Pode ser só eu mas escolher presentes para pessoas com data marcada me causa angústia, ansiedade, e uma certa raiva de datas festivas.
Especificamente em datas festivas. Ao longo do ano não experimento isso ao presentear amigos, familiares e parceira. Há uma espontaneidade. Você vê algo, associa à pessoa, sente vontade de presentear, e zap.
Também não há pressão quanto à pompa do presente. Quando se vai presentear de modo casual, até coisas inócuas podem ser boas escolhas, se tiverem a ver com uma necessidade do presenteado, um desejo compreendido do presenteado, ou simplesmente algo que reflete a personalidade do mesmo ou que seja inusitado (portanto divertido) para o tal.
Ex: estavas com teu amigo quando ele recebe um envelope. Ao tentar abrir, ele rasga um pedaço do conteúdo do envelope por acidente e fica puto: era um documento. Numa próxima ida, um abridor de cartas, um presente modesto e "inócuo", é pretexto pra boas risadas - e denota que você tem boa memória e preza os amigos.
Mas então vem os aniversários, e o famigerado Natal.
Na maioria das vezes, como é uma data marcada, nenhuma oportunidade ou idéia espontânea apareceu. Sua melhor referência é tentar apelar para os impulsos consumistas do presenteado, uma vez que não houve uma situação condutiva a uma boa escolha, simples ou não.
E o pior: o presenteado pode estar pensando em fazer o mesmo, e caso gaste uma considerável soma no presente, te sentes compelido a adiantar-se a isso, e pressionado a igualmente apelar para uma escolha que seja genérica, consumista, e implique em um objeto caro.
O processo todo é frustrante por demais. Você sabe de antemão da pouca significância do presente, e além do mais, ainda por cima vai investir alto num badulaque genérico.
Salvo se der a sorte de já ter pensado em algo muito antes, e então, o Natal será oportuno para presentear. (Embora eu acho que isso não carece de oportunidade, e a ausência de pretexto faz do presente muito mais querido).
No final estas datas acabam sendo anti-afeto. Datas comemorativas parecem, quando penso nisso, por si mesmas depreciar o valor e o esforço de atenção embutidos no presentear.
Eu tenho minhas pequenas tradições quanto a isso.
Sempre que um amigo muda-se e vai morar sozinho - hoje em dia todos o fizeram já - eu monto-lhe uma caixa de ferramentas como presente. Não compro kits, escolho uma por uma. Eu sei que será muito útil e o camarada irá se lembrar toda vez que precisar.
Como todos meus amigos são bêbados, e todo o bêbado que bebe em casa também gosta de ter "aquele copo" pra sua cerveja, um copo estiloso também é uma boa.
Tudo que é útil e arrojado costuma agradar homens. Presentear mulher é um pouco mais difícil. Qualquer uma, seja namorada ou família. Sobretudo em datas.
Fora de datas não é tão difícil. O elemento inusitado ainda prevalece. E pode ser surpreendente. História engraçada: minha namorada uma vez comentou com certa tristeza que construíram um prédio no terreno ao lado de sua casa onde os passarinhos sentavam num abacateiro. Agora não tinha mais abacateiro, nem passarinhos. Deixei passar um tempo e presenteei ela com: um abacateiro num vaso GIGANTE. Terminou de rir? Ela chegou em casa, viu o abacateiro sob sua janela, e eu disse "só não consegui ainda os passarinhos". Emocionou-se às lágrimas. De noite descobri algo novo sobre o sexo feminino: elas possuem um mini estoque de lingeries nunca usadas, compradas há tempo, e que você só acessa quando "desbloqueia". Não precisa mais detalhes.
Mas se presentear com datas já é barra pesada, sendo mulher então, é dureza. Parece que sua melhor esperança é comprar algo bonito que será recebido porque... era a data, e isso era esperado já.
Vocês também sofrem de ansiedade ao presentear?
Especificamente em datas festivas. Ao longo do ano não experimento isso ao presentear amigos, familiares e parceira. Há uma espontaneidade. Você vê algo, associa à pessoa, sente vontade de presentear, e zap.
Também não há pressão quanto à pompa do presente. Quando se vai presentear de modo casual, até coisas inócuas podem ser boas escolhas, se tiverem a ver com uma necessidade do presenteado, um desejo compreendido do presenteado, ou simplesmente algo que reflete a personalidade do mesmo ou que seja inusitado (portanto divertido) para o tal.
Ex: estavas com teu amigo quando ele recebe um envelope. Ao tentar abrir, ele rasga um pedaço do conteúdo do envelope por acidente e fica puto: era um documento. Numa próxima ida, um abridor de cartas, um presente modesto e "inócuo", é pretexto pra boas risadas - e denota que você tem boa memória e preza os amigos.
Mas então vem os aniversários, e o famigerado Natal.
Na maioria das vezes, como é uma data marcada, nenhuma oportunidade ou idéia espontânea apareceu. Sua melhor referência é tentar apelar para os impulsos consumistas do presenteado, uma vez que não houve uma situação condutiva a uma boa escolha, simples ou não.
E o pior: o presenteado pode estar pensando em fazer o mesmo, e caso gaste uma considerável soma no presente, te sentes compelido a adiantar-se a isso, e pressionado a igualmente apelar para uma escolha que seja genérica, consumista, e implique em um objeto caro.
O processo todo é frustrante por demais. Você sabe de antemão da pouca significância do presente, e além do mais, ainda por cima vai investir alto num badulaque genérico.
Salvo se der a sorte de já ter pensado em algo muito antes, e então, o Natal será oportuno para presentear. (Embora eu acho que isso não carece de oportunidade, e a ausência de pretexto faz do presente muito mais querido).
No final estas datas acabam sendo anti-afeto. Datas comemorativas parecem, quando penso nisso, por si mesmas depreciar o valor e o esforço de atenção embutidos no presentear.
Eu tenho minhas pequenas tradições quanto a isso.
Sempre que um amigo muda-se e vai morar sozinho - hoje em dia todos o fizeram já - eu monto-lhe uma caixa de ferramentas como presente. Não compro kits, escolho uma por uma. Eu sei que será muito útil e o camarada irá se lembrar toda vez que precisar.
Como todos meus amigos são bêbados, e todo o bêbado que bebe em casa também gosta de ter "aquele copo" pra sua cerveja, um copo estiloso também é uma boa.
Tudo que é útil e arrojado costuma agradar homens. Presentear mulher é um pouco mais difícil. Qualquer uma, seja namorada ou família. Sobretudo em datas.
Fora de datas não é tão difícil. O elemento inusitado ainda prevalece. E pode ser surpreendente. História engraçada: minha namorada uma vez comentou com certa tristeza que construíram um prédio no terreno ao lado de sua casa onde os passarinhos sentavam num abacateiro. Agora não tinha mais abacateiro, nem passarinhos. Deixei passar um tempo e presenteei ela com: um abacateiro num vaso GIGANTE. Terminou de rir? Ela chegou em casa, viu o abacateiro sob sua janela, e eu disse "só não consegui ainda os passarinhos". Emocionou-se às lágrimas. De noite descobri algo novo sobre o sexo feminino: elas possuem um mini estoque de lingeries nunca usadas, compradas há tempo, e que você só acessa quando "desbloqueia". Não precisa mais detalhes.
Mas se presentear com datas já é barra pesada, sendo mulher então, é dureza. Parece que sua melhor esperança é comprar algo bonito que será recebido porque... era a data, e isso era esperado já.
Vocês também sofrem de ansiedade ao presentear?