Uma nutrição importantíssima e a luz do sol.
"Os chineses denominam yang a energia positiva e atribuem sua origem ao sol e as estrelas, a energia negativa é denominada de yin, e atribuem sua origem a Terra". - Soulié de Morant
O sol emite a nossa atmosfera radiações ultravioleta e ventos solares consistentes em partículas carregadas eletricamente (prótons, elétrons, ferro e outros íons), que alcançam velocidades de 400 a 500 km por segundo. A interação do homem com o sol procede desde a aurora de nossa espécie e tem modelado enormemente nossa evolução. Há uma relação comprovada cientificamente entre a luz solar que penetra o nervo óptico e as secreções químicas do cérebro. Os fatores chaves que estão nesse processo são os raios ultravioletas e a retina, cujas células epiteliais se tornam altamente neuroativas em presença dos raios ultravioletas, transmitindo as radiações através do nervo óptico com um poderoso impulso nervoso diretamente nas glândulas pituitárias e pineal, que por sua vez, secretam uma série de substâncias químicas. Isso é chamado de "sistema ocular-endócrino” que tem dado lugar a um ramo científico chamado fotobiologia.
Disto sucede que a quantidade e qualidade de luz que chega aos olhos e pele é tão importante como as características do ar que se respira, a água que se bebe, os alimentos que se come e as substâncias químicas dos quais estamos expostos. Do mesmo modo que o homem não pode esperar manter uma saúde excelente comendo comida desnaturalizada e despojada de seus nutrientes, nem respirando ar contaminado, tampouco pode sustentar-se a base de luz desprovida de seus "nutrientes" ultravioletas.
É difícil encontrar uma tradição ancestral que não tenha tido um culto de alguma forma ao sol como fonte de vida, saúde e energia. Os rituais de morte e ressurreição do Sol Invictus tem passado a praticamente todas as religiões e tem marcado o imaginário coletivo de civilização inteiras. Agora sabemos que as radiações e os ventos solares, literalmente regem a maior parte dos fenômenos de nosso planeta, desde terremotos e o clima, até o comportamento e as mutações genéticas e a aparições de novas raças, espécies e formas de vida.
Nos tempos paleolíticos, as raças humanas nórdicas tiveram menor exposição ao sol devido a sua necessidade de se abrigar do frio, de modo que o recompensaram reduzindo drasticamente a pigmentação de sua pele e de seus olhos para permitir a captação dos benéficos raios cósmicos a seus corpos e cérebro. Graças a isso e sua alimentação rica em gordura saturada animal, nossos antepassados não somente puderam seguir sintetizado com êxito a vitamina D necessária para sobreviver aos rigores do último máximo glacial, mas também para construir corpos maiores e esqueletos mais sólidos de todo o registro fóssil humano.
Quando, como resultado de mudanças na atividade solar, advindo da mudança climática há uns 12.000 anos, houve enormes transtornos metabólicos no corpo humano, não somente devido ao calor, mas também a agricultura, que teve um impacto catastrófico nos hábitos alimentícios humanos. A síntese de vitamina D caiu em picado devido a substituição de gordura saturada animal por hidratos de carbono complexos, e essa deficiência de vitamina D não se compensou aumentando a exposição do corpo ao sol. Começou a degeneração, lenta mas inexorável, da qualidade biológica humana nas sociedades civilizadas.
Com ascensão da civilização industrial, o problema do contato com a luz do sol se agravou. A densa camada de contaminação que agora rodeia o planeta tem reduzido a intensidade solar, tendendo a eliminar concretamente a banda ultravioleta do espectro. Em diversos observatórios os astrônomos tem constatado uma redução de 10% na intensidade média da luz ao longo da segunda metade do século XX, e uma espetacular redução de 26% (!) na chegada de radiações ultravioleta. No entanto, assim como tem diminuído a quantidade raios UVA devido a camada de sujeira atmosférica, a deterioração da camada de ozônio tem aumentado a quantidade de raios UVB, danosos para a vida. Esse transtorno na composição das radiações solares tem tido consequências imediatas sobre a biosfera, por exemplo na agricultura, reduzindo as plantações e a resistência das plantas às pragas ao ponto em que muitos agricultores chegam a cobrir o solo de seus cultivos com papel de alumínio, afim de aumentar a radiação. Porém, se a decadência da luz solar tem produzido estes efeitos na agricultura, deveríamos questionar seriamente que efeitos estariam exercendo sobre o sistema óculo-endócrino humano, e o que poderíamos fazer para lutar contra eles.
Infelizmente, o problema da deficiência de raios ultravioleta não se limita a contaminação atmosférica, tampouco ao trancarmo-nos dentro de casa, a hábitos sedentários, má alimentação e um metabolismo deprimido. As janelas de vidro, para-brisas de carro, as garrafas (transparentes ou escuras) e as lentes de contato, eliminam boa parte da porção ultravioleta do espectro solar. Do mesmo modo, a iluminação artificial que utilizamos em nossas casas, locais de trabalho, hospitais, escolas, etc,. carece totalmente da banda ultravioleta. As pessoas costumam passar a maior parte de seu tempo em ambientes fechados, entre cristais e paredes, e quando saem é com óculos de sol. O lazer tem deixado de consistir em atividades desportivas ou viagens ao campo, e foi-se substituído pelas compras, pela televisão, pelos videogames e reuniões em lugares fechados e isolados da exposição ao sol. O sistema de vida atual está sujeitando-nos, por tanto, a um regime de exposição de luz totalmente ínfimo do que nosso corpo realmente precisa para estar saudável.
Os soviéticos estavam muito adiantados no estudo da fotobiologia e da helioterapia (utilização do sol com fins curativos, atualmente existem práticas similares como o Sun Gazing ou o Yoga Solar). Na década de sessenta, numa reunião, três cientistas russos apresentaram o resultado de suas investigações:
"Se a pele humano não permanece exposta as radiações solares (direta ou dispersadamente) durante algum período, ocorrem alterações no equilíbrio fisiológico do organismo humano. Os resultados são distúrbios funcionais do sistema nervoso e deficiência de vitamina D, com um enfraquecimento das defesas do corpo e uma agravação de doenças crônicas. Além dum corpo assimétrico, constituição esquelética frágil e baixa-estatura."
Num estudo feito pelo Dr. Michael Gitlin (neuropsiquiátrico), muitos de seus pacientes responderam responderam positivamente a um tratamento a base de luz artificial de espectro completo (incluindo ultravioleta). - Obviamente, que com luz solar os resultados teriam sido, sem dúvida, muito melhores. Também experimentou-se em alguns institutos: a instalação de luzes de espectro totalmente brindada, obtendo resultados imediatos, como o declínio de dores de cabeça, tonturas, fadiga, irritabilidade, depressão e inclusive, melhora dos resultados acadêmicos.
Dessa forma, é mais que óbvio que o o sol é de extrema importância para nossa saúde.
O sol envia radiações de todo o espectro eletromagnético. Do mesmo modo que o útero da mulher exerce um trabalho seletivo sobre o sêmen do homem, a magnetosfera e atmosfera terrestres também "filtram" a luz e o vento solar de seus elementos perniciosos para a vida (raios gama, raios-x, raios ultravioleta C e B, micro-ondas).
Nesse caso, é benéfico tirar um tempo para se expor ao sol. (e quando for tomar banho, passar sabonete somente em partes íntimas, pois eles inibem a captação de penetração da vitamina D na pele). Caso você não goste de se expor ao sol, basta suplementar vitamina D3.