Essa entrevista tem uma parte engraçada. Até as feministas acham que ela arrumou sarna para se coçar.
http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/01/lola-aronovich-calar-nao-e-uma-opcao/Fórum – Diante de um contexto tão sério, você acha que recebe apoio suficiente de outras feministas e grupos militantes? Além das feministas, algum grupo de esquerda manifesta apoio a você?
Aronovich – Infelizmente, tem muita feminista e muitos coletivos feministas para os quais o lema “mexeu com uma, mexeu com todas” só vale para as amigas.
Tem feminista que acha bem feito eu ser ameaçada; afinal, quem mandou ter um blog conhecido, quem mandou mexer com mascu? Parece ridículo, mas não é só por ser feminista que a gente se torna uma pessoa mais solidária, com mais empatia. E talvez a minha postura diante das ameaças, de não me deixar amedrontar, faça com que muitas feministas não se preocupem. Recebo apoio individual; coletivo, só muito raramente, tanto de feministas quanto de grupos de esquerda. Recebo apoio na internet de políticas importantes, como Manuela D’Ávila, Maria do Rosário, Luciana Genro. E isso é muito bom, claro, sentir que você não está sozinha. Hoje (9/1), a Juliana Lobo, uma moça com 250 seguidores, organizou um tuitaço chamado #PorqueNãoMeCalo, para apoiar a mim e a todas as outras mulheres que são atacadas virtualmente. E tanta gente participou que a tag foi parar nos Trending Topics. Nunca esperava tamanha adesão. Foi uma surpresa mesmo, sinal de que nosso ativismo é forte, que unidas podemos muito. Acho que nunca me senti tão apoiada na vida.