Joe escreveu: Ashura escreveu: Suecos podem esperar sentados se acham que "homem feminista" vai interferir em cara sendo inconveniente ou abusando de mulher em público. Fazê-lo é a típica imagem do tal machismo.
A versão feminista disso, é tremer na base quando acontece e depois ir rugir na internet.
Pois é, é paradoxal. Insistem que a mulher é "forte" e "independente" e não precisa de homem para nada, mas quando estão em perigo querem que o sujeito que passou a vida inteira bombardeado com esse discurso de "abrir a porta do carro para a mulher é opressão" vire o Rambo sem mais nem menos.
Estava pensando a respeito desse argumento e conclui que ele não passa de uma redução ao absurdo usando como base o tipo mais celerado de igualitarista: o feminista radical. Não difere muito de criar um padrão comportamental masculino em cima do padrão comportamental médio de estupradores.
Repasse mentalmente quantas mulheres (que não fossem obviamente mentalmente perturbadas ou lutadoras com grande domínio de uma arte marcial) que se julgavam em igualdade de condições físicas com um homem adulto saudável. Francamente, retirando os dois tipos (conheci uma do primeiro tipo e duas do segundo, que dominavam pelo menos duas artes marciais distintas -- por curiosidade, tenho uma a terceira conhecida, advogada, que é faixa vermelha em Tae Kwon Do e tem plena consciência de que não conseguiria brigar com um homem irritado) nunca vi mulher sustentando que era fisicamente tão capaz quanto um homem adulto saudável.
Mesmo entre as policiais é difícil encontrar quem banque isso. Elas contam com o maior equalizador de forças já criado pelo homem (as armas de fogo) para terem uma chance contra um homem e, além disso, no Brasil, não se costuma colocar uma policial em uma operação onde força e vigor físico serão muito cobrados.
O que eu vejo é a defesa da tese (bem razoável aos meus olhos) de que em condições onde a violência é proibida ou contida homens e mulheres estão mais ou menos em condições de potencial igualdade, desde que as portas para a possibilidade de aquisição de conhecimento e de aprimoramento moral e intelectual não estejam fechadas. Isso é brutalmente verdadeiro na sociedade atual, onde uns 90% das atividades profissionais e intelectuais dependem tão somente da capacidade de memorização e da capacidade de adequação a rotinas de uma pessoa.