O texto, no geral, não fala novidade nenhuma para quem já conhece o assunto. Trago ele primeiro pq é interessante ver que o assunto está repercutindo em terras tupiniquins, segundo por causa da passagem abaixo. Apesar de discordar em partes, é algo a se pensar.
http://www.vice.com/pt_br/read/os-homens-heteros-que-juraram-ficar-longe-das-mulheres?utm_source=vicefbbr
No entanto, o MGTOW não é o movimento revolucionário que muitos de seus seguidores acham – ele nem mesmo é um conceito novo. Ao longo dos séculos, movimentos similares apareceram quando havia qualquer avanço feminista. Comunidades similares a MGTOW e MRA estavam aqui durante o movimento sufragista, período em que as mulheres começaram a entrar na força de trabalho, e assim por diante. Nos anos 80 e 90, o movimento dos homens mitopoéticos se desenvolveu como uma resposta à segunda onda do feminismo.
O ciclo é reacionário.
O Dr. Tristan Bridges é professor de sociologia do College of Brockport e trabalha com a publicação acadêmica Men, Masculinities and Methodologies. O trabalho de Bridge lida aprofundadamente com questões de gênero especialmente concentradas em masculinidade. Pedi a ele para explicar o MGTOW e a história de movimentos similares de um ponto de vista acadêmico.
"Quando olhamos para os registros históricos, é isso que aparece: os homens ficam descontentes, querem falar sobre masculinidade e mudar o direito masculino depois de haver alguma transformação na feminilidade". Bridges explicou. "Quando essas coisas surgem, os historiadores dizem que algo significativo aconteceu a respeito de desigualdade de gênero e que os homens sentem que sua posição de privilégio foi ameaçada. Isso é uma reação cultural que acontece depois disso."
Há inúmeros fatores em jogo aqui, e outra grande possibilidade comandando o movimento é a "vertigem de gênero". Esse é um conceito criado por Barbara Risman, que lida com expectativas de gênero e liga isso à sensação de que não sabemos mais o que é ser masculino.
Mas é difícil ouvir qualquer ponto – válido ou inválido – vindo da "homensfera" quando esses grupos usam uma retórica tão desrespeitosa e, às vezes, cheia de ódio.
Eu não sei o que significa ser masculino também, porém não acho que isso envolve cinco níveis de exorcismo de mulheres.
Última edição por Joe em 28/09/15, 10:44 pm, editado 1 vez(es)
http://www.vice.com/pt_br/read/os-homens-heteros-que-juraram-ficar-longe-das-mulheres?utm_source=vicefbbr
No entanto, o MGTOW não é o movimento revolucionário que muitos de seus seguidores acham – ele nem mesmo é um conceito novo. Ao longo dos séculos, movimentos similares apareceram quando havia qualquer avanço feminista. Comunidades similares a MGTOW e MRA estavam aqui durante o movimento sufragista, período em que as mulheres começaram a entrar na força de trabalho, e assim por diante. Nos anos 80 e 90, o movimento dos homens mitopoéticos se desenvolveu como uma resposta à segunda onda do feminismo.
O ciclo é reacionário.
O Dr. Tristan Bridges é professor de sociologia do College of Brockport e trabalha com a publicação acadêmica Men, Masculinities and Methodologies. O trabalho de Bridge lida aprofundadamente com questões de gênero especialmente concentradas em masculinidade. Pedi a ele para explicar o MGTOW e a história de movimentos similares de um ponto de vista acadêmico.
"Quando olhamos para os registros históricos, é isso que aparece: os homens ficam descontentes, querem falar sobre masculinidade e mudar o direito masculino depois de haver alguma transformação na feminilidade". Bridges explicou. "Quando essas coisas surgem, os historiadores dizem que algo significativo aconteceu a respeito de desigualdade de gênero e que os homens sentem que sua posição de privilégio foi ameaçada. Isso é uma reação cultural que acontece depois disso."
Há inúmeros fatores em jogo aqui, e outra grande possibilidade comandando o movimento é a "vertigem de gênero". Esse é um conceito criado por Barbara Risman, que lida com expectativas de gênero e liga isso à sensação de que não sabemos mais o que é ser masculino.
Mas é difícil ouvir qualquer ponto – válido ou inválido – vindo da "homensfera" quando esses grupos usam uma retórica tão desrespeitosa e, às vezes, cheia de ódio.
Eu não sei o que significa ser masculino também, porém não acho que isso envolve cinco níveis de exorcismo de mulheres.
Última edição por Joe em 28/09/15, 10:44 pm, editado 1 vez(es)