Delta-Dan escreveu:Eu acredito que daqui a um ou dois séculos suecos, dinamarqueses e noruegueses, como nações, serão história. O que sobrará é gente descendente deles (assim como sobraram descendentes de romanos e de vikings).
Rant Casey escreveu:Diversidade com proximidade é receita para conflito.
No caso brasileiro isso se deu em etapas, ao longo de séculos, e mesmo assim não foi um processo pacífico sempre.
No caso sueco o que você tem é uma imigração intensa e repentina de uma cultura que é expansionista e que tem pouca propensão a ser assimilada. E ainda, muito diversa da cultura sueca: a disparidade de valores é grande demais para que converjam de forma orgânica. Não é a mesma coisa que, por exemplo, a antiga e bem relacionada comunidade judaica na Pérsia, que possui mais afinidades com esse país de maioria muçulmana.
Quem quer que achou que você pode botar uns suecos e uns muçulmanos juntos numa sala e de repente eles se tornam amiguinhos e superam suas diferenças... só pode ser lunático, mal intencionado, ou ambos.
Joe escreveu:Rant Casey escreveu:Diversidade com proximidade é receita para conflito.
No caso brasileiro isso se deu em etapas, ao longo de séculos, e mesmo assim não foi um processo pacífico sempre.
No caso sueco o que você tem é uma imigração intensa e repentina de uma cultura que é expansionista e que tem pouca propensão a ser assimilada. E ainda, muito diversa da cultura sueca: a disparidade de valores é grande demais para que converjam de forma orgânica. Não é a mesma coisa que, por exemplo, a antiga e bem relacionada comunidade judaica na Pérsia, que possui mais afinidades com esse país de maioria muçulmana.
Quem quer que achou que você pode botar uns suecos e uns muçulmanos juntos numa sala e de repente eles se tornam amiguinhos e superam suas diferenças... só pode ser lunático, mal intencionado, ou ambos.
Lovecraft disse praticamente a mesma coisa há 100 anos atrás.
"The plain, honest fact is, that no individuals and groups can live harmoniously together as long as some members are moved by a scale of feelings, standards, and environmental responses radically different from the natural scale of other members. Living side by side with people whose natural impulses and criteria differ widely from ours, gets in time to be an unendurable nightmare. We may continue to respect them in the abstract, but what are we to do when they continue to fail to fulfil our natural conception of personality, meanwhile placing all their own preferential stresses on matters and ideals largely irrelevant and sometimes repugnant to us? And don´t forget that we affect alien groups just as they affect us. Chinamen think our manners are bad, our voices raucous, our odour nauseous, and our white skins and our long noses leprously repulsive. Spaniards think us vulgar, brutal and gauche. Jews titter and gesture at our mental simplicity, and honestly think we are savage, sadistick, and childishly hypocritical. Well – we think Chinamen are slimy jabberers, Spaniards oily, sentimental, treacherous, backward, and Jews cringing. What´s the answer? Simply keep the bulk of all these approximately equal and highly developed races as far apart as possible. Let them study one another as deeply as possible, in the interest of that intellectual understanding which makes for appreciation and tolerance. But don´t let them mix too freely, lest the clash of deep and intellectually unreachable emotions upset all the appreciation and tolerance which mental understanding has produced" (LOVECRAFT, Selected Letters, p. 279).
Rant Casey escreveu:Delta-Dan escreveu:Eu acredito que daqui a um ou dois séculos suecos, dinamarqueses e noruegueses, como nações, serão história. O que sobrará é gente descendente deles (assim como sobraram descendentes de romanos e de vikings).
O que faz muito sentido. Os romanos se espalharam tanto, que de tantas nações pararam de se ver como nação eles próprios, e como nação desapareceram.
A lógica é semelhante pro caso de países onde o multiculturalismo foi via canetaço. De não se ver como suecos, ser sueco passa a ser qualquer coisa, até o dia em que de fato, passa a ser nada - e dá lugar a outra coisa.
Que outra coisa é essa, o presente já indica: essa uma coisa é feita da mistura de dois povos em que um não vê nada de errado em demolir tudo, inclusive serviços médicos. Com o tempo tenderão a atingir um denominador comum, de alguma forma.
Rant Casey escreveu:Será que ninguém pensou que a coisa poderia se agravar desse modo? Digo a nível de autoridades.
Não dá pra achar que soltar os cachorros em cada sueco e apontar o dedinho por chamar de racista quem começa a achar que isso é uma merda, vai adiantar pra sempre.
De que lado a polícia vai ficar quando, e no caso dos suecos há um grande "e se", a população nativa uma hora resolver que basta e tomar o assunto nas próprias mãos?
O cara pálida é um dos mais enfezados de todos. Não consigo acreditar que uma hora não vá dar merda acossar demais ele.
Delta-Dan escreveu:O arranjo mais perto de "multicuturalismo" que deu certo (aos meus olhos) foi o Brasil (antes de a mentalidade revolucionária fazer o que faz melhor -- cagar tudo).
Cada Estado tinha suas peculiaridades, seus costumes locais. Porém, todo mundo se via como brasileiro. Era unidade na pluralidade e pluralidade na unidade.
Infelizmente no meio do caminho havia duas pedras: mentalidades de classe média burguesa e mentalidade revolucionária.
A segunda começou a fazer o possível para "problematizar" a identidade nacional é acabará, cedo ou tarde, preparando uma guerra civil fratricida.
A primeira corrói a identidade nacional brasileira. E permite que um monte de caboclos, mulatos e cafuzos (população brasileira) alimente a ilusão de que são guerreiros zulus ou arianos.
Marcoasf escreveu:O movimento Sul é Meu País seria um precedente dessa futura guerra? O movimento tá nas alturas ultimamente. Lógico que tem o peso recente das eleições, mas a mídia já começa a dar suas cartas tentando abafar e desmoralizar seus membros - sinal típico de quem começa a tremer.
NicolasPK escreveu:Marcoasf escreveu:O movimento Sul é Meu País seria um precedente dessa futura guerra? O movimento tá nas alturas ultimamente. Lógico que tem o peso recente das eleições, mas a mídia já começa a dar suas cartas tentando abafar e desmoralizar seus membros - sinal típico de quem começa a tremer.
Aonde nas alturas? Aqui não vejo porra nenhuma disso.
NicolasPK escreveu:Marcoasf escreveu:O movimento Sul é Meu País seria um precedente dessa futura guerra? O movimento tá nas alturas ultimamente. Lógico que tem o peso recente das eleições, mas a mídia já começa a dar suas cartas tentando abafar e desmoralizar seus membros - sinal típico de quem começa a tremer.
Aonde nas alturas? Aqui não vejo porra nenhuma disso.
Redondo_Rei escreveu:Isso daí é uma paródia, não é propaganda.
Marcoasf escreveu:O movimento Sul é Meu País seria um precedente dessa futura guerra? O movimento tá nas alturas ultimamente. Lógico que tem o peso recente das eleições, mas a mídia já começa a dar suas cartas tentando abafar e desmoralizar seus membros - sinal típico de quem começa a tremer.