Rant Casey escreveu:
Eu fico assistindo as elucubrações de vocês e fico me perguntando onde diabos foram achar de se apegar no que se apegam. Como por exemplo, questionar seriamente a questão da "força da mulher" que se presume do ato de conceber em si, gestar e parir. É claro que isso não é sério. Há uma certa resistência fisiológica necessária, mas é um processo ao qual a mulher conta mais com seus genes e bons hábitos do que com uma forma especial de fortitude. Dizemos que é uma demonstração de força e virtude porque isso as envaidece, e porque é mais conveniente uma mulher envaidecida do que uma tentando provar que pode ser medida pela mesma régua dos homens. Já se tentou isso, chama-se feminismo, e é ainda mais absurdo do que as absurdidades usuais.
Digo o mesmo quanto ao outro tópico, sobre a "perigosa". Pegaram-se vocês num trem de lógicas que dava cólicas de assistir. Até Joana D'Arc entrou na baila. A questão nunca foi essa - mulher só é perigosa quando o homem está afim de perigo, e o perigo dela está todo no homem. Otelo, alguém? Tróia?
Vocês vão ficar patinando em lógicas inúteis enquanto continuarem botando a mulher do outro lado de uma equação ao qual ela não pertence.
Usando seu exemplo do parto para responder sua pergunta, não sei se quem resolveu dizer pela primeira vez que parir é uma virtude estava pensando apenas em satisfazer o ego da mulher ou realmente acreditava nisso.
O fato é que, no final das contas, parir é considerado uma virtude pela sociedade, o Redondo taí como prova.
Idem para o "Mistério feminino", a "mulher perigosa", etc, etc. Toda essa terminologia é levada pela sociedade inteira ao pé da letra. A própria autora do link que postei comenta que técnicas PUA não funcionariam com uma "mulher de verdade".
Observe: ela tenta dar a "mulher de verdade" um ar de "mistério" e de "perigo", inferindo que PUAs seriam "fracos" que não saberiam lidar com ela. O pior é que as pessoas engolem esse discurso todo, basta ver os comments do link.
Os exemplos que você citou de Troia e Otelo costumam ser interpretados noutro sentido do que você propôs, que a mulher tem tanto "poder" que nenhum homem resiste aos seus encantos e comete loucuras. E de certa forma esse senso-comum está correto, no sentido de que homens não-esclarecidos (uso esse termo para evitar o "matrixiano") de fato não resistem.
Para ficar mais claro, se homens tivessem a mesma percepção que você tem sobre "a mulher perigosa", " o mistério feminino", "a virtude do parto", etc, sequer haveria PUA ou NA no mundo.
Não é que estejamos debatendo em cima de lógicas inúteis, estamos debatendo em cima de como o senso comum enxerga a mulher para, desse forma, tirar nossas próprias conclusões.
Não fomos nós que a colocamos do lado errado da equação. Ela já está no lado errado há muito tempo.