras vão pescar em outro lugar.

No Brasil isso ainda é muito raro. Brasileiro e brasileira ainda se combinam.

"Não acredito que a culpa seja da pobreza. Acredito que seja efeito da globalização somada a fatores como laicismo, pobre educação de história nacional, excesso de tecnologia e cultura antissocial."

É bem por aí mesmo. Mas a educação de história, nacional ou não, não é pobre, é mentirosa mesmo. Tipo a "dita-dura", bicho-papão da esquerda; enquanto o monstro que ela surgiu pra engolir, o comunismo, é um mar de rosas, "legitimidade e democracia" (Hahahahahaha da onde).

Mas não é só da esquerda. Nossa história nacional é basicamente propaganda. Até hoje persiste por exemplo propaganda republicana sobre a monarquia, tipo limitar as menções de Dom João VI - Fundador da nação - em falar que ele era gordo, ficar dizendo que ele era porco; ignorando convenientemente por exemplo o  fato de que ele era arguto a ponto de fazer Napoleão de bobo.

Redondo_Rei escreveu:

Conheci uma britânica já a algum tempo com um marido paquistanês. Ela era da "middle class" e se parecia com a classe média de outros tantos países. Adepta do ideias seculares, poderia ser enquadrada como uma pessoa comum, normal, sem grandes novidades.
E como ela, muitas mulheres e homens se casavam com habitantes das antigas colônias britânicas.

É muito comum homens mais velhos de lá irem casar na Tailândia com mulheres jovens que nasceram no interior. Ou então se casam com indianas.

Já os alemães que conheci tinham uma noção do que era ser germânico e sempre me recomendavam conhecer o país deles, dar uma passada por Berlin, Munchen, Baviera. Eles falavam com respeito a respeito de onde eles vieram. Quando assisti a uma palestra em Itaipu, o alemão que lá estava vibrou quando viu o slogan da "Siemens" como uma das empresas responsáveis pela construção. Fez questão ainda de me falar sobre a "Siemens company".

Os espanhóis que conheci em intercâmbios procuravam empregos aqui no Brasil e uma nova oportunidade. Falavam vagamente de como era difícil arranjar emprego lá e basicamente vinham com uma certa humildade, nada parecido com um povo colonizador. Uma espanhola que conheci já está falando português e casou com um professor de jiu jitsu daqui.

Bom, a minha dúvida é a seguinte. O que leva uma pessoa a desprezar sua própria cultura? Não sou contra casamentos de etnias diferentes, mas o que leva alguém a CASAR com outra pessoa de um lugar tão longe, sendo que existem pessoas na sua terra que também querem se casar?
Ou então... Por que alguém desprezaria seus próprios costumes para adotar outros? E por que me parece que a Alemanha foi um dos países da Europa a valorizar a própria cultura?

A impressão que dá é que a região da UE está numa bancarrota violenta. Será que a pobreza econômica leva a uma decadência cultural?

A Inglaterra é a um bom tempo um povo cosmopolita, isso não é muito de se espantar, foram um dos últimos grandes império mundiais. Isso é, sua renda até hoje ainda advém de intenso comércio exterior. Na verdade estou só falando da ponta do iceberg, o cosmopolitismo, é um fenômeno antigo e bem debatido. Além de ser uma ilha, os paises-ilhas que dependem do comércio marítimo, costumam se empenhar mais em construir uma "rede de negócios".

Os alemães tem uma concepção forte de solo, a fatherland(pátria-pai), são um dos poucos povos que se referem ao seu país-natal no masculino, a maioria como nós se refere no feminino(pátria-mãe). Na Europa eles são campeões da indústria-verde, i.e. se preocupam muito com o meio ambiente de seu país. O alemão em geral parece um bicho que nasce sabendo engenharia. Em semelhança aos americanos, as empresas privadas lá de grande nome são orgulho nacional.

A Espanha está numa crise econômica profunda, essa humildade que você viu é fechada. Espanhóis tem fama de serem dum dos povos mais arrogantes da Europa, especialmente turistas. Não gosto de espanhóis e já quase briguei com um.

Sobre casar com outra pessoa de outra cultura, o fato é que a maioria das pessoas cagam e andam para "própria cultura". Aqueles que são apegados demais a alguma coisa de cultura nacional, tem algum histórico recente de guerras ou afins que levou algum trauma coletivo. Não ponha muito a mão no fogo por alguma de idéia de que o pessoal se apega a isso. Hoje em dia já existe até mesmo islamicos "sincretizados" que não ligam pra religião. Em suma, isso é algo que só interessa as discussões intelectuais, no dia a dia as pessoas comuns estão nem ai pra isso.

Sobre esses paises, a maioria tem tradição de turismo forte, se for o caso de visitar lá, vá sem receios. Espanha, Inglaterra e Alemanha estão sempre na ponta nesse quesito de receber visitantes. Na Espanha destaque pra ilhas baleares, uma espécie de paraíso da putaria rs.

"Bom, a minha dúvida é a seguinte. O que leva uma pessoa a desprezar sua própria cultura? Não sou contra casamentos de etnias diferentes, mas o que leva alguém a CASAR com outra pessoa de um lugar tão longe, sendo que existem pessoas na sua terra que também querem se casar? "

Vc mistura alhos e bugalhos. Um brasileiro casar com uma japonesa não quer dizer que ele esteja desprezando a própria cultura.

E pessoas casam-se por afinidade, tesão, etc. Viver no Brasil não significa que vc vai necessariamente encontrar alguém que combine com vc na sua terra. É como reclamar que mineiros casam com paulistas quando há muitas mineiras para ele escolher.

"Conheci uma britânica já a algum tempo com um marido paquistanês. Ela era da "middle class" e se parecia com a classe média de outros tantos países."

Mas de resto eu entendo seu ponto. A "classe média" está surgindo como uma espécie de "nação" própria que engloba pessoas de todas as partes do mundo. A razão disso estar acontecendo já foi explicada pelo Marcosasf.

Tem que se muito vida loka pra casar com alguém do fim do mundo. O foda é a questão de higiene pessoal, pouco difundida em outras partes do planeta. Magina você falando pra sua esposa: "Florzinha, não acha que está na hora de tomar um banho?"

A única cultura verdadeiramente antiga é a dos indianos. Existe desde quando o mundo é mundo e nunca caiu. Sumério, egipicios ou qualquer um outro, aonde estão agora ? Acredito que a intenção dessa globalização é criar apenas uma nação. Podem Observar como cada vez mais o inglês entrar adentrado em nossas vidas. Facebook, instragan, subway, hashtag, self. Cada vez mais tornando um idioma. Muda muita coisa de uma sociedade para outro porém se analisar no fundo a pouca diferença. Tudo isso estar sendo arquitetado com apenas um proposito. Criar apenas uma nação