Quando o disse, o fiz de modo generalista portanto não falava de casos extremos. Essa moça do caso do Feliciano não é representativa das mulheres "de direita" de modo geral assim como a professora de artes que cagou na avenida, também não é representativa das surtadas de esquerda: num grau tão adiantado de maluquice, elas são categorias em seu próprio direito, e o DSM as categoriza suficientemente bem.
Feita essa ressalva, vamos para as "loucas normais", cuja loucura não excede um patamar sub-clínico.
"Histriônica" é um descritivo apto para a maioria das mulheres em um dado momento ou outro, e alguns homens também (e não, não apenas os efeminados, há o "machão histriônico" também, é o que faz um espetáculo de si mesmo).
Isso também fica fora.
Um outro dado é que a mulher tende a adotar as posições políticas do marido, quando o tem, portanto isso não é aplicável a mulheres solteiras, pelo motivo óbvio de que o propósito do comentário em questão foi o de ajudar a orientar a avaliação de uma parceira em potencial.
As ressalvas portanto são: estamos falando de mulheres solteiras; todas são algo histriônicas e portanto, casos comuns não afetam "à esquerda ou à direita da curva", isso é, são traços comuns; e por fim, não estamos falando de doidas varridas, e sim mulheres comuns do cotidiano.
Dito isso:
De modo geral percebo que as mulheres mais equilibradas que conheço tendem a pender para a esquerda. Isso faz sentido para uma mulher sozinha, cujo instinto de proteção de cria (real ou futura), e ausência de parceiro, e propensão a adotar universalismos que vão ao encontro dessas diretivas procriativas, tenderá a ser a favor de programas e proteções sociais (que beneficiem aos desprotegidos em geral, incluindo obviamente ela própria como inconscientemente se percebe), assim como de ambientes sociais menos "discriminatórios" na extensão do que isso significa na prática, um ambiente social menos agressivos (uma sociedade agressiva, em que "minorias" correm risco real de violência é uma onde ela e sua prole também correm).
Em resumo, uma propensão maior à esquerda denota que ela, do ponto de vista de instintos reprodutivos e conservação "dos seus", é funcional.
Noutro giro, a maior parte das mulheres mais disfuncionais que conheço pendiam à direita. Não digo apenas no sentido de serem contrárias a programas sociais porque isso é até justificável sob um ponto de vista: não é absurdo mesmo dentro da lógica anteriormente exposta, que ela seja contrária a redistribuições que possam significar mais remoção de recursos aos seus, do que redistribuição PARA os seus. Muitas mulheres de direita (centro direita na verdade) que pensam assim, aliás, costumam ser casadas, porque uma vez com marido a proteção social compensa menos do que a proteção da força de trabalho do esposo. Mas ainda assim algumas mesmo solteiras podem ter objeções quanto a programas sociais.
No entanto ainda assim noto que algumas das mulheres mais cruéis que conheci, coincidiam de ser de direita. Correlação não é casualidade, mas é correlação. Percebia eu que nesses espécimes, muitas de suas crenças serviam em realidade de uma forma de dar vazão à sua crueldade. Não bastavam serem críticas da forma como a questão do homossexualismo vem sendo tratado (muito leniente e propagandista), havendo casos de agressão concreta, algumas demonstravam até divertir-se com a notícia, quando uma pessoa que é meramente critica do estabilishment não sente particular prazer ao ver uma pessoa ser agredida - pode não concordar, mas não lhes deseja mal a nível pessoal.
Idem quando as via manifestando-se sobre algo como "fat acceptance". A objeção em princípio, quando vista de mais perto, mostrava também uma atitude cruel para com gordos e gordas de seu convívio. Novamente, a clara impressão que se tem é de que a rejeição em princípio da idéia era meramente colateral a sua atitude cruel, e apoiava a mesma.
Tais traços de crueldade se manifestariam em suas relações pessoais, e presenciei isso diversas vezes. Seja por uso de ataques cruéis em discussões íntimas, ou na sua atitude hierárquica social (ou seja, resolver disputas através da agressão psicológica mordaz), etc.
Seu comportamento invariavelmente se assemelhava ao de uma pessoa portadora de Transtorno Limítrofe de Personalidade.
Existem esquerdistas malucas? Sim. Mas costumam ser diferentes em manifestação. Em vez de Limítrofes, se assemelham mais ao descrito Transtorno Histriônico de Personalidade (aqui sim no sentido patológico), e algumas de ambos os grupos demonstravam traços de personalidade Narcisista (novamente, no sentido clínico que não é o mesmo da acepção popular do termo).